Páginas

UBE Blogs

sábado, 28 de dezembro de 2013

Jesus Cristo: A Verdade — parte final

"Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé" (1Coríntios 15:12-14, escrita em torno de 56 d.C.).

Afinal de contas, Cristo ressuscitou ou não? Veja, caro leitor, que vinte e três anos depois de sua crucificação, morte e ressurreição já havia quem negasse que Ele tinha ressuscitado. Essa negativa era fruto da doutrina dos Saduceus, grupo judaico que não acreditava na ressurreição dos mortos (Lucas 20:27), a quem Jesus enfatizara: "Porventura não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?" (Marcos 12:24), acrescentando "que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chama ao Senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó." (Lucas 20:37).

Há quem afirme que nas Escrituras a palavra original traduzida por "ressurreição" significava, na realidade para o povo daquela época, "reencarnação". Todavia, tal afirmativa não se sustenta em base bíblica, bastando verificar que todas as vezes em que ela aparece na Bíblia, os contextos não oferecem a possibilidade de ser interpretada como reencarnação, mas simplesmente como ressurreição.

A Bíblia narra que Jesus foi morto, e sepultado, e que no terceiro dia ressuscitou, tendo Ele próprio (o mesmo Jesus antes vivo e, depois, morto) aparecido aos seus discípulos, v.g. Atos dos Apóstolos 1.3, escrito entre 61 e 63 d.C.: "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus."

Observa-se que Jesus não reencarnou nEle mesmo, o que seria algo impossível até mesmo ao próprio Deus, considerando-se que reencarnar seria a alma (ou espírito) de uma pessoa falecida voltar à vida num outro corpo, formando outra vida desde a  nova concepção. Foi também por conta disso que Jesus ensina Nicodemos a necessidade de nascer de novo (renascer, que não se confunde com reencarnar), e Nicodemos lhe pergunta, espantado, como seria possível, depois de adulto, retornar ao ventre de sua mãe, e Jesus explica a ele que o novo nascimento é por meio da água e do espírito, e não da vontade da carne.

Uma vez que Jesus ensinou sobre renascer da água e do espírito (nascer do Alto) e sobre a ressurreição, tendo Ele mesmo ressuscitado, jamais lecionou a respeito da reencarnação. Assim é que existem religiões ministrando reencarnação a seus adeptos, mas é preciso ficar bem claro aos tais que Jesus nunca ensinou isso, que tal doutrina não é cristã na sua origem, nem mesmo teria sido incorporada ao cristianismo, e nunca foi ministrada a nenhum cristão em qualquer tempo

Portanto, caro leitor, não erre desconhecendo as Escrituras. Nesta época em que se lembra da encarnação de Deus (Natal) entre os homens é importante entender que Ele determinou apenas uma vida aos seres humanos. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

Jesus Cristo: A Verdade — parte 4

"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" (João 14:2-3). 

Ao dizer que na casa do Pai há muitas moradas, Jesus não se referia à re-encarnação (aliás, diga-se, não há nenhuma referência à re-encarnação no Evangelho segundo Jesus Cristo, o qual sigo). Os contextos imediato e mediato do Evangelho informam sobre morte, ressurreição (esta é a tradução correta da palavra grega que João escreveu em seu evangelho) e assunção de Cristo.

Jesus iniciou a preparação dos lugares para seus discípulos nos Céus, a partir de sua crucificação, morte e ressurreição (tornar a mesma pessoa a viver no mesmo corpo físico). Ao ressuscitar e aparecer à Maria, disse-lhe Jesus que ainda não havia subido para o Pai (João 20:17). E ao discípulos falou, pouco antes de ascender aos Céus: "assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos. E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém"; e na sequência Ele foi elevado aos Céus (Lucas 24:46-47 e 51). 

"E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco [anjos], os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir." (Atos 1:10-11). Aqui, os anjos confirmam o que Jesus havia dito aos discípulos: "virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também".

A respeito da vinda de Jesus o apóstolo Paulo ensina: "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem [mortos], para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1Tessalonicenses 4:13-17).

O mesmo Paulo questiona, ainda: "Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé" (1Coríntios 15:12-14).

No próximo texto darei continuidade a este assunto, querendo Deus! Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Jesus Cristo: A Verdade — parte 3

Mencionei na parte 1 deste assunto que Jesus, por ocasião da última ceia, ensinara a seus discípulos ser Ele o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vai a Deus senão for exclusivamente por Ele. No último texto referi que o caminho, a verdade e a vida são três espaços do templo judaico percorridos pelos judeus para, arrependidos, se achegarem ao Pai, e que representavam o próprio Jesus. 

Na última ceia Jesus já sabe que em breve voltaria para o Pai, motivo pelo qual passa a mostrar aos discípulos que para onde Ele vai [para Deus, nos Céus], eles ainda não poderiam ir [porque não havia lugar preparado nos Céus para eles, bem como eles também ainda não estavam preparados para irem para lá]. Pense na decepção dos discípulos! Não havia nos Céus lugar para eles porque não estavam preparados, não estavam prontos. Como assim? 



Antes de serem discípulos de Jesus, aquelas pessoas eram fieis da religião judaica: conheciam a Lei, seguiam seus rituais, e mesmo assim não havia espaço para eles nos Céus. Em outras palavras, Jesus está ensinando que religião humana, seja ela qual for, não leva ninguém para os Céus por seus próprios rituais, dogmas ou liturgias. Se você, leitor, é um desses religiosos fanáticos, que nasceu numa religião e diz que vai morrer nela, cuidado: você corre sério risco de não ir para os Céus.

Todavia, Jesus anima a seus discípulos, respondendo a Pedro (o mesmo que o negaria três vezes no dia seguinte): "Para onde eu vou não podes, agora, seguir-me, mas, depois, me seguirás. [...]. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; [...], pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" (João 13:33-14:1-3). Leitor, não se perturbe em seu coração. Creia em Jesus. Nos Céus,  casa de Deus, há muitas moradas, e uma delas Jesus preparou para ser o teu lugar. E Ele virá te buscar para você estar com Ele, nos Céus.

Ao dizer que na casa do Pai há muitas moradas, Jesus nada referiu sobre re-encarnação [esta, aliás, é uma interpretação pessoal de Hippolyte Léon Denizard Rivail fora do contexto em que a frase foi dita, e "texto fora de contexto é pretexto para heresia"]. No contexto, Jesus disse que voltaria depois de preparar lugar, para levar seus discípulos (Pedro, João, Barnabé, Mateus; eu, você, e outros que crêem nEle). Ele não disse que viria buscar a João Batista porque este supostamente havia sido, em outras vidas, Elias ou Enoque, Salomão, Cleopatra, ou talvez uma mosca. Jesus não ensinou sobre re-encarnação, e sim sobre ressurreição.

No próximo texto darei continuidade a este assunto, querendo Deus! Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 374, ano 09, de 6 a 10-12-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 8).

domingo, 1 de dezembro de 2013

Jesus Cristo: A Verdade — parte 2

Segundo Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, toda verdade passa por três fases: 1) é ridicularizada; 2) violentamente combatida; 3) aceita como evidente. Alguém aí duvida que Jesus Cristo, a Verdade, enfrentou essas três fases?

O profeta Isaías descreveu a primeira fase, quase setecentos anos antes, assim: "Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" (Isaías 53:3); o apóstolo Pedro resumiu a segunda fase: "Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais,  [...], tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos" (Atos 2:22-23); a terceira fase, por sua vez, é aceita pela própria história humana, ao ponto de estar dividida em dois períodos: antes de Cristo e depois de Cristo.

Na última ceia Jesus afirma-se aos seus discípulos como "o caminho, a verdade e a vida" e que ninguém vai ao Pai, senão por Ele (João 14:6). A Bíblia não contém palavras inúteis. Então, entende-se que esses três elementos são tipos do próprio Cristo, e foram escritos [falados] na mesma ordem que o ser humano precisa seguir para se religar [religião] a Deus. Essas três palavras eram bem familiares aos discípulos daquele tempo, pois representavam a sequência exata que eles, enquanto judeus, por intermédio de sacerdotes, seguiam para adentrar no tabernáculo de Moisés (substituído mais tarde pelo Templo de Salomão):

Primeiro, entravam no pátio trazendo um animal para sacrifício pelos pecados no altar do holocausto (este era o caminho do arrependimento de pecados); segundo,  lavavam-se e passavam para o lugar Santo, onde havia luz do candelabro, doze pães e altar do incenso (este era o lugar da verdade); e terceiro, do altar do incenso saía fumaça que passava pelo véu da separação para o lugar Santíssimo, onde a presença de Deus era representada na arca da aliança e onde somente o sumo sacerdote entrava, uma vez por ano (a presença de Deus é o lugar da vida).

