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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E O MUNDO NÃO VAI ACABAR!


Você, caro leitor, será a prova viva de que o mundo não acabará na sexta-feira, 21-12-2012. Verá que as profecias Maias falharam, como tantas outras que prediziam o fim do mundo. Abaixo, seguem algumas profecias frustradas.

Teóricos do apocalipse disseram que o Juízo Final ocorreria 1000 após o nascimento de Cristo. Explicaram, depois, que a data certa era 1000 anos depois da morte de Cristo, em 1033; Astrólogos preveriam que o fim do mundo começaria em 1524, depois corrigiram para 1624; Melchior Hoffmann, profeta anabatista, previu que um milênio e meio depois da morte de Cristo, em 1533, o mundo seria consumido em chamas; O astrólogo francês Pierre Turrel achou quatro datas para o fim do mundo: 1537, 1544, 1801 e 1814; O judeu Sabbatai Zevi "descobriu" que ele mesmo era o Messias e viria em 1648 e mudou a data para 1666; O teólogo inglês William Whiston previu que o fim seria em Londres em 13 de outubro de 1736; O adventista William Miller anunciou que o mundo ia acabar em 3 de abril ou 7 julho de 1843, refez seus cálculos para 21 de março e 22 de outubro de 1844; Egiptólogos previram o fim para 1881, depois corrigiram para 1936 e 1953; Testemunhas de Jeová anunciaram o fim para 1914, refizeram nova previsão para 1975; Um presságio astrológico árabe dizia que o mundo acabaria com Saturno e Júpiter em conjunção com o signo de Libra em 1980; No livro O Efeito Júpiter, astrônomos previam um cataclismo para 10 de março de 1982; Diversas profecias anunciavam o fim do mundo para 11 de agosto de 1999, mas os cálculos de Nostradamus estavam errados; Evangélicos norte-americanos divulgaram que Cristo voltaria à Terra em 21 de maio de 2012; Religiosos de várias épocas registraram que o Juízo Final ocorrerá em 2033, quando a ressurreição de Cristo completará 2000 anos. (Adaptado de http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-profecias-do-fim-do-mundo-0, às 16h30 de 15-12-2012).

A Bíblia menciona: "Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá... Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele." (Dt 18:20 e 22).

De outro lado a Bíblia também diz que: "Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo." (At 3:22-23). Esse profeta é Jesus Cristo! 

E Jesus Cristo disse a respeito do fim do mundo que "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai." (Mt 24:36). E Pedro conclui: "Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão." (2 Pe 3:10). Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS?


Será mesmo verdade que a voz do povo é a voz de Deus? Será mesmo que Deus está presente num templo onde muitas pessoas se reúnem em oração? Será mesmo que essas pessoas estão certas só porque estão reunidas no mesmo templo? E será que Deus recebe, de fato, o louvor dessas pessoas?

Deus tem um sentimento abominável contra reuniões solenes de pessoas que querem prestar-Lhe adoração misturada com práticas pagãs (e não tenho dúvidas que Ele tem o mesmo sentimento em nossos dias). Por quê? Vejamos o que Isaías escreveu, no capítulo 1 de seu livro:

"4 Ah, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! DEIXARAM O SENHOR, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás. 12 Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios? 13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. [...] não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamento solene!"

Naquele tempo o povo de Deus estava contaminado pelas práticas religiosas de outros povos, adorando seus deuses e imagens que reis mandaram construir (2 Cr 28:2-3; 33:2-3). Eles haviam misturado sua religião pura com outros rituais proibidos por Deus. O Senhor Deus sempre exigiu exclusividade: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não a darei, nem o meu louvor às imagens esculpidas" (Is 42:8). Essa é a razão por que, na oração do Pai Nosso, Jesus Cristo disse, em Mt 6:9: "Pai nosso que estais no céu, SANTIFICADO seja o teu nome" (santificar significa separar).

Deus nunca, em momento algum da história, mandou fazer imagens. Nem dEle mesmo Ele permitiu que se fizesse imagem. Por quê? Para que o povo não se perdesse, não se corrompesse em adoração a objetos. Conforme Deuteronômio 4, Deus apareceu ao povo em forma de fogo no Monte Horebe para entregar os Dez Mandamentos. Ele não apareceu em outra forma para o povo não se corromper "fazendo para vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher" (versículo 15).

E Moisés enfatizou: "e não façais para vós nenhuma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o Senhor vosso Deus vos proibiu." (versículo 23). Previu que o povo iria se corromper, e a consequência disso: "quando... vos corromperdes, fazendo alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa, e praticando o que é mau aos olhos do Senhor vosso Deus, para o provocar a ira," (versículo 25), "bem cedo perecereis da terra", "sereis de todo destruídos" (versículo 26); serão conduzidos por outros povos (versículo 27); "servireis a deuses que são obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não vêem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram." (versículo 28).

Que forma tem o teu Deus, caro leitor? Lembre-se: a voz de Deus é para ser a voz do povo, e não o contrário. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.
Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A BÍBLIA SAGRADA

No texto anterior afirmamos que as "verdades" defendidas por sacerdotes foram compiladas em grandes volumes de pensamentos religiosos, os quais passaram a ser os principais objetos de consulta sobre a Verdade, em detrimento dos 66 textos ditados por Deus e que mais tarde formariam a Bíblia Sagrada: 39 livros do Velho Testamento, do original hebraico, pela versão autorizada, mais 27 do Novo Testamento.

