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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

OS DEZ MANDAMENTOS – O Primeiro Mandamento –

Engana-se, caro leitor, se você pensou em "amar a Deus sobre todas as coisas". Na  Bíblia Sagrada o Primeiro Mandamento está escrito assim: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3 ARC).

Não ter outros deuses. Este é o Primeiro Mandamento, que está diretamente ligado à apresentação de Deus ao seu povo: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êxodo 20:2 ARC).

Logo depois de o Senhor Deus pronunciar os Dez Mandamentos, Ele fez questão de reforçá-los, ou explicá-los. Em relação ao Primeiro Mandamento, Ele disse: "Então, disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que eu falei convosco desde os céus. Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós. (Êxodo 20:22-23 ARC).

Cumprindo essa Ordem, quarenta anos depois Moisés repassou todos os Juízos Divinos à geração que estava para adentrar à terra prometida, dizendo, entre tantas  coisas, o seguinte: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. [...] O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. (Deuteronômio 6:4-5; 13 ARC).

Também os advertiu: "Será, porém, que, se, de qualquer sorte, te esqueceres do Senhor, teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu protesto contra vós que certamente perecereis. (Deuteronômio 8:19 ARC). E outra vez chama o povo à atenção: "Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; (Deuteronômio 11:16 ARC).

Jesus Cristo, ao ser interrogado por um escriba sobre o primeiro mandamento, repetiu as palavras de Moisés, de Deuteronômio 6:4-5, assim: "O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento" (Marcos 12:29-30 ARC). Na oração do Pai Nosso, Ele afirma "santificado [apartado] seja o teu Nome".

Veja, caro leitor, que Jesus enfatiza que Deus é o único Senhor, para que as pessoas de seu tempo – e de todos os tempos – deixassem de adorar outros deuses, especialmente César, Júpiter, Zeus, Diana etc.., e seus correspondentes "sucessores".

Mas a humanidade não quer saber somente de Deus. Antes prefere os deuses fabricados por suas próprias mãos (o que Paulo bem tratou em sua carta dirigida aos Romanos). O Império Romano "adotou" o Deus dos cristãos sem negar os seus deuses greco-romanos, infringindo o Primeiro Mandamento, infração que transmite até nossos dias pelo seu ainda sobrevivente lado político-religioso. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

OS DEZ MANDAMENTOS – Introdução (continuação) –

Após quatrocentos anos no Egito, Moisés, sob ordens de Deus, liberta a grande nação dos Hebreus, para levá-la à terra prometida ("Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel" – Êxodo 3:8 ARC).

Três dias no deserto e o Senhor "lhes deu estatutos e uma ordenação e ali os provou" (Êxodo 15:25 ARC). Três meses depois, no Monte Sinai, o Senhor propôs a eles o seguinte: "agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha" (Êxodo 19:5 ARC). E três dias depois disso, Ele lhes proclama, em viva voz saída do fogo, Os Dez Mandamentos.

Para que não pairassem dúvidas sobre quem falava, primeiramente o Senhor Deus apresenta-se ao povo: "Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êxodo 20:1, 2 ARC). Essa apresentação foi necessária porque até então Deus só havia conversado com Moisés.

As gerações dos Hebreus que se formaram no Egito sabiam de Deus, porém apenas de ouvir falar. E poderiam até questionar o motivo pelo qual Deus os havia entregado à escravidão. Quem sabe eles pensavam na injusta vida que levavam no Egito, consequência ou da inveja de onze irmãos contra um, ou de uma política econômica muito rígida, adotada por certo faraó temerário.

Seja como for, a verdade é que no Egito o povo Hebreu aprendia que pertencia ao único Deus, e que sobre si pairava a profecia de que seria escravo por quatrocentos anos (Gênesis 15:13). Durante todo esse tempo de escravidão ele assimilou muito da cultura egípcia, incluindo aí a adoração a outros deuses. Todavia, mantinha a esperança que o Deus de Abrão, Isaque e Jacó cumpriria a profecia, na íntegra, livrando-o daquela servidão.

Assim, depois de serem libertados da escravidão egípcia, os hebreus tiveram o privilégio de ouvirem a voz do Eterno Deus de seus antepassados. Mas perceba um pequeno detalhe, caro leitor: observe que Deus se apresentou a eles, mas eles não viram ninguém; não viram a aparência de Deus. Por quê? Para que não esculpissem uma estátua de Deus ("Moisés continuou: — Quando o  Senhor, nosso Deus, falou com vocês do meio do fogo no monte Sinai, vocês não viram a forma de ninguém. Portanto, tenham todo o cuidado e não cometam o erro de fazer imagens para adorar. Não façam nenhuma imagem que sirva de ídolo, seja em forma de homem, ou de mulher, ou de animal, ou de ave, ou de animal que se arrasta pelo chão, ou de peixe" – Deuteronômio 4:15-18 NTLH). Tão-somente o povo ouviu a voz de Deus.

No próximo texto, querendo Deus, veremos o Primeiro Mandamento. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

OS DEZ MANDAMENTOS – Introdução –

"Então, escreveu o Senhor nas tábuas, conforme a primeira escritura, os dez mandamentos, que o Senhor vos falara no dia da congregação, no monte, do meio do fogo; e o Senhor mas deu a mim". (Deuteronômio 10:4 ARC).