Eis aí o caminho, a verdade e a vida que os judeus conheciam para se encontrarem com Deus. Agora Jesus ensina que Ele é o caminho, a verdade e a vida (os três estágios para se religar a Deus), complementando que ninguém vai ao Pai se não for por Ele, e somente por Ele, sem qualquer mediador, intercessor. Foi por isso que na sua morte o véu da separação se rasgou de alto a baixo, indicando que, pela obra da Cruz de Cristo, o ser humano não precisa mais de sacrifícios, nem de sacerdotes para se achegar a Deus, bastando que passe com Jesus Cristo na sua crucificação, morte e ressurreição: pelo legítimo novo nascimento completamente ignorado nas religiões pseudo cristãs.

No próximo texto darei continuidade a este assunto, querendo Deus! Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 372, ano 09, de 29-11 a 03-12-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 7).

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Jesus Cristo: A Verdade — parte 1

Há tempos li em um artigo jurídico que a "verdade é objetiva". Compreendi, então, que subjetiva - individual - é a interpretação que cada um tem da verdade, daí surgirem as diversas verdades quantas são as pessoas no mundo, como referido pelo meu amigo Cláudio Luis Rieiki, na coluna que publica aqui no JFI. Somos indivíduos e, nessa condição, temos nossas próprias impressões sobre fatos e circunstâncias da vida.

Durante seu injusto julgamento, Jesus responde a Pilatos que nasceu também para dar testemunho da verdade, acrescentando que "todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (João 18:37). Insatisfeito com essa resposta, Pilatos insiste perguntando-Lhe: que é a verdade? (João 18:38). Sendo a verdade algo objetivo, nem o "poderoso" Pilates entendia seu real significado; tinha Pilatos suas próprias impressões sobre ela.

Porém Jesus já havia respondido a pergunta de Pilatos, ao dizer aos seus discípulos: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14:6). Por que Jesus afirmou ser o caminho? Caminho que inicia onde? E vai até onde? Por que Ele disse ser a verdade? A verdade a respeito de quê? Por fim, o Mestre também referiu ser a vida. Mas o que é a vida? Que tipo de vida Jesus é? Quantas perguntas em apenas uma afirmação! As respostas a cada uma delas deverão ser buscadas dentro do mesmo contexto, sob pena de vilipêndio à verdade. E o contexto ocorre na Santa Ceia, quando Jesus, já sabendo que iria voltar para o Pai, vez que era chegada sua hora (Judas Iscariotes estava prestes a traí-Lo), passa a dar as últimas instruções aos seus discípulos, como o "lava-pés", e declara: 

"Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora.  [...]. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes, agora, seguir-me, mas, depois, me seguirás. [...]. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; [...], pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; [...]. (João 13-14). 

No próximo texto darei continuidade a este assunto, querendo Deus! Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 370, ano 09, de 22 a 26-11-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 9).

Humanos Divinizados — última parte

Apesar de alguns erros de concordância e também de digitação, deixei entender nos quatros textos anteriores que Deus proíbe o homem de fabricar e adorar estátuas; que é Deus quem faria imagens de Si, em cada pessoa nascida viva; que o pecado original fez o ser humano perder a imagem [e semelhança] de seu Criador, além de  fazê-lo separar-se de Deus; separado de Deus e contaminado com o pecado, o ser humano passa a fabricar imagens de outros "deuses".

Há uma teoria histórica apontando para a origem da adoração e fabricação de estátuas de "deuses", assim: as comunidades primitivas viviam em clãs chefiados por patriarcas, que os lideravam em batalhas contra outros clãs. Os patriarcas vitoriosos recebiam devoção enquanto vivos, e quando morriam muitas vezes seus sucessores faziam-lhes preces imprecatórias por proteção e vitórias e, uma vez alcançadas, rendiam-lhes adorações, ofertas e sacrifícios. Daí surgem os "ídolos do lar", para cada clã reverenciar seus próprios patriarcas falecidos, por reconhecerem neles poderes espirituais que os capacitavam interferir no plano material, depois de mortos.

Desse ambiente de adoração a patriarcas que se tornaram "deuses" depois de mortos, que o Senhor Deus retirou um homem (Abrão) da idolatria, a quem se revelou como o Deus único, criador de tudo o que existe, e a partir de quem fez descender-Lhe uma tribo (o clã dos hebreus) para Lhe Adorar com exclusividade na terra prometida ("Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para a herdares" – Gênesis 15:7).

Descendentes de Abrão, pela promessa: Isaque e Jacó. De Jacó, com seus doze filhos, surge o Clã dos Hebreus que desce para o Egito, onde formam uma grande nação ao longo de quatrocentos anos, aproximadamente. Depois, liderados por Moisés, os Hebreus saem do Egito, de retorno à terra prometida ao patriarca Abrão. No trajeto de volta, Deus lhes dá os Dez Mandamentos e diversos preceitos civis, religiosos e sanitários, dentre os quais a proibição de fabricar e adorar imagens (Êxodo 20:4), e consultar e cultuar mortos (Deuteronômio 18:11), que são práticas  abomináveis dos povos ímpios e politeístas.



Nesse sentido transcrevo a seguinte lição de William Macdonald e Brad Hanes, in Suprema Majestade, 1ª edição, Actual Edições, 2012, introdução: "Os ímpios não querem manter o verdadeiro Deus em seu conhecimento. Eles sabem que crer em tal Deus restringiria seu estilo de vida. Então, eles se voltam para a idolatria: fabricam imagens de pessoas, pássaros, animais e cobra e os adoram. Uma vez que cada imagem representa um degrau abaixo na escala da criação, sucede que eles se sentem cada vez menos responsáveis por viver uma vida limpa. Se o deus deles é uma cobra, tanto faz a maneira como vivem. Isso explica o vínculo estreito entre idolatria e imoralidade. Ídolos fabricados por seres humanos não fazem exigências morais aos seus adoradores. Todos nos tornamos parecidos com aquilo que adoramos". Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 368 ano 09, de 13 a 19-11-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 9).

domingo, 10 de novembro de 2013

Humanos Divinizados — parte 4

No final do texto anterior mencionei que Jesus não é um humano divinizado, senão o próprio Deus que se fez homem e, sendo Ele Deus, o homem está proibido de fazer-Lhe imagens. Em outros textos referi que os israelitas (judeus) acreditavam no Deus único, criador dos céus, da terra e de tudo o que existe, sem nunca fazer-Lhe imagens. No tempo de Jesus esse povo sofria influência cultural-religiosa dos romanos que estes, por sua vez, haviam absorvido dos gregos, isto é a religião romana era a religião grega "atualizada" para sua época, com "adaptação" de nomes divinos a sua realidade.

Na época dos Macabeus, os Romanos ajudaram os Judeus a se libertarem dos gregos e, depois disso, aproveitando-se da confiança que tinham, dominaram a Palestina por volta de 63 a.C., e escravizaram os Judeus. Mais tarde, o crescimento do cristianismo trouxe instabilidade político-religiosa àquela região e, consequentemente, aos próprios Romanos, o que levou o general Tito invadir Jerusalém e matar milhares de judeus (inclusive cristãos) em 70 d.C.. Porém quanto maior a perseguição aos judeus, mais aumentavam os cristãos, a ponto de o Imperador Constantino, mais ou menos 250 anos depois, como política pela "paz", agregar o Deus dos judeus (e também dos cristãos) ao seu panteão de "deuses" como o Deus supremo dos romanos, destronando seu antigo deus supremo, Júpiter (o equivalente a Zeus, da Grécia).