Há um grande debate teológico sobre a quantidade de livros sagrados que compõem a Bíblia: o sistema católico defende que é 73, e acusa os protestantes de suprimirem 7 livros e mais alguns pedaços de outros livros; já os protestantes afirmam que a Bíblia contém 66 livros inspirados, e defendem que o catolicismo é que fez acréscimos à Palavra de Deus.

Apesar de aparentemente complexa, a questão é resolvida de modo muito simples, tendo-se em mente o seguinte: segundo a cultura hebraica, os Hebreus são o povo escolhido pelo único Deus existente, e é para eles que Deus ditou a sua Palavra Santa, por meio de profetas com a incumbência de ensina-La aos adultos, e estes a seus filhos. Temos então que o Velho Testamento foi escrito, em forma de juízos, leis e mandamentos, originalmente para o povo hebreu.

Foram os hebreus que organizaram o Velho Testamento, no decorrer de sua própria história. E com quantos livros eles o organizaram? Em "vinte e quatro livros que, por divisão diferente, aparecem na Versão Autorizada como trinta e nove". (http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2010/06/o-canon-hebraico-velho-testamento.html, em 01-12-2012, as 18h58). Esses são exatamente os mesmos livros da Bíblia Protestante.

E como é que você, leitor, pode ter certeza disso? Muito simples, pegue uma Bíblia Católica e abra, por exemplo, no Salmo 113, e perceba que antes do versículo 9 tem este título: "SALMO 115 DO TEXTO HEBRAICO" (Ave Maria, 109 edição, página 750). Isso significa que a partir do versículo 9 o texto corresponde ao que está escrito no Salmo 115 da versão hebraica (e protestante). Aqui percebe-se que há uma diferença de dois salmos entre o texto hebraico e o da Bíblia Católica. Pergunta-se: por que essa diferença? A resposta? Pergunte-a ao seu sacerdote, pesquise-a na História, e tire sua própria conclusão.

De minha parte, tenho que se o Velho Testamento foi ditado por Deus para os Hebreus (judeus); se os Hebreus firmaram sua cultura religiosa nos 24 rolos já existentes no período de Esdras (445 a.C.); se Jesus Cristo, sendo hebreu, cumpriu toda a Lei dos Hebreus, que já estava escrita nesses 24 rolos (39 livros do Velho Testamento) e mencionou apenas escritos desses rolos em seus discursos, então pergunto: será que os protestantes realmente retiraram livros da Bíblia, ou será que o catolicismo é que acrescentou livros a Ela?

Como mencionado acima, há acirrados debates teológicos a esse respeito. Prefiro, todavia, ficar com a versão hebraica do Velho Testamento, por serem os hebreus seus destinatários originais. Os acréscimos posteriores não me dizem respeito, se quero seguir as mensagens originais ditadas por Deus ao seu povo. Fábulas e questões político-religiosas deixo de lado. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.


Antônio Marcos Penna Borges, cristão



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O EVANGELHO - conclusão


O Evangelho de Jesus Cristo pode ser resumido deste modo: a Bíblia afirma que todas as pessoas pecaram (eu, você, S. Pedro, S. José, S. João, St. Maria) e, por isso, carecem da glória de Deus. Consequentemente todas precisam da glória de Deus, que não convive com o pecado, porque este, por sua vez, separa o ser humano de Deus. 

A Bíblia também afirma que a alma [pessoa] que pecar deve morrer.  Vimos que o pecado causa as "mortes" espiritual e física do homem, representando a separação eterna de Deus (e viver separado de Deus é o mesmo que viver grudado com o diabo e fazer as suas vontades). Então coube a Deus, que tudo sabe, e não ao homem, que pensa que sabe tudo, criar a perfeita religação com suas criaturas, mas essas insistem em rejeitá-la ou em misturá-la às suas próprias religiões. A religião que Deus criou chama-se Jesus Cristo, e foi concretizada uma única vez na Cruz do Calvário, maior imã da terra. 

Na Cruz do Calvário Jesus Cristo morreu a tua morte, caro leitor, pra pagar os teus pecados. O Cordeiro Santo que foi morto pelos pecados do homem. É assim que te ensinaram. Só que isso é somente a metade da lição (os sacerdotes, por  conveniência ou ignorância, não ensinam a outra metade dela, que trata justamente da tua morte com Cristo). 

A lição de Jesus, registrada em Jo 12:32-33, pode ser entendia assim: "E eu, quando for levantado da terra [erguido na cruz], atrairei todos a mim mesmo, e dizia isso pra mostrar o tipo de morte que havia de padecer". Quando foi crucificado, Jesus te atraiu pra você morrer com Ele na cruz, porém depende somente de você querer ser filho de Deus, morrendo com Ele na Cruz, ou permanecer "vivo" como filho do diabo. Jesus não te obriga a nada. Tudo está no uso do teu livre-arbítrio. Foi precisamente para isso que Ele disse para cada um pegar sua cruz e o seguir: pra ser crucificado com Ele. Segui-Lo para onde? Para morrer com Ele na Cruz do Calvário (leia o contexto de Marcos 8:27-35 e perceba que Jesus trata de sua morte e manda que cada um pegue a sua cruz pra morrer com Ele).