Com a graça de Deus e para sua honra, damos início a uma série de textos abordando "Os Dez Mandamentos". E o ponto de partida é o contexto em que foram escritos. Na sequência, texto a texto, trataremos, de forma clara e objetiva, cada um deles e sua aplicação em nossas vidas hoje e sempre.

Após quatrocentos anos de vida no Egito, os descendentes de Jacó haviam formado  a enorme nação dos Hebreus, que vivia escrava naquele país. Moisés é chamado por Deus a libertá-la da escravidão. Atravessaram o mar Vermelho a pés enxutos e chegaram ao deserto do Sinai. Ali, primeiramente Deus transmitiu oralmente suas Ordens, Estatutos e Juízos; depois, chamou Moisés ao cume do monte para entregar Os Dez Mandamentos por escrito, dando aos Hebreus uma legislação própria e diferente das leis egípcias, especialmente as de ordem espiritual.

O Egito era politeísta. Lá, os Hebreus também estavam obrigados a cultuar os deuses egípcios. É por esse motivo que Deus se apresenta a eles, no Monte Sinai, como o único Deus de toda a terra, expressando isso já no Primeiro Mandamento.

O Senhor Deus sempre procurou se manifestar aos homens como o único Deus criador dos Céus, da terra e de tudo o que há. Mas desde tempos mui remotos a humanidade preferiu acreditar nos deuses de sua própria criação: da chuva, da colheita, da saúde, da fertilidade, do trabalho etc, representando tais deuses em figuras de madeira, prata, ouro, barro e o mais, e a quem apresentavam oferendas e sacrifícios, incluindo de pessoas. Para cada situação havia pelo menos um deus específico (daí o termo politeísmo).

Para livrar a humanidade do politeísmo, o Deus Único chamou Abrão para sair da sua parentela politeísta e ir a uma terra que lhe daria em possessão à sua descendência, a partir de quem formaria uma nação monoteísta. Deus se revelou a Abrão como o único Deus (daí, o monoteísmo). Abrão, por sua vez, ensinou isso a seus filhos, dentre esses Isaque. Este também ensinou a Esaú e Jacó, seus filhos, a fé no Único Deus. E Jacó repassou o mesmo ensinamento a todos os seus filhos, que formaram, mais tarde, as doze tribos de Israel, o povo Hebreu.

Sob a direção do patriarca Jacó, uma pequena tribo de setenta pessoas, aproximadamente, desceu para o Egito em busca de alimentos, onde seu filho caçula havia se tornado o segundo homem mais poderoso, abaixo somente do próprio faraó. Quatrocentos anos depois, Deus liberta a grande nação dos Hebreus para levá-la de volta à terra prometida a Abrão, e para ser reconhecido, a partir desse povo, como o único Deus.

Continuaremos na próxima sexta, querendo Deus. Honras e glória a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

NÃO HÁ FELIZ ANO ANO EM VELHA CRIATURA


Li, por esses dias, que não há Ano Novo Feliz se as pessoas permanecem as mesmas. Podem até se desejarem "tudo de bom" para o Ano Novo, com muita alegria, paz, harmonia, felicidade, amor etc., mas nada disso poderá acontecer se elas não mudarem de atitude, de comportamento. Na verdade, se elas não nascerem de novo continuarão produzindo velhos anos novos.

As pessoas podem pular sete ondas, comer sete grãos de romã, oferecer sacrifícios à deusa do mar, comer carne de porco, tomar sopa de lentilhas, usar roupas brancas e o mais, que nada disso será capaz de lhes dar a prosperidade que almejam. As verdadeiras virtudes de paz, alegria, felicidade, harmonia, amor só existem no Reino de Deus, e são dispensadas a cidadãos desse Reino. Não há fórmulas mágicas ou "jeitinho brasileiro" que mude essa realidade, a não ser tornando-se cidadão daquele Reino, através da "naturalização" processada pelo Novo Nascimento chancelado por Jesus Cristo.

Jesus Cristo foi bastante claro sobre a "naturalização" de cidadãos no Reino de Deus, na resposta que deu ao intelectual Nicodemos, membro da mais alta corte jurídica de Israel de seu tempo. Preste atenção:

"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo" (Jo 3:3-7). Nascer de novo implica, antes de mais nada, morrer com Cristo ("Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram – 2 Co 5:14).

Então, eu desejo que você, leitor, morra. Não se trata, porém, de morte física, mas de morte espiritual, pela fé, deste modo: pouco tempo antes de ser crucificado, Jesus Cristo disse: "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Isto dizia, significando de que modo havia de morrer" (Jo 12:32-33). Ele te chama a morrer na Cruz do Calvário. E uma vez morto, você é sepultado para ressuscitar em novidade de vida ("tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos – Colossenses 2:12). Depois de ressuscitar, você se torna cidadão do Reino de Deus, conforme Efésios 2:6.

Após entrar no Reino deu Deus, você é despojado do "velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano" (Efésios 4:22), de modo que, estando em Cristo, "nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5:17). Assim é que te desejo, caro leitor, feliz Vida Nova. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.