Do panteão de "deuses" romanos destacavam-se: Júpiter, rei de todos os deuses; Apolo, deus do sol e patrono da verdade; Vênus, do amor e beleza; Marte, da guerra; Minerva, deusa da sabedoria e conhecimento; Plutão, dos mortos, do mundo subterrâneo; Juno, rainha dos deuses, era a protetora dos matrimônios e das famílias, e dos partos; Diana, deusa da caça, castidade, animais selvagens e luz, ela "obteve de seu pai a permissão para sempre permanecer casta", isto é, virgem; Ceres, deusa da colheita, agricultura; Mercúrio era mensageiro dos deuses e protetor dos comerciante.

Quando Constantino agregou o Deus dos Judeus (e dos cristãos) aos seus "deuses", uma parte da liderança religiosa cristã aceitou isso de bom grado, porém grande parte da Igreja Cristã considerou esse fato um insulto a Deus, e perseguições surgiram aos que não aceitaram a decisão daquele imperador. A Igreja se divide.  A parte que se aliou ao imperador persegue a parte dissidente (ou a parte "protestante" da época), porque se recusara adorar Deus junto com os "deuses" romanos, que nada mais eram do que humanos divinizados (todas as divindades romanas tinham forma de pessoas, porém com "atributos" divinos).

Depois dessa divisão da Igreja a ala "cristã romana" promove adaptações à novel religião do Império Romano, rebaixando os "deuses" a outra categoria "divina", para não serem mais invocados como "deuses", designação que se tornara incompatível com a nova fé sincrética e politeísta praticadas pelos "novos cristãos romanos". Os nomes dos "deuses" também foram alterados, mas com as mesmas atribuições. Essa prática se desenvolveu ao longo do tempo, tendo alcançado nossa época, basta ver a quem são atribuídas honras em cultos comemorativos de colheitas, de proteção a cidades, casamentos, trabalhos, profissões e o mais. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Humanos Divinizados – parte 3

No texto anterior mencionei que tendo Deus feito o homem a Sua imagem (Gênesis 1:27), seria Ele a fazer imagens vivas de Si mesmo em cada ser humano, não fosse o pecado do primeiro casal (Adão e Eva) levar humanidade toda a perder a imagem do Criador. Mencionei também que o homem, para saciar seu vazio, passou a fabricar seus próprios "deuses" e a representá-los em estátuas de ouro, prata, pedra, madeira e outros materiais, que nada veem, nada ouvem, não cheiram e nem falam (Salmo 113:12-15, Ave). Ainda, referi que os judeus ["autores intelectuais" da Bíblia] nunca fabricaram estátuas que representassem o Senhor Deus.

A fabricação de "deuses" de estátuas nada mais é do que pretender "divinizar" personalidades que viveram entre nós, de modo a incutir no consciente coletivo que determinadas pessoas são "deuses", ou tornaram-se divinas após a morte, por conta de suas vidas santas e piedosas, e assim adquiriram poderes miraculosos que lhes capacitam interceder e intervir na vida de seus adoradores. Isto é um tipo de idolatria: criação de ídolos humanos para receberem adoração, honra e glória como se fossem "deuses". Aqui cabe, perfeitamente, o pensamento ateísta de que não fora um deus o criador dos homens, mas os homens os criadores de deuses.

Como mencionado, os judeus nunca fizeram imagem alguma de Deus. Porém por muitos anos e por diversas vezes tornaram-se politeístas e veneraram estátuas de "deuses" de outros povos, e prestaram culto a elas, ao invés de adorarem exclusivamente ao único Deus; repartiram a adoração devida a Deus com outros "deuses", contrariando as Escrituras que dizem: "Eu sou o Senhor, esse é meu nome, a ninguém cederei minha glória, nem a ídolos minha honra" (Isaías 42:8, Ave).

E em todas as vezes que agiram assim, sofreram danosas consequências: foram atingidos por pestes, passaram fome e sede, tornaram-se escravos de outras nações, a corrupção dominou seus líderes políticos e religiosos (e qualquer semelhança com nossa realidade não é mera coincidência). De outro lado, toda vez que se arrependeram, com confissão individual do pecado da idolatria (adoração a outros "deuses"), o Senhor Deus restaurou-lhes como nação.

Em relação à fé genuinamente cristã a Bíblia esclarece que Jesus Cristo se apresenta como nosso único intercessor ante a face de Deus (Hebreus 9:24), o que é reforçado pelo apóstolo João: "Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1João 2:1). Jesus não é um humano divinizado, senão o próprio Deus que se fez homem. E sendo Ele Deus vindo à terra (João 1:1; 1João 5:20), o homem está proibido de fazer-Lhe imagens. O que passar disso ou é distorção dolosa da Palavra ou é má interpretação das Sagradas Escrituras. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Humanos divinizados — parte 2

No texto anterior mencionei que o culto a imagens é o ponto nevrálgico de fé, apontando que há um grupo de fieis que o aceita e outro que o rejeita; referi ainda, textos de Deuteronômio 4 pelos quais, segundo minha interpretação, o Senhor Deus proíbe a veneração, adoração de imagens. Prosseguindo nessas reflexões, pretendo tratar da imagem de Deus, segundo a Bíblia, a começar do princípio.

 O Livro de Gênesis, escrito por Moisés durante os 40 anos de peregrinação do povo hebreu pelo deserto, conta a origem do mundo; e, em relação à criação do homem, consta assim: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou" (1:27). Por que Moisés escreveu que o homem foi criado à imagem de Deus? Foi, dentre outras razões, para distinguir Deus dos "deuses" de outros povos. 

A imagem de Deus seria refletida na terra em cada um dos seres humanos vivos. Já os povos politeístas fabricavam - e ainda fabricam - seus "deuses" nas mais variadas formas, desde minotauro (metade homem, metade boi) a seres alados (homem/mulher com asas), além de inúmeros "astro-deuses" com "poderes" sobre a natureza. Era - e é - em entidades tais, representadas em imagens feitas por artífices (marceneiros, ourives), que as pessoas depositavam suas esperanças, frustrações e conforto, e a quem dedicavam oferendas, sacrifícios (inclusive de crianças) e orações e procissões. 

Na contramão dos povos politeístas, os hebreus adoravam um único Deus: O Criador dos céus, da terra e de tudo que existe, e nunca Lhe fabricaram uma única estátua em Sua homenagem (e veja que para eles seria fácil construir imagens de Deus, pois, sabedores que o homem é imagem de Deus, bastava pegar alguns para "modelos" do Criador). E nunca fizeram isso em obediência ao Segundo Mandamento, que diz: "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos" (Êxodo 20:4-6).

Ora, do ponto de vista bíblico, é Deus quem faz imagens vivas de Si mesmo, e o faz em cada ser humano, a partir do primeiro casal. Ao menos esse era o "projeto original". Entretanto, as duas primeiras imagens de Deus na terra (Adão e Eva)  corromperam-se com o pecado e, em consequência, a humanidade perdeu a imagem do Criador, e também Sua semelhança. Depois disso, separado do único Deus o homem, para saciar seu vazio, passou a fabricar seus próprios "deuses" e a representá-los em estátuas de ouro, prata, pedra, madeira e outros materiais, que nada veem, nada ouvem, não cheiram e nem falam (Salmo 113:12-15, Ave). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 363, ano 09, de 25 a 29-10-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 4).

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Humanos divinizados — parte 1

Numa área "de baixa profundidade, não havia vento forte e o tempo era estável" (Capitania dos Portos de Macapá-AP), pelos menos 17 pessoas morreram afogadas em acidente durante a procissão fluvial do Círio de Nazaré na manhã de sábado, 12-10-2013, com um dos 38 barcos que saíram da cidade de Santana-AP em direção à capital, Macapá, por volta das 7h30, em um percurso de cerca de 20 quilômetros. Durante a procissão os fieis levavam uma imagem do que eles aprenderam a denominar de "Nossa Senhora de Nazaré". 

Culto a imagens: eis o ponto nevrálgico de fé. Para um grupo de fieis constitui veneração (o mesmo que adoração, segundo o dicionário) a personalidades humanas que foram "divinizadas" após a morte, por decretos religiosos; para outro grupo, representa culto a demônios. O tema encerra grandes volumes doutrinários pró e contra, todos apoiados em interpretações das Sagradas Escrituras. Partindo-se do princípio que a Bíblia não contém erros, deduz-se, sem maiores esforços, que um dos dois grupos a interpreta mal e, consequentemente, a pratica de forma errada, contrária à vontade de Deus.