A Biblia esclarece que Um [Jesus] morreu por todos para que todos morram com Ele, confirmando que só quem está em Cristo é com Ele crucificado, morto e sepultado, com Ele é ressuscitado no terceiro dia para ser colocado em lugar de descanso [o sábado] no Reino de Deus. Quem por isso já passou, morreu na sua velha natureza pecadora e nasceu de novo, é nova criatura. A Bíblia revela também que quem está em Cristo é nova criatura: deixa de ser filho do diabo para ser filho de Deus. Você, já nasceu de novo? Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(www.alvorocandoomundo.blogspot.com.br)

QUE É A VERDADE?

Esta foi a pergunta que Pilatos fez a Jesus, quando o julgava (Jo 18:38). A verdade sobre a vida foi estabelecida por Deus, e Ele nos deixou escrita em sua Palavra.

O sábio Salomão (reconhecidamente o homem mais sábio de toda a terra em todos os tempos) deixou-nos o seguinte legado: "O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós." (Eclesiastes 1:9-10).

Como não há nada de novo, temos então que a Verdade sempre existiu do mesmo modo como foi originalmente concebida pelo Criador. O problema é que ao surgirem dúvidas sobre ela, sacerdotes "jurisconsultos" tiravam suas próprias conclusões e as repassavam - muitas vezes impondo suas autoridades - às massas como "verdades". Tais "verdades" foram então compiladas em grandes volumes de pensamentos religiosos e passaram a ser os principais objetos de consulta sobre a Verdade, em detrimento dos 66 textos ditados por Deus (e que mais tarde formariam a Bíblia Sagrada: 39 livros do Velho Testamento, do original hebraico, mais 27 do Novo Testamento).

E assim foi como as pessoas passaram a ver a Verdade: através de olhos dos sacerdotes, sem questionamentos, pois, afinal, eram pessoas dignas de total confiança. Essa foi a razão pela qual Jesus, na oração sacerdotal (em favor dos seus discípulos) orou ao Pai Eterno: "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." (Jo 17:17). Traduzindo: separa, aparta meus discípulos das "verdades" sacerdotais, para que sejam conduzidos pela tua Palavra, que é a Verdade. Nesse mesmo sentido, Jesus também orou por todos nós: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;" (Jo 17:20).

E aos judeus [e também a todos que O desejarem] que, deixando de crer nas "verdades religiosas", passaram a crer nEle, Jesus alerta: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (Jo 8:31-32). 

Conclui-se, portanto, que a Verdade é revelada exclusivamente aos discípulos de Jesus. Quem não segue a Jesus Cristo, O Nazareno, fica com as "verdades" e suas infinitas variantes no tempo e no espaço, traduzidas pelas mais diversas religiões e filosofias. Agora, um alerta: cuidado com o que está sendo ensinado a respeito de Jesus e sua Palavra, pois desde o princípio da Igreja têm surgido falsos pastores ensinando heresias, utilizando-se do nome de Jesus. 

O quê, leitor, te dá certeza de que a tua religião ensina a Verdade, ou apenas mais uma das "verdades" que ela engendrou pra te manter preso à mentira? Lembre-se do que disse Jesus: "Eu sou o caminho, a Verdade e a vida; ninguém vem ao pai, senão por mim" (Jo 14:6). Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

domingo, 28 de outubro de 2012

O EVANGELHO - parte 02

Jesus Cristo mandou pregar "o" Evangelho, porque todos pecaram e por isso perderam a glória de Deus (Rm 3:23). O Salmo 51:5 afirma que o ser humano nasce em pecado: "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me 
concebeu minha mãe". Como todo ser humano é formado do mesmo modo (união de esperma com óvulo), logo, todos nascem pecadores, inclusive Maria (a mãe natural de Jesus), tanto que ela mesma reconhece a necessidade de ser salva ("meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador," - Lc 1:47). A exceção é Jesus Cristo, que foi concebido no poder do Espírito Santo, portanto sem esperma de homem.


Confirmando o Salmo 51:5, Paulo escreve aos Romanos, no capítulo 5:12,17, assim: "Portanto, como por um homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram [a humanidade toda], (...). Porque, se pela ofensa de um só [Adão], a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo." (os termos entre colchetes são destaques meus).

O pecado entrou no ser humano através do primeiro homem, Adão, e não foi porque ele teria comido maçã; também não foi o sexo, pois como seria pecado fazer algo que Deus havia permitido? "Crescei e multiplicai-vos" foi a ordem que o Senhor deu para o homem, antes do pecado; todavia o homem só a cumpriu depois de pecar, multiplicando a raça humana contaminada pelo pecado. Eis a explicação do porquê de todos pecarem.

O pecado trouxe consigo morte ao ser humano. No campo teológico, "morte" significa separação, em dois níveis: no natural, é a separação da alma do corpo, o fim da vida na terra; no espiritual, é a separação do homem de Deus, o fim da vida no paraíso. O homem foi feito por Deus para viver pra sempre, como imagem e semelhança de seu Criador e unido a Ele. Porém ao pecar, o homem perdeu suas características originais, e separou-se de Deus.

Antes de pecar, o homem vivia em paz no lugar preparado por Deus chamado Jardim do Éden, sobretudo porque Deus estava com ele, e isso lhe dava tranquilidade, segurança, sabendo que existiria pra sempre. Mas ao pecar, o homem conheceu as "mortes" espiritual e física: foi expulso do Jardim do Éden (morte espiritual) e condenado à morte física após viver por certo tempo de vida sobre a terra.