Quem já leu a Bíblia (e eu acredito que você, leitor, já fez isso – até porque o tempo de proibição há muito que acabou, graças a Deus!), percebeu que, sim, Deus mandou construir certas imagens (de querubins, de serpente, de palmeiras). Leitor, preste atenção no verbo: Deus mandou construir algumas estátuas, que serviram ora de adorno, enfeite, ora para representar algo existente no mundo espiritual. Porém, o Senhor jamais mandou que se prestasse culto, adoração, veneração a tais imagens; pelo contrário, Ele proibiu essas práticas, inclusive com pena de destruir os desobedientes. Ao menos essa é a minha interpretação de todos os textos bíblicos, em seus exatos contextos gramaticais, históricos e culturais, que mencionam estátuas, imagens ou figuras, como estes, p.ex, do cap. 4 de Deuteronômio:

"Então o SENHOR vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes figura alguma. Então vos anunciou ele a sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, ..." (12-13); "Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o SENHOR, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher" (15-16).

"Guardai-vos e não vos esqueçais da aliança do SENHOR vosso Deus, que tem feito convosco, e não façais para vós escultura alguma, imagem de alguma coisa que o SENHOR vosso Deus vos proibiu. Quando, pois, (...) vos corromperdes, e fizerdes alguma escultura, semelhança de alguma coisa, e fizerdes o que é mau aos olhos do SENHOR teu Deus, para o provocar à ira, (...) certamente logo perecereis da terra, (...). E o SENHOR vos espalhará entre os povos, (...). E ali servireis a deuses que são obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não vêem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram" (23, 25-28). 

Na próxima sexta-feira, querendo Deus, continuaremos. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão. 

(Publicado na edição 361, ano 09, de 18 a 22-10-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 11).

sábado, 12 de outubro de 2013

Eis aí tua mãe (João 19:27)

Pouco antes de morrer na cruz, disse Jesus à Maria, sua mãe, que João era "filho" dela (na realidade, João era amigo da família); e, depois, falou a João: "Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa." Por que Jesus disse essas palavras? Qual era sua verdadeira intenção? Será que foi, de fato, para determinar Maria como mãe dos cristãos? Vejamos à luz da Bíblia Sagrada.

Já referimos em textos anteriores que a Bíblia é produto judeu e por isso precisa ser interpretada sob a cultura judaica, para se evitar doutrinas distorcidas da vontade de Deus. Nesse compasso, sabemos que Jesus foi o filho primogênito de Maria, vez que José "não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus" (Mateus 1:25). Em outras palavras, esse versículo explica que José não teve relações sexuais com Maria até o nascimento de Jesus, o filho primogênito. Depois disso, o casal José e Maria passou a viver exatamente como viviam os demais casais judeus daquela época: e tiveram outros filhos ("Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te"), conforme Mateus 12:47; Lucas 8:20; Marcos 3:32, salientando que nesses textos, escritos em grego, consta a palavra "filhos", e não "primos".

Logo, como primogênito, Jesus era o filho mais velho dentre os filhos de José e Maria. Na cultura judaica cabia ao pai o cuidar da família, e na falta do pai o cuidado passava para o filho mais velho, até os demais irmãos tornarem-se adultos. Então, Jesus, sendo o filho mais velho, era ele que cuidava de sua família e, por conseguinte, de sua mãe, já viúva. Agora, na falta do filho mais velho (primogênito), a mãe viúva ficaria sob os cuidados da pessoa indicada pelo filho mais velho, que poderia ser um dos outros filhos ou até mesmo alguém de fora, porém próximo da família.

Conclui-se, desse modo, que Jesus, antes de morrer, simplesmente cumpriu com o seu dever de filho mais velho de deixar sua mãe sob a proteção de alguém próximo da família que, no caso, era o discípulo João, o único que estava aos pés da cruz consolando Maria. Assim, não houve dúvidas em Jesus que Maria estaria bem segura com João, tanto que esse logo a levou para sua casa.

No mais, tem-se por absoluto que o Novo Testamento, escrito todo em grego, língua rica em palavras e definições, não fixa como regra que os cristãos primitivo prestavam qualquer reverência à Maria, mesmo quando viva ou mesmo depois de sua morte (os primeiros cristão e mesmo os cristãos posteriores não criam em Maria como "Mãe de Deus", dogma tardio introduzido no ano de 431 dC, no Concílio de Éfeso; como também não criam na assunção de Maria, dogma esse introduzido há bem pouco tempo, no ano de 1950 por Pio XII). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 5 de outubro de 2013

"Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:16)

Existe um certo misticismo e enorme debate teológico acerca do batismo cristão. Ele está envolto em questões do tipo: é de origem judaica ou divina? Batizam-se crianças? Existe idade mínima para ser batizado? A pessoa é salva pelo batismo? Quem não é batizado é pagão? O que é ser pagão? O batismo deve ser por imersão, aspersão ou derramamento de água?

Ressalta-me a questão que afirma que "quem não é batizado é pagão", justamente porque provém de um dos sistemas religiosos que mais adota o paganismo em suas liturgias (entendendo paganismo como doutrinas religiosas diversas da Sã Doutrina ensinada e praticada pelos primeiros cristãos, conforme relatado na Bíblia). Para mim é contraditório um sistema religioso pagão afirmar que é pagã a pessoa não batizada. Porém a lógica, aqui, está em se entender como pagã a pessoa não batizada naquela religião, vez que é pelo batismo que a pessoa é inserida nele, de modo que sem ser batizada a pessoa não faz parte daquela igreja.

De outro lado, há sentido na expressão "sem ser batizada a pessoa não faz parte da igreja", quando estiver diretamente relacionada com o sentido correto do que é batismo: ato público pelo qual uma pessoa revela o consentimento interior à certa doutrina, ideologia, filosofia, profissão etc.. Normalmente o batismo finaliza um período de estudos sobre determinada disciplina, e pode ocorrer de diversas formas, conforme seja o tipo de estudos finalizados. Por exemplo, o batismo que encerra um curso acadêmico se dá na forma de "formatura". A "formatura" é, por assim dizer, uma espécie de batismo pelo qual o formando revela ao público que estudou e aprendeu o que lhe foi ensinado ao longo do curso que está concluindo.

Então, para se "formar" cristã a pessoa necessariamente precisa estudar e, principalmente, aprender sobre a Sã Doutrina Cristã, crer nela, para, finalmente, ser batizada, revelando ao público, por meio de um ato realizado em águas, que creu em Jesus Cristo e, por isso, se converteu a Ele, aceitando-O como único e suficiente Salvador de sua alma, Senhor de sua vida e único intercessor entre si e Deus nos Céus. É assim que a Bíblia ensina.

Eis o porquê Jesus sentenciou, pouco antes de ascender aos Céus, que "Quem crer e for batizado será salvo: mas quem não crer será condenado" (Marcos 16:16). É que o "crer" antecede o batismo. Primeiro, a pessoa aprende sobre Jesus e sua doutrina e, depois, se ela crer no que aprendeu, recebe o batismo; e se não crer, desiste e não é batizada. Simples assim! Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 358, ano 09, de 04 a 08-10-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 4).

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Onde encontramos a Verdade?

No texto anterior mencionamos que não há unidade na fé cristã, motivo de o mundo  duvidar que Deus enviou Jesus para dar vida eterna a todo que nEle crer (João 3:16), e isso porque muitas instituições religiosas se acham mais conservadoras da "verdade cristã" que outras e, infelizmente, não ensinam sobre Jesus Cristo como deveria ser ensinado.

Então, onde encontramos a Verdade, do ponto de vista cristão? A resposta parece bastante óbvia: exclusivamente na Bíblia Sagrada. Mas em qual das suas versões (lembrando, p. ex., que católicos e protestantes acusam-se, mutualmente, de adulteração das Escrituras)? A questão torna-se simples, quando entendemos a origem das Sagradas Escrituras e a quem são originalmente dirigidas.