E a pergunta que não quer calar: qual foi o pecado original, que o homem tem passado de pai pra filho até aos nossos dias? A resposta? A desobediência à única proibição de Deus, motivada pela ganância do homem. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

O EVANGELHO - parte 03

O Senhor Deus preparou um lugar especial para o homem, o Jardim do Éden, e lá o colocou para viver sob duas regras, pelas quais estabeleceu o livre-arbítrio: uma permissiva; outra proibitiva. Pela primeira o homem es
tava livre para comer de todos os frutos, especialmente o produzido pela árvore da vida (para que vivesse pra sempre). A segunda regra proibia o homem de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob pena de morte ("Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." - Gn 2:17).


Conhecendo essas regras, o homem preferiu ouvir a mentira que o diabo lhe contou e, desobedecendo a Deus, comeu do fruto proibido. Assim nasceu o pecado, e "pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores" (Rm 5:19). Uma vez que o pecado separa Deus do homem (Is 59:2), esse foi expulso do Jardim do Éden (Gn 3:23).

Pecado é toda desobediência às ordens de Deus, e onde houver desobediência Deus não está presente. O desobediente vive separado de Deus. E quem vive sem Deus, vive com o diabo. Não há meio-termo: ou se está com Deus, ou se está com o diabo.

Separado de Deus por causa do pecado, o homem busca diversas maneiras religiosas de se juntar ao Criador; todas, porém em vão, pois o Senhor já estabeleceu o único modo de religar-se a sua criatura. "Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos." (Romanos 5:17, 19). Essa passagem menciona que Adão (o primeiro homem) introduz o pecado na raça humana, e também enfatiza que Jesus Cristo retira o pecado de muitos homens (não de todos).

A morte e ressurreição de Jesus Cristo trouxe a "graça" sobre todos de serem justificados diante de Deus. Por "graça" entende-se a oportunidade, o privilégio a todos de se achegarem ao Senhor, "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3:16). Agora, o exercício desse privilégio é individual, e depende da vontade de cada um. Deus não obriga ninguém a aceitar sua salvação redentora, afinal Ele respeita o livre-arbítrio humano.

Para manifestar sua vontade o homem precisar estar ciente de ser pecador, pedir perdão dos seus pecados, e aceitar que Jesus Cristo o justifique diante de Deus. Agora, leitor, você está ciente, e depende só de você aceitar a graça (que é gratuita, não custa nada, nem dinheiro, nem promessas, sacrifícios, penitências), arrependendo-se de seus pecados. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O EVANGELHO - parte 01


Pouco antes de ser recebido no céu e assentar-se à direita de Deus, Jesus Cristo comissionou seus discípulos com a seguinte ordem: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16:15-16). A ordem era para se pregar "o" evangelho; não era "um" dos evangelhos, nem "os" evangelhos.

De acordo com Jesus Cristo há somente "o" evangelho a ser pregado a toda criatura. A toda criatura? Os animais são criaturas de Deus; a esses também deveria ser pregado o evangelho? Óbvio que não, pois não se trata desse tipo de criatura. No contexto do evangelho, criatura são todos os seres humanos. Cai aqui por terra a afirmação de que "todos" são filhos de Deus. Na verdade todos são criaturas de Deus, e para os tais "o" evangelho; e quem crer será salvo! A confirmação disso está em João 1:12: "Mas, a todos quantos o receberam [Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome [de Jesus]."

Quem recebe Jesus e crê no seu Nome recebe o poder de ser feito filho de Deus. Significa, então, que antes era criatura, e não filho. A condição necessária para se tornar filho de Deus é crer em Jesus Cristo e na sua obra salvadora, realizada na Cruz do Calvário, onde a velha criatura foi com Ele crucificada; depois, sepultada com Ele, para ressuscitar com Ele três dias depois, a fim de descansar nos lugares celestiais, preparados para os filhos de Deus. Isto é "o" evangelho: morrer com Cristo e com Ele ressuscitar uma nova criatura [na mesma carne, e não em outra encarnação], na qualidade de filho de Deus ("Assim que, se alguém está em Cristo, NOVA CRIATURA É; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." - 2Co 5:17).

O apóstolo Paulo confirma que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10:13), mas ao mesmo tempo ele também questiona "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?" (Rm 10:14). Muitos têm saído mundo afora, em vários tempos e lugares, afirmando-se pregadores de "um" evangelho (como se fosse "o" Evangelho), enganados e para enganar as pessoas, fazendo-as prisioneiras de suas vãs filosofias, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (Cl 2:8), e por conta disso surgiram diversas variantes do genuíno Evangelho, resultando em vários evangelhos falsos, e outro Jesus ("Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis." - 2Co 11:4).

Você, leitor, já se perguntou porque está sofrendo? Já se deu conta que deve ser porque tenha abraçado outro evangelho e outro jesus? Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 29 de setembro de 2012

DEUS É FIEL


No texto anterior questionou-se qual dentre os evangelhos anunciados corresponde ao genuíno Evangelho pregado por Jesus Cristo e divulgado pelos apóstolos. Seria, por exemplo, o católico? O espírita? O evangélico? O dos mórmons? O adventista? O das testemunhas de Jeová?

Você, leitor, com certeza já leu em carros a frase "Deus é fiel". Provavelmente essa expressão seja a mais importante já pronunciada em todos os tempos, e que encontra-se registrada na Bíblia Sagrada, v.g., 2Co 1:18 e 2Ts 3:3. A Bíblia também anota que Deus é amor, é misericordioso, é justo, é compassivo, é paciente, mas sobretudo que Ele é fiel!

"Ele é fiel" significa que Deus não muda uma vírgula de sua Palavra para beneficiar nem prejudicar alguém. Ele estabeleceu um padrão pelo qual as pessoas deveriam viver ligadas a Si. Porém, fazendo mal uso do livre-arbítrio, e dando ouvidos à voz de satanás, o ser humano prefere viver separado de Deus. Mas mesmo nessa condição, muitos reconhecem que seria melhor voltar-se pra Deus. E é aqui que mora o perigo.

Ao querer se voltar para Deus, o homem, inteligente que é, desenvolve um  método próprio de querer se religar ao Senhor (daí o termo "religião": voltar a se ligar a Deus), e esquece-se que Deus já desenvolveu o único método de se religar ao homem; porque Ele é fiel, deixou seu método escrito na Bíblia Sagrada. Todavia o homem pensa que seu método é melhor que o de Deus, e assim pretende forçar a religação por seus próprios méritos.

Como o primeiro método humano falhou, o homem criou o segundo, que também falhou; criou o próximo e mais um e mais outro, e nada; chegou até mesmo a misturar seu método com o de Deus, achando que assim teria o direito de se religar Àquele, e nada outra vez: o vazio permanece. Cada um desses métodos humanos corresponde a um "novo evangelho", e vem daqui a pergunta inicial: qual dos "evangelhos" está conforme o genuíno Evangelho?

O verdadeiro Evangelho é a palavra da verdade, da salvação ofertada exclusivamente por Jesus Cristo para os que nEle esperam (Ef 1:12-13). Foi Ele que afirmou ser o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vai - se religa - ao Pai se não for por meio dEle (Jo 14:6).

O apóstolo Paulo disse, em 1 Co 9:16, "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; E AI DE MIM, SE NÃO ANUNCIAR O EVANGELHO!" Se havia um risco para Paulo se não pregasse O Evangelho, que pensar dos sistemas religiosos que contaminam o Evangelho com suas doutrinas humanas, métodos falhos que engodam seus seguidores. E você, leitor, o que te dá a certeza de estar seguindo O Evangelho? Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.


(Publicado na edição 340, ano 07, período 28-09 a 02-10-2012, pág. 04, do Jornal Folha do Xagu).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

EVANGELHOS ANUNCIADOS

No final de sua Primeira Carta de exortação à Igreja de Corinto, o Apóstolo Paulo admoesta aos irmãos quanto ao legítimo evangelho que ele lhes havia pregado há mais ou menos oito anos depois da ressurreição de Jesus, mencionando assim: "Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão" (1 Co 15:1-2, sem o sublinhado).

Paulo está chamando à atenção judeus e gregos que receberam o Evangelho, mas que depois de quatorze anos haviam esquecido (ao que parece) a razão de ser Igreja: a ressurreição dos mortos. Ele adverte-os que deveriam reter o Evangelho tal e qual lhes fora anunciado, sem retirar nem acrescentar nada, a não ser que tivessem crido em vão.

Isso porque "crer em vão" leva as pessoas a duvidarem da simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo, a ponto de lhe fazer acréscimos desnecessários (como guardar ritos cerimoniais, vestes, dias, comida, penitências, obras e o mais) ou, ao contrário, esquecer pontos essenciais, tais como: a) que Jesus Cristo morreu pelos pecados dos humanos, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia; b) que essa ressurreição pertence aos cristãos para salvação; c) quando recebe Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, isto é, sem a necessidade de outros sacrifícios complementares ou de outros mediadores, a pessoa passa pelo novo nascimento, recebendo vida nova, a vida eterna.

Segundo as Escrituras, Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai até Deus se não for através dEle (Jo 14:6). Então é Jesus Cristo, e ninguém mais, que conduz as pessoas diretamente a Deus, sem outros intermediários.

Agora, é possível que doutrinas humanas, ainda que mencionando as Escrituras, preguem um evangelho diferente do primitivo anunciado pelos apóstolos de Jesus Cristo. Se em menos de quatorze anos a Igreja de Corinto precisou ser relembrada do genuíno Evangelho Salvador, que dizer nestes nossos dias, em que muitas denominações evocam para si a proclamação do verdadeiro evangelho? Assim e em vista de suas divergências, qual destes evangelhos estaria conforme as Escrituras, por exemplo: o católico? O espírita? O evangélico? O dos mórmons? O adventista? O das testemunhas de Jeová?

Seja qual for, o próprio Paulo fecha a questão: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gl 1:8, sem o destaque). Então, em nome de Jesus Cristo, sejam malditos os outros evangelhos, com implosão de seus sistemas religiosos, porém exaltado o legítimo Evangelho e digno quem o anuncia. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.
(pennaborges@yahoo.com.br)

(Publicado na edição 338 do Jornal Folha do Xagu, data de 21 a 25 de setembro de 2012, página 05)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

JULGANDO O SEMELHANTE

A grosso modo os sistemas religiosos ensinam que é Deus o julgador do ser humano e, por isso, não cabe ao homem julgar seu semelhante.