Na essência e origem a Bíblia é produto da cultura religiosa judaica, contendo toda doutrina sobre Deus, criação, homens, terra, vida, morte, pós-morte, do ponto de vista hebreu. Jesus é o Messias prometido por Deus no Antigo Testamento hebraico e, como autêntico judeu, Ele viveu segundo a religião judaica, mas combatendo as heresias praticadas pelos sacerdotes daquela época.

Naquele tempo as Escrituras Judaicas estavam divididas em três partes: Leis, Profetas e Escritos (Lc 24:44), formando a "Tanach" (Bíblia Hebraica), com vinte e quatro livros (rolos), encerrados aproximadamente 440 a.C. Esses rolos correspondem, em conteúdo, exatamente aos trinta e nove livros do Antigo Testamento contidos na Bíblia protestante. As doutrinas de Jesus, reveladas nos vinte e sete Escritos do Novo Testamento, e a formação da Igreja Primitiva eram fundamentadas nesses livros do Antigo Testamento.

Temos, então, que a Verdade Cristã emerge de trinta e nove livros do Antigo Testamento judaico e de vinte e sete escritos do Novo Testamento. Em sessenta e seis livros Deus revelou ao ser humano Sua Essência, seus propósitos e o Caminho para que retorne à vida eterna.

É importante salientar que a tradução do Antigo Testamento para o grego, feita pelos "Setenta" em torno de 285 a.C., trazia quatorze escritos apócrifos (ou deuterocanônicos) porque escritos depois dos vinte e quatro rolos e também porque traziam doutrinas espúrias, motivo por que nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico, jamais foram citados por Jesus nem foram aceitos pela Igreja Primitiva.

Ao traduzir a versão Septuaginta para a Vulgata (405 d.C.), Jerônimo incluiu os escritos deuterocanônicos sob ordens superiores, advertindo, porém, que nunca poderiam ser base de doutrinas cristãs. Com a Reforma Protestante, cujo ápice se deu com o Monge Martinho Lutero em 1517, os reformadores afirmavam que os livros apócrifos, embora não inspirados, possuíam valor literário e histórico. Já o catolicismo aceitava os quatorze textos deuterocanônico como fonte doutrinária, porém na contra-reforma de 1546, pelo Concílio de Trento, canonizou somente onze. Os protestantes, por sua vez, retiraram os apócrifos de suas Bíblias após 1629, para evitar confusão entre as pessoas simples que não sabem distinguir livros canônicos de apócrifos.

Percebemos, enfim, que a versão protestante da Bíblia Sagrada contém exatamente os mesmos textos utilizados pelos antigos judeus, somados aos escritos do Novo Testamento, totalizando sessenta e seis Livros Sagrados pelos quais o Senhor Deus revela sua Verdade aos homens. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 356, ano 09, de 27-09 a 01-10-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 6).

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

OLHAR-SENO ESPELHO: COM CRISTO

Antes de Cristo: feridas, rebeldia, cabeça doente, coração enfermo, contusões e chagas, e desde a planta do pé até à cabeça não há nos humanos coisa sã (Isaías 1:5-6). Depois de Cristo: nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2 Coríntios 5:17). Depois de Cristo o ser humano deve ser um com Jesus Cristo, em unidade com Ele.

O propósito da Sã Doutrina Cristã é elevar todo ser humano, que recebe a Jesus como seu suficiente Salvador, "até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Efésios 4:13). E desse modo cumpriremos esta Palavra: "Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste." (João 17:21).

Eis a declaração pública de Deus para dar cumprimento à Sua Palavra: "o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem, em toda a sabedoria, para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo" (Colossenses 1:26-28).

Não precisa ser muito esperto, porém, pra se perceber que não há unidade na fé cristã, e, por isso, o mundo já não crê que Deus enviou Jesus, seu Filho, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). Isso porque muitas instituições religiosas se acham mais conservadoras da "verdade cristã" que outras e, infelizmente, não ensinam sobre Jesus Cristo como deveria ser ensinado. Muitas religiões se fundamentam sobre dogmas humanos, em detrimento da genuína Sã Doutrina, e levam seus fieis à medida da estatura completa do diabo, não de Cristo. Por isso que há muito joio em meio a pouco trigo. Jesus Cristo, o Mistério revelado aos santos da Igreja primitiva, vem deixando de ser anunciado, pouco a pouco. 

Ele tem sido misturado, sorrateiramente, com outras "deidades", a ponto de O negarem como único Senhor e Salvador; outras "divindades" têm sido colocadas lado a lado com Ele como "redentoras", "salvadoras". A Diana dos Efésios continua sendo venerada, só que com outro nome. Mas glórias a Deus pelos enganadores de homens, porque neles também se cumpre a Palavra: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição" (2 Pedro 2:1). Entretanto a mesma Palavra também nos adverte, assim: "Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vêm da sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que dominam o Universo e não de Cristo" (Colossenses 2:8 NTLH).

Caro Leitor, exclusivamente com Cristo na tua vida você irá olhar-se no espelho e, no teu reflexo, verá a Jesus, porque Ele será um contigo. Do contrário, a imagem  refletida será distorcida. Só depende de você. O Senhor Deus já fez a parte dEle. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão. 

(Publicado na edição 354, ano 09, de 20 a 24-09-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 11).

sábado, 14 de setembro de 2013

OLHAR NO ESPELHO: DEPOIS DE CRISTO


O leitor que já se olhou no espelho percebeu que os humanos não passam de pó, e  que antes de Cristo são vistos por Deus como feridas, rebeldia, cabeça doente, coração enfermo, contusões e chagas, e desde a planta do pé até à cabeça não há neles coisa sã (Isaías 1:5-6), isso porque se desviaram das Palavras de Deus, andando após outros "deuses" (Deuteronômio 28:14), e misturaram seu Nome aos de outras "divindades" de pau, de pedra (sincretismo).

No tempo de Jesus as pessoas cultuavam deuses romanos, que eram os mesmos deuses gregos com os nomes adaptados à língua e cultura romanas. Jesus veio relembrar os humanos a crerem somente no Único Deus, que não tem imagem, pintura, fotografia, estátua de pau, pedra, gesso, madeira que O represente na terra. Ao ser questionado sobre o Maior Mandamento, Jesus respondeu que o Senhor, nosso Deus [dos judeus, a princípio], é o único Senhor (Marcos 12:29), lembrando o Primeiro Mandamento que diz: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3).

De trezentos anos depois de Cristo para cá, a partir de decisão política, os deuses romanos penetraram a Igreja, adaptaram seus nomes à cultura cristã e passaram a ser venerados diante de Deus, em afronta ao Primeiro Mandamento. Os cristãos que não aceitaram essa decisão foram perseguidos e mortos pela liderança político-religiosa aliada ao imperador romano. Desde então, a religião mística que se (de)formou com o Império Romano se impôs, manipulando e proibindo as Sagradas Escrituras, ao passo que os cristãos "rebeldes" ficaram à margem da história, perseguidos por pregarem arrependimento de pecados e fé no Único Deus, desapegados de deidades greco-romanas, etruscas etc..

Nesse ponto Deus olha para o ser humano e vê duas espécies: uma, a que misturou seu Nome com outros deuses, continua ferida da planta dos pés à cabeça; a outra, que manteve a fé exclusiva nEle, está limpa, purificada de todos os pecados mediante morte, sepultamento e ressurreição com Cristo. Aquela espécie de ser humano ainda vive antes de Cristo, isto é sem Ele, embora use Seu nome misturado aos de "deuses" greco-romanos traduzidos para suas respectivas liturgias. Já a segunda espécie de humanos vive depois de Cristo, ou seja com Ele, provando a Nova Vida que Ele oferece de graça (2 Coríntios 5:17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo).