Ao encerrar sua epístola para os santos (pessoas VIVAS) moradores em Roma, o Apóstolo Paulo suplica a que eles notem bem "aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos" (Romanos 16:17-18).

Em outra oportunidade, analisando a situação de um filho que havia mantido relação sexual com a esposa de seu pai, o mesmo Paulo "sentenciou" que o tal fosse, em nome do Senhor Jesus, entregue a satanás para destruição da carne, posto que a Igreja de Corinto, arrotando soberba, ainda não havia retirado do seu meio o autor de tamanho ultraje, e concluiu sua sentença: "Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (1Co 5).

Essas duas passagens bíblicas revelam atos praticados por membros da Igreja contrários à Sã Doutrina. Nos dois casos a regra para a Igreja foi a mesma: afastar-se de tais pessoas. Entretanto, para que isso ocorresse, necessário era um julgamento anterior, pois como se vai saber se alguém está em desacordo com a Sã Doutrina se não houver uma análise, caso a caso, antes? E isto é julgamento, tanto que o Apóstolo Paulo profere uma sentença, que é a conclusão de um julgamento.

No Livro do Apocalipse, Jesus Cristo diz ao mensageiro da Igreja local de Éfeso: "Conheço as tuas obras, tanto tem labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos" (Ap. 2:2).

Ora, para perceber os falsos apóstolos e achá-los mentirosos, foi necessário ao presbítero de Éfeso por à prova (portanto, julgar) aqueles que se afirmavam apóstolos mas não eram.

O julgamento final, dando o destino de cada um dos homens, pertence exclusivamente a Deus. Porém, vê-se que é permitido julgar comportamentos de pessoas que se dizem cristãs, de acordo com parâmetros da Palavra, para se concluir se, de fato, são mesmo cristãs, ou não passam de pessoas falsas que servem a seus próprios ventres e enganam o coração das ingênuas. A qual dos grupos você, leitor, pertence? Ao dos que enganam? Ao dos enganados? Ou dos que julgam conforme a Palavra? Está totalmente certo de sua resposta? Honras e glórias sejam a Jesus, e críticas a mim.


(publicado no Jornal Folha do Xagu, pág. 5, edição 336 - ano 07 - 14 a 18 de setembro de 2012)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

É FELIZ QUEM MEDITA NA PALAVRA DO SENHOR

No texto anterior mencionamos que a Bíblia Sagrada ensina que é maldito todo homem que confia no homem (Jr 17:5), e que feliz é aquele que medita na Lei do Senhor (Sl 1:1-2). Mas o que significa "meditar"?

Quando se fala em "meditar" logo vem à memória a figura de uma pessoa sentada em posição indiana por longo período, em silêncio absoluto para esvaziar a mente. Não é esse o tipo de "meditação" que Bíblia apoia. Meditar é "medir de novo". É pegar uma régua e medir um objeto em dadas circunstâncias, e tornar a medi-lo quando as circunstâncias mudam e saber se conserva ou não a mesma medida. Meditar é, por assim dizer, um "trabalho científico".

Biblicamente falando, feliz é o homem que tem o seu prazer na lei do SENHOR, e nela medita de dia e de noite (Sl 1:2), recebendo a Palavra e examinando cada dia nas Escrituras se as coisas são assim (At 17:11). Examinar as Escrituras, meditar sobre cada palavra escrita, a fim de apreender o verdadeiro sentido delas, e seguir para a direção que elas indicam, é o que nos toca fazer dia a dia.

O nosso grande equívoco é nos deixar ser levados pelo que os líderes religiosos nos dizem a respeito das Escrituras, sem nos darmos ao mínimo trabalho de examinar um único versículo sequer (dentro de seu contexto, é claro, pois "texto fora de contexto é pretexto para heresias", tais quais as que temos visto em nossos dias, sendo umas bem antigas e outras já mais modernas). Os líderes falam e nós simplesmente vamos atrás, como ovelhas indo para o matadouro. "Convictos" de que estamos caminhando para o céu, corremos sério risco de estarmos indo direto para o inferno.

"Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos e testemunhávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos; Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória. Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes." (1 Ts 2:11-13). Observamos, aqui, que o papel do líder religioso é o de pregar a Palavra de Deus, em detrimento de dogmas religiosos oriundos de outras religiões pagãs adaptados ao cristianismo, falsificando-o. O líder religioso deve se ocupar em pregar a Palavra de Deus, estimulando seus liderados a examiná-la, sem perder tempo com rituais exteriores que nada acrescentam ao amadurecimento da alma. Por sua vez, os liderados devem examinar as Escrituras para serem felizes, senão sujeitam-se a serem chamados de malditos ("Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;" - Mt 25:41).

Cabe a você, leitor, decidir ser maldito ou feliz. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(pennaborges@yahoo.com.br)

A FÉ CEGA, CEGA

No texto anterior mencionamos o fato de judeus e gregos convertidos ao cristianismo revelar que suas antigas religiões, embora tradicionais e fortes, não manifestavam a legítima fé em Deus, vez que suas práticas se resumiam a rituais exteriores, sem questionamentos quanto a estarem certas ou não, mais ou menos como acontece em nossos dias, em que pouco se questionam  as práticas religiosas herdadas de nossos pais (contenta-se em dizer: nasci nessa e nessa vou morrer). É dizer que hoje há uma quantidade menor de cristãos nobres que no princípio da Igreja, e o resultado disso? Uma igreja fraca, permeável de toda mazela de dogmas contrários à Sã Doutrina, mas que são praticados cegamente pelos fieis, já que ensinados por pessoas reputadas dignas de  confiança.

A Bíblia Sagrada ensina que é maldito todo homem que confia no homem (Jr 17:5), e que feliz é aquele que medita na Lei do Senhor (Sl 1:1-2). Isso significa que não se deve acreditar em tudo o que é ensinado, só porque provém de sacerdote treinado pra falar com eloquência (sacerdote, aqui, no sentido de qualquer líder religioso). De outro lado, merece todo o crédito tudo o que é ensinado por Deus em sua Palavra.

O ser humano, como todo ser que vive em grupo, tem necessidade de líderes que vão à frente, conduzindo-o em sua trajetória terrena. Todavia, os líderes não devem conduzir seus liderados por suas próprias ideias, pois isso significa tirania. Por outro lado, as pessoas também não podem se conduzir por seus próprios ideais, vez que isso seria o caos total. Ao contrário disso, os líderes devem guiar suas congregações pela santificada Sã Doutrina do Senhor, Deus criador dos céus e da terra.

Durante o processo de libertar seu povo da escravidão egípcia, com Moisés na liderança, o "SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho..." (Ex 13:21), e no caminho após a travessia do Mar Vermelho, estabeleceu regras que os guiaria à Terra Prometida, "E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara." (Ex 15:26). A orientação, aqui, clara e objetiva, resume-se em ouvir atento àquilo que o Senhor Deus fala, a fim de se praticar tudo o que é reto diante dEle, e não diante das lideranças religiosas e suas  ideologias. "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens", foi a resposta que Pedro deu aos líderes religiosos de seu tempo, quando tentavam impedir que falasse do Evangelho de Jesus Cristo (At 5:29).

E então, leitor. Você já se perguntou sobre a fé que te passaram? Ela se refere a um Deus único, santificado? Está ela fundamentada exclusivamente na Palavra de Deus? Ou será que a Palavra de Deus é apenas um aporte para dogmas religiosos? Quando é que você agirá como cristão nobre, examinando dia a dia as Sagradas Escrituras para ver se a tua fé está conforme os princípios divinos? Ou será que você é membro de uma daquelas religiões que não permitem a leitura da Bíblia, especialmente a versão protestante dela, e ainda te proíbe frequentar reuniões protestantes, sob pena de pecado capital? 

Quantas perguntas! Para quem não tem fé cega, as respostas são fáceis. Para você que ainda a tem, saiba que Deus enviou Jesus Cristo para te libertar, pela verdade, de dogmas religiosos sem fundamentos bíblicos (Jo 8:32 - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará).

Para os líderes religiosos que misturam a Palavra de Deus nos seus sincretismos, fica a observação de Jesus Cristo, registrada por João, no cap. 8:44-45 do seu Evangelho. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 



Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(pennaborges@yahoo.com.br)





 (publicado no Jornal Folha do Xagu, pág. 9, edição 332 - ano 07 - 31de agosto a 04 de setembro de 2012)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

COLUNA CRISTÃ - CRISTÃOS NOBRES


Neste contato inicial da Coluna Cristã com os leitores do Jornal Folha do Xagu, que repertir-se-á, com a graça de Deus, a cada quinze dias, trazemos um texto tirado do Livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 17:10-12, que assim está escrito: "E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens."

O texto mostra que na cidade de Bereia havia judeus mais nobres que os da cidade de Tessalônica, porque examinavam diariamente as Escrituras, conferindo as Boas Novas que o Apóstolo Paulo anunciava, e eles receberam de bom grado, para ver se de fato, estavam conforme a Palavra de Deus. Consequência desse exame minucioso do Evangelho foi a conversão de muitos judeus e de mulheres gregas nobres ao legítimo cristianismo, que dava seus primeiros passos na expansão da genuína Igreja Cristã.

Tantos judeus (monoteístas) como gregos (politeístas) tinham suas próprias religiões, mas não titubearam ao serem confrontados com a verdade do Evangelho de Jesus Cristo. Para eles pouco importava o deixarem a religião em que nasceram, não havia problema ou preconceito "de passar pra crente", vez que estavam focados na verdade libertadora em oposição aos dogmas religiosos que os mantinham presos a tradições humanas. Judeus e gregos convertidos ao cristianismo também revela que suas antigas religiões, embora tradicionais e fortes, não manifestavam a legítima fé em Deus; suas práticas se resumiam em rituais exteriores, sem outros questionamentos se estavam certas ou não (mais ou menos como acontece hoje: ninguém questiona as práticas religiosas, até mesmo porque tem-se medo de represálias ou preconceitos).

A conversão de judeus e gregos à Seita do Caminho (como ficaram conhecidos os primeiros seguidores de Jesus Cristo, v.g. At 24:14) comprova que Jesus Cristo oferece salvação a todos que o reconheçam como único Senhor e Salvador e que se arrependam de seus pecados, ao mesmo tempo que demonstra que as religiões humanas não salvam ninguém. Toda religião que proclama ser a única certa, a mãe das demais, a primeira, a mais importante, a mais antiga, e o mais, corre sério risco de estar equivocada quanto à verdade do genuíno Evangelho que foi proclamado por Jesus Cristo.