Agora, caro leitor, olhe-se no espelho, bem no fundo de seus olhos, e veja a qual dessas espécies você pertence. Saiba que assim como Jesus Cristo dividiu a história em dois períodos: antes e depois dEle, também Ele deseja dividir a história da tua vida, bastando apenas que você O aceite como teu único Senhor e Salvador, e único intercessor e mediador entre você e Deus, sem qualquer intermediação de alguma deidade greco-romana ou etrusca. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 352, ano 09, de 13 a 17-09-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 8).

sábado, 7 de setembro de 2013

OLHAR-SE NO ESPELHO: ANTES DE CRISTO



Caro leitor, olhe-se no espelho, mas veja-se além de sua aparência. Olhe-se "olho no olho", bem no fundo e reflita sobre você mesmo: o que sou? O que deveria ser aos olhos humanos? O que deveria ser aos olhos de Deus? O que devo transformar em mim para ser como os humanos querem que eu seja? O que devo mudar em mim para ser como Deus quer que eu seja? E, principalmente, pergunte-se: eu quero, eu preciso ser diferente do que sou hoje? Eu posso continuar sendo como sempre fui?

À pergunta "o que sou?", a Bíblia responde: "tu és pó" (Gênesis 3:19). A palavra "pó" deriva de húmus (terra), por isso somos humanos, húmus ou, simplesmente, pó. Uma vez sabendo o que somos (pó), o que deveríamos ser à vista dos outros fica sem nenhuma importância. Os outros podem querer que sejamos o que for, todavia não passaremos de pó. Quando sabemos o que somos, não nos importamos com o que os outros pensam de nós, pois no fundo somos todos iguais e não passamos de pó.

E como devemos ser em relação a Deus? Para respondermos é necessário saber como Ele nos vê. A história da humanidade está dividida em duas etapas: antes e depois de Cristo. Assim também devem ser as etapas de nossas vidas, porque referem dois modos diferentes como Deus nos enxerga. Antes de Cristo em nossa vida, Deus nos vê como feridas, rebeldia, cabeça doente, coração enfermo, contusões e chagas, desde a planta do pé até à cabeça não há em nós coisa sã (Isaías 1:5-6).

E por que Ele nos vê assim? Porque nos desviamos de todos os seus Mandamentos a nós ainda aplicáveis. "E não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, andando após outros deuses, para os servires." (Deuteronômio 28:14). Uma grande ofensa a Deus é deixá-lo para servir outros "deuses". Ofensa ainda maior é "servi-Lo" juntamente com outros "deuses", misturando seu Nome santo aos de outras "divindades" (sincretismo).

O capítulo 28 de Deuteronômio lista uma série de maldições àqueles que abandonam os preceitos divinos, dentre as quais: O SENHOR fará pegar em ti a pestilência (21); O SENHOR te ferirá com a tísica e com a febre, e com a inflamação (22); O SENHOR te levará a ti e a teu rei, que tiveres posto sobre ti, a uma nação que não conheceste, nem tu nem teus pais; e ali servirás a outros deuses, ao pau e à pedra (36 e 64).

No próximo texto veremos que Jesus Cristo veio relembrar as pessoas a crerem somente no único Deus, do qual não há imagem, pintura, fotografia, estátua de pau, pedra, gesso, madeira que O represente na terra. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 350, ano 09, de 6 a 10-09-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 7).


sábado, 31 de agosto de 2013

Sincretismo, doutrina demoníaca (parte 2-2)


Na primeira parte deste texto constou que o sincrestimo não tem apoio na Bíblia Sagrada, a qual alerta: "Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios," (1Timóteo 4:1). 

Você, leitor, que busca ao Deus vivo, como saber se está dando ouvidos a doutrinas de demônios? Lembre-se que nenhuma doutrina demoníaca irá se apresentar assim. Nenhum de seus líderes irá te dizer: — muito prazer! Eu prego doutrinas de demônios [espíritos que não procedem do Deus da Bíblia]. Venha, siga-me até o inferno. 

Que tal você começar a questionar um pouco tudo o que te foi ensinado? Deixe a preguiça mental e comece a ler a Bíblia e a se perguntar, por exemplo: o quê é Igreja? A minha igreja é local, ou possui sede/matriz numa cidade com congregações/paróquias espalhadas por diversas cidades? Quantas pessoas que viveram na terra a Bíblia afirma que intercedem por mim junto a Deus nos Céus? Todo crente deve ser rico e ter muita saúde? Devo fazer preces pelos parentes mortos? Para onde vai a alma depois da morte? A alma reencarna? O que é feito do dinheiro que minha igreja arrecada? Ele é aplicado para atender as necessidades básicas de meus irmãos que, involuntariamente, passam por dificuldades? Ou o dinheiro serve para sustentar líderes em palácios e em seus luxos? Meus líderes viajam na simplicidade de Jesus ou precisam de grande aparato de segurança? Eles pregam mensagens e doutrinas exclusivamente bíblicas, ou as misturam com doutrinas de outras religiões?

Para que não pairem dúvidas, e para que eu não seja acusado de radicalismo, deixo claro que entendo que a prática de qualquer religião ainda é livre no Brasil, e isso é louvável! Todavia, esclareço que essa liberdade constitucional não é superior às Normas que Deus fixou na Bíblia Sagrada, especialmente quanto a proibir a mistura de Suas Palavras a várias crenças (sincretismo). O nosso Estado permite o sincretimo, mas Deus não. 

Estude a Bíblia, leitor, e verá que Deus estabeleceu um sistema religioso único, puro, livre de dogmas outros, com regras simples pelas quais a pessoa que desejar segui-las, viverá muito bem! "Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. (2Timóteo 3:16). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 348, ano 09, de 30-08 a 03-09-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 4).

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sincretismo, doutrina demoníaca (parte 1-2)


Inúmeros sistemas religiosos utilizam-se, indevidamente, das Palavras Divinas.  Diz-se "indevidamente" porque, usando de sincretismo, misturam as Palavras de Deus a dogmas de outras religiões para formarem suas respectivas liturgias. Porém Deus nunca autorizou que suas Palavras fossem misturadas às de outras religiões. Pelo contrário, Ele condena essa prática.

Caro leitor, já se deu conta que você pode estar num sistema religioso sincrético? Nem toda religião que fala em "Deus", "Jesus", "Mestre", "Evangelho" prega, de fato, a genuína Sã Doutrina Bíblica. Atente-se que o engano sempre se apresenta como verdadeiro. 

Lembre-se destas palavras de Jesus: "O dono da casa [Deus] vai se levantar e fechar a porta [dos Céus]. Então vocês ficarão do lado de fora, batendo na porta e dizendo: 'Senhor, nos deixe entrar!' E ele responderá: 'Não sei de onde são vocês.' Aí vocês dirão: 'Nós comemos e bebemos com o senhor. O senhor ensinou na nossa cidade.' Mas ele responderá: 'Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal.'” (Lucas 13:25-27).

É bem assim mesmo: muitos pensam estar na presença de Deus só porque frequentam determinado templo religioso; afirmam, inclusive, que são ensinados por Jesus. Mas Este lhes dirá: "não sei de onde vocês são. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal." Neste contexto, o mal também é caracterizado pelo sincretismo: mistura das doutrinas de Jesus com rituais místicos, com doutrinas de demônios, a fim de agradar corações incautos de homens sedentos de Deus. Logicamente que os sistemas religiosos sincréticos não esclarecem isso a seus fieis.

Em outra passagem, Jesus reforça que nem todos os que dizem professar o Seu Ministério são, de fato, Seus ministros. Veja: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade." (Mateus 7:21-23).

A Bíblia Sagrada não apoia a farsa sincrética que, infelizmente, passa-se por verdadeira ao entendimento de muitos (incluindo-se, aqui, muita gente que se diz culta e esclarecida). "Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios," (1Timóteo 4:1). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 344, ano 09, de 16 a 20-08-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 4).

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Conclusão –


Com este texto encerramos uma série de doze comentários que realizamos sobre a Oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus Cristo a todos aqueles O recebem como único Senhor e Salvador.

Vimos que apenas quem crê no nome de Jesus Cristo é que pode chamar Deus de pai, e que as demais pessoas são meras criaturas. Santificar o nome de Deus é não invocá-lo junto com outras "divindades" inventadas por religiões místicas, sejam "divindades" celestiais ou pessoas mortas. Que o Reino Celestial possui normas justas para seus habitantes cumprirem com alegria, porque as Leis Divinas manifestam a vontade de Deus para o bem de seus filhos. O pão nosso de cada dia está condicionado à não invocação de outros "deuses".

Vimos também que pecado é toda desobediência a princípios divinos, ofensas que separam Deus do homem, conforme Isaías 59:2: "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça". E dessas ofensas devemos pedir perdão a Deus, e que somos perdoados somente no nome de Jesus Cristo. "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" (Efésios 2:5-6).

Observamos, ainda, que todo homem que vive sob o domínio satânico, mesmo que não saiba disso, "é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência [desejo carnal]. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. (Tiago 1:14-15).  Eis o motivo por que pedimos a Deus que não nos deixe cair em tentação.

Por fim, Jesus encerra a oração-modelo, pedindo ao Pai que nos livre do mal, alertando-nos para que evitemos adorar outros "deuses" de pau, pedra, gesso, feitos pelas mãos de homens comandadas por estúpidos religiosos politeístas, que contaminam o nome de Deus com suas "deidades" mentirosas.

Esperamos, leitor, que tenha apreciado esses comentários, e que isso tenha mexido, de algum modo, em suas convicções religiosas, levando-te a também refletir sobre os ensinamentos que a tua religião te passou. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 342, ano 09, de 9 a 13-0802013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 17).



A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Reino, Poder e Glória são de Deus –


"Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém" (Mateus 6:13).  Algumas pouquíssimas versões da Bíblia não trazem esse trecho final da oração do Pai Nosso (segundo críticos, apenas oito em 500 códices da Bíblia).

Jesus Cristo encerra a oração-modelo com palavras semelhantes às pronunciadas por Rei Davi, aproximadamente mil anos antes: "Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos" (1Crônicas 29:11).

Nada mais natural os filhos reconhecerem que tudo pertence ao Pai, vez que tudo foi feito por Ele, pelo poder de sua Palavra, "Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou" (Êxodo 20:11a). Mas aqui, na terra, Jesus interpretou papel de Filho, pois, em realidade, Ele é Deus vindo à sua criação realizar a perfeita religação [religião] com o ser humano. Veja, leitor:  "Porque nele [Jesus] foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele" (Colossenses 1:16); e, também: "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados" (Colossenses 1:14).

E essa glória Deus igualmente não divide com mais ninguém (Isaías 42:8). Jesus enfatizou ser o caminho, a verdade e a vida, e que por Ele somos religados a Deus (João 14:6). Disse ainda: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim" (João 14:1).

Portanto, como disse Pedro, digo também: "Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles" (Atos 14:15). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 338, ano 09, de 19 a 24-07-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 7).

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Livrai-nos do mal –

Com estas simples palavras "livrai-nos do mal", Jesus Cristo ensina a pedirmos livramentos a Deus de: "1. tudo o que prejudica, fere ou incomoda; 2. aquilo que é contrário ao bem; 3. infelicidade; desgraça; calamidade; 4. prejuízo; inconveniente; dano; 5. defeito; problema; imperfeição; 6. doença; enfermidade; 7. ofensa; 8. aflição; angústia;" (Dicionário mobile da Língua Portuguesa, Editora Porto).

Mas Ele mostra um significado ainda maior que as definições do Dicionário para a palavra "mal". Vejamos: no início da oração do "Pai Nosso" Jesus refere-se à santificação do nome de Deus, mostrando que Deus não pode ser adorado juntamente com outros "deuses", mal esse que seu povo estava habituado a praticar desde sua gênese. No tempo de Jesus, os Judeus estavam sob influência da religião politeísta dos romanos (mal este que perdura até nossos dias, infelizmente).

Então Jesus encerra a oração-modelo (e não reza), alertando-nos para o mesmo mal, para que evitemos adorar outros  "deuses" de pau, pedra, gesso, feitos pelas mãos de homens comandadas por estúpidos religiosos politeístas, que contaminam o nome de Deus com suas "deidades" mentirosas.

"Trocando em miúdos" a lição de Jesus, conclui-se que devemos pedir a Deus que nos livre do mal de inclinar-mos a imagens representativas de falsos deuses, de dedicar-mos aos tais orações e agradecimentos; e o principal: devemos pedir a Deus que nos livre de misturar seu nome com os das deidades de outros povos. Por exemplo, não afirmar que César, imperador romano, era deus, chamando-o "dio cesare", expressão que foi transliterada do latim para a nossa língua como "diocese".

César, assim como muitas outras personalidades históricas endeusadas, não passava de pó, e ao pó voltou. Porém recebeu o "status" de deus por mera conveniência política-religiosa, tal como acontece com outros personagens ligados ao genuíno evangelho de Jesus Cristo. "Dai a César o que é de César": honra e respeito enquanto autoridade política; "dai a Deus o que é de Deus": honra, glórias, louvores, temor, respeito, porque Ele é o único Deus criador dos céus e da terra. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Tentação –

Movimento interior que nos instiga a fazer o mal, a tentação é algo que sempre está à nossa volta para nos desviar dos caminhos pavimentados pelo Criador. Foi assim com o primeiro casal, com o próprio Jesus; e assim também é conosco.

Tentação não provém de Deus. Então, "Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta" (Tiago 1:13). Adão e Eva foram tentados pela serpente. Satanás tentou a Jesus no deserto, oferecendo-lhe todos os reinos do mundo se o adorasse, mal sabendo o maligno que toda a terra já era de Cristo.

Todo homem que vive sob o domínio satânico, ainda que não saiba disso, "é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência [desejo carnal]. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. (Tiago 1:14-15).

Sabendo disso: que a tentação produz o pecado, e que este gera a morte, Jesus Cristo ensina os filhos a pedirem ao Pai que os livre do mal, que não os deixe cair em tentação. Noutra ocasião, quando estava próximo de ser traído, Jesus alertou aos seus discípulos [e a nós também], dizendo "Orai, para que não entreis em tentação" (Lucas 22:40), porque "sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados" (2Pedro 2:9).

Oportuno, aqui, apresentar o conselho das Sagradas Escrituras: "Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras. Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos. Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso. Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo" (Hebreus 3:7-12). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

domingo, 23 de junho de 2013

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Nosso alimento diário –

Na primeira parte da oração-modelo Jesus destaca o lado espiritual da relação humanos-Deus. Na sequência o grande Mestre mostra o aspecto material dessa relação, pedindo ao Senhor Deus que nos conceda o alimento diário para cada dia: "O pão nosso de cada dia dai-nos hoje".

Devemos nos lembrar que o nosso alimento é totalmente produzido pela terra, e que o Senhor providenciou todos os recursos naturais para que não nos falte o que comer. "Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão". (Gênesis 8:22). Todavia, a providência divina está condicionada a não cultuarmos outros "deuses".

"E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje te ordeno, de amar o Senhor, teu Deus, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, então, darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite. E darei erva no teu campo aos teus gados, e comerás e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá". (Deuteronômio 11:13-17).

Por favor, caro leitor, releia o parágrafo acima. Você percebeu o porquê de haver tanta fome no mundo, incluindo o Brasil? Percebeu também porque a pobreza assola nosso país? Enquanto nação, infelizmente não santificamos o nome de Deus; ao contrário, buscamos Deus e outras "divindades" no panteão greco-romano, e ainda nos arrogamos no direito de reivindicar bênçãos?

Porque a nação brasileira serve e se inclina a outros deuses, recebe a ira do Senhor, que fecha os céus para que não haja água, e a nossa terra não dá a sua novidade. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – A Vontade de Deus –

"Seja feita a tua vontade". A vontade de Deus, nos ensina Jesus, deve ser na terra como é nos Céus. Depois de entrar para o Reino de Deus, mediante arrependimento de seus pecados e novo nascimento, o recém cidadão dos Céus passa a observar a vontade de Deus expressada nas Leis de seu Reino Celestial, e deve se conduzir por ela.

Nos Céus a vontade de Deus é soberana, porque Ele é perfeito, eterno, onisciente, onipresente e onipotente. Esses são alguns dos motivos por que lá tudo funciona plenamente. O mesmo não dá pra se dizer sobre a vida na terra, que preferiu sobreviver aos desejos da humanidade caída.

De todo modo, por sua suprema majestade e infinita misericórdia, Deus estabeleceu princípios, regras e juízos pelos quais os homens que se conduzem por eles, recuperam a vida eterna perdida no Éden, e passam a viver muito melhor e felizes na terra, até o dia em que, ou morrendo a morte física ou sendo arrebatados com o Senhor nos ares (1Tessalonicenses 4:17), herdarão toda a eternidade com o Senhor Deus, nos Céus.

Entretanto, parece que as pessoas preferem seguir seus próprios instintos pecaminosos, e assim sofrerem as angústias dessa escolha, a se converterem à vontade de Deus. No Éden o primeiro homem preferiu dar atenção à vontade do diabo, a viver pelas normas estabelecidas por Deus, e deu no que deu: perdemos a comunhão com Deus, e passamos a ser explorados por satanás, até aos dias de hoje.

Todavia, porque "amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16), Deus oferece gratuitamente, sem custo algum, a redenção ao homem, manifestada única e exclusivamente por Jesus Cristo, sem outros intermediários ou intercessores (vivos ou mortos). "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia". (João 6:40). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Venha o Teu Reino –

Depois de mostrar que o Nome de Deus deve ser santificado (não misturado com outras "deidades"), Jesus Cristo continua ensinando como se deve orar: com instância, com desejo muito forte. "Venha o teu reino".

Ainda que muitas pessoas sejam religiosas (como possivelmente eram as do tempo de Jesus), talvez ainda não vivam no Reino de Deus. Por esse motivo Jesus Cristo ensina que é necessário pedir pela vinda dele, "dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus." (Mateus 3:2).

Como todo reino, o Celestial também tem suas regras legais, que devem ser observadas e cumpridas por seus cidadãos. O Reino de Deus, semelhantemente a outros, recebe em seus limites pessoas, que nele desejam ingressar, pelo processo de naturalização.

Toda pessoa que queira se naturalizar em outro país, necessariamente terá que abdicar de suas leis de origem, em favor das regras de sua nova nação. A partir de sua naturalização, deverá se sujeitar às normas legais de seu novo país, por mais estranhas que lhe pareçam; precisará se familiarizar a elas, para não incorrer em infração legal ou crime. Processo semelhante ocorre para se ingressar no Reino de Deus.

O processo de naturalização para o Reino de Deus inicia-se com o arrependimento, e termina com o novo nascimento. Quem estiver interessado, necessariamente terá que se arrepender de seus pecados (que é a prática de leis mundanas, imundas, idólatras; leis contrárias às normas que Deus estabeleceu para o bem da humanidade). Depois, finalizará seu processo de naturalização pelo novo nascimento, porque "Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus." (João 3:3 ARC).

O Reino de Deus vem somente para aqueles que se arrependem de seus pecados, e nascem de novo. Os efeitos dessa naturalização Paulo os apresenta assim: "porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro" (1Tessalonicenses 1:9 ARC). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Santificado é o teu Nome –

Santificar o nome de Deus é não misturá-lo com outros "deuses". Santo é algo essencialmente puro, perfeito em tudo. Essa qualidade, na mais pura essência, descreve tão somente Um Ser: Deus. É Ele quem diz: "Porque eu sou o SENHOR, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo" (Levítico 11:45).

No Egito politeísta o povo de Deus era escravo, e como tal estava sujeito a prestar culto aos "deuses" de lá. Na época de Cristo os Israelitas também eram escravos dos Romanos, igualmente politeístas, e esta foi a razão pela qual Jesus afirmou "Pai, santificado seja o teu nome", para dizer que Deus não pode ser incluído no mesmo panteão de "deuses" romanos, gregos etc..

O 1º Mandamento diz: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3). Deus falou por Isaías: "Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura" (42:8). Deus formou um povo monoteísta para ser santo, separado dos politeístas, a partir de Abraão, filho de família adoradora de "deuses" (Josué 24:2).

Todavia, a nação de Israel, que se formou a partir de Abraão, misturou várias vezes o único Deus com outros "deuses", e sofreu a ira divina. Antes que entrasse na terra prometida, Josué precisou alertar aquela nação: "Deitai, pois, agora, fora aos deuses estranhos que há no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao SENHOR Deus de Israel" (24:23). E esta é a mesma ordem de Jesus: santifiquem o nome de Deus.

Deus não deseja que as pessoas vivam enganadas, fazendo da mesma árvore lenha para fogo, e estátuas para ser adoradas com se fossem "deuses". "Envergonhar-se-ão, e também se confundirão todos; cairão juntamente na afronta os que fabricam imagens". E também: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" (Isaías 45:16, 22). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 4 de maio de 2013

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Oração de Filho –

Do Sermão do Monte Jesus ensina a seus discípulos como se deve orar. Junto de seus "alunos", considerando-os seus irmãos, o Mestre inicia a lição com "Pai nosso". Alguém só pode ser chamado de pai pelo seu filho; um sobrinho seu vai lhe chamar de tio.

Existe uma máxima afirmando que "uma mentira contada muitas vezes converte-se em verdade", e outra "que toda unanimidade é burra". Disso podemos deduzir que nem toda verdade que conhecemos é legítima, havendo as que são, então, pseudo verdades, meias verdades. Dentre essas a de que "todos somos filhos de Deus". 

De acordo com a Bíblia Sagrada são filhos de Deus só e exclusivamente quem crer em Jesus Cristo como o único salvador individual. Você, caro leitor, duvida disso? Então veja: "A quantos, porém, a acolheram [à Luz = Jesus], deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome [de Jesus]. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (Jo 1:12-13, Neo Vulgata, CNBB, sem os colchetes). A versão Ave Maria, mais próxima dos originais, traduz Jo 1:12 deste modo: "Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus."

Preste atenção, leitor, que o texto afirma que aqueles que crêem em Jesus, que O aceitam, os tais recebem o poder de se tornarem filhos de Deus. Logo, antes eram meras criaturas de Deus, e não filhos. Agora: essa adoção depende da vontade de Deus. O homem, por si só e por suas próprias forças e méritos, é incapaz de tornar-se filho de Deus. Porém a vontade de Deus é que nenhum homem pereça, senão que todos sejam salvos (Jo 3:16).

Deseja ser filho de Deus? Aceite a Jesus como seu único e exclusivo Senhor e Salvador. Foi Ele mesmo quem disse: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (Jo 14:6). Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO – Ore Assim –


Dentre as valiosas lições de Jesus, no Sermão do Monte, encontra–se a que ensina o modo como devemos nos comunicar com o Senhor Deus. Mas primeiro o Mestre destacou como não se deve orar.

Não se deve orar como os hipócritas (aqueles que dizem uma coisa e fazem outra), que fazem suas "orações" para que homens os vejam orando, e não Deus. Para eles é mais importante serem apreciados pelos semelhantes, que atendidos por Deus. Por isso, em pé fazem longas e pomposas orações nos locais públicos, a fim de serem vistos pelo maior número de pessoas possível.

Não se deve orar fazendo uso de repetições, e repetições, e repetições. Não é pelo muito falar que Deus ouve as orações, porque Ele sabe que repetições colocam nosso cérebro no "piloto automático". Quando se repetem as mesmas palavras, o cérebro deixa de pensar, de raciocinar sobre o que a boca está falando. Essa é a razão por que Jesus ensina que "orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos." (Mateus 6:7).

Você, caro leitor, é daqueles que fazem repetições e repetições em seus momentos de prece? Saiba, então, que esse modo equivocado é contrário aos ensinamentos de Jesus Cristo. E não fique nervoso nem comigo nem com a Bíblia; vá se entender com quem te ensinou errado, e cobre explicações dele.

Oração é o ato pelo qual nos expressamos a Deus com nossas próprias palavras, que devem refletir nossos sentimentos, angústias, necessidades, prazeres, alegrias, agradecimentos e o mais, coisa que uma "oração" pronta, com palavras de outra pessoa, escrita em outra época, não passa de repetição inútil diante de Deus, pois não expressa o íntimo de quem a repete. Ele já deve estar cansado de "ouvir" as mesmas preces!

"Portanto, ore assim". Depois de ensinar como não se deve orar, Jesus passa a mostrar o modo correto: entra no teu quarto, feche a porta e, em secreto, ore ao Senhor Deus, que sabe de todas as coisas, incluindo as escondidas. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.


Antônio Marcos Penna Borges, cristão.