Observe a ordem dada por Jesus aos seus discípulos: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado." (Mc 16:15-16). Com essas palavras Jesus aponta  a direção que seus discípulos - de todos os tempos - devem seguir, que é o mundo, ou seja, a todas as pessoas. Independentemente das religiões que estejam seguindo, todas as pessoas precisam ouvir o evangelho. Quem crer e for batizado será salvo. E quem não crer? Continuará perdido, por mais religioso que aparente ser.

Será que a religião que você frequenta tem pregado o legítimo Evangelho anunciado por Jesus Cristo? Espero que você, leitor, seja levado pelo Espírito Santo a ser nobre como os judeus de Bereia, para examinar dia a dia nas Escrituras se as práticas da tua religião conferem com as Palavras de Deus, ou não passam de meras doutrinas humanas aplicadas por seus líderes. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.


Antônio Marcos Penna Borges, cristão.
(Texto publicado na edição 329 - 07, - 22-23 de agosto de 2012, do Jornal Folhado Xagu, página 11).

sábado, 12 de maio de 2012

Respeito aos pensamentos do mundo.


É isso aí, pessoa. Há de serem respeitados todos os pensamentos. É assim mesmo com as coisas e fatos deste mundo material, cada qual dá sua opinião conforme a quantidade e qualidade de informações que possui sobre o assunto opinado. Todavia não é assim em relação às coisas espirituais. Com base nisso , vou escrever o que penso sobre isso.

No princípio da Igreja, era um só o pensamento de todos os membros, ou seja, todos pensavam do mesmo modo, e a Igreja era forte no Senhor. "Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos." (Atos 1:14). E também: "E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão." (Atos 5:12). E, ainda: "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer." (I Corintios 1:10).

Por manterem o mesmo pensamento, por haver unanimidade entre seus membros, a Igreja foi desde o início perseguida pelos líderes religiosos da época. Quando mais perseguição, mais a Igreja crescia, porque o mesmo pensamento mantém a união entre as pessoas.

Então os sacerdotes mudaram a estratégia, e mandaram seus cupinxas se infiltrarem nela, os quais são chamados de falsos mestres/profetas/irmãos (Leia Gálatas 2:14 e II Pedro 2:1 e I João 4:1) para disseminar falsos ensinos entre os cristãos a fim de enfraquecê-los na fé.

Observe a admoestação do Apóstolo João, em I João 4:1, de que não se deve crer em todo espírito (entenda-se: “revelação”, “doutrina religiosa”), devendo antes provar se os espíritos são de Deus, isso porque muitos falsos profetas têm pregado falsas doutrinas religiosas. E como é que se prova se a doutrina é de Deus ou não? O parâmetro de comparação é a Sagrada Escritura, de onde fazemos o exame para saber se o que nos é ensinado confere com a doutrina de Deus. Veja o que está escrito em Atos 17:11: “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” 

E você? Será que examina os ensinos religiosos que recebe, comparando-os à Palavra de Deus? Ou será que o teu parâmetro de comparação tem sido tão somente o que os teus líderes religiosos têm pregado pra ti? Qual é a garantia de que eles não sejam falsos mestres? Aqui é preciso esclarecer um detalhe: o falso só é falso até que seja descoberto; enquanto isso não acontece ele será visto como verdadeiro. É como uma nota falsa de R$100,00 dada a uma pessoa que não conhece bem dinheiro. Na hora essa pessoa não sabe que o dinheiro é falso, e só vai ficar sabendo quando for depositá-lo no banco. O Caixa, porque é treinado para conhecer dinheiro, vai identificar a nota falsa com um só toque, e dizer àquela pessoa: você foi enganada com uma nota falsa.

Sei que você é temente a Deus, e é por isso que Ele mandou que escrevesse essas palavras. No princípio da Igreja, A Palavra de Deus foi anunciada a muitas pessoas, porém Deus a revelou àquelas que lhe eram tementes, e que desejavam ser salvos do pecado. Veja então, que a Palavra de Deus, embora anunciada, estava encorberta a todos, inclusive aos tementes a Ele. É por isso que Jesus Cristo discursava por parábolas ("E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado" - Mateus 13:10-11).

Escrevi um texto, chamado “Cerco de Jericó – breve análise e algumas considerações”, onde expus alguns pontos controvertido no meio dito cristão e fiz uma análise dos santos católicos. Você poderá encontrá-lo neste mesmo blog.

Que o Senhor Deus te releve a sua Palavra, em nome de Jesus Cristo.

"E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão;"
Gálatas 2:4

"E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição."
II Pedro 2:1

"AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo."
I João 4:1


terça-feira, 8 de maio de 2012

O Rosto de Jesus Cristo

Uma pergunta me veio à mente outro dia desses: por que Jesus Cristo não escolheu nascer, viver, morrer e ressuscitar nesta época?

Vivemos em tempos ultra-mega-power modernos, com imensa facilidade de comunicação, de imagem, de som, de transporte. Com esses recursos à sua disposição, Jesus Cristo, caso hoje estivesse no auge dos seus trinta e poucos anos (?!), poderia alcançar muito mais pessoas em menos tempo, de modo que em três anos e meio de ministério público, seu rol de seguidores poderia ser bem maior que o conquistado há 1980 anos, aproximadamente. Pensem o quanto suas mensagens seriam curtidas, comentadas e compartilhadas no Facebook? O quanto seriam armazenadas em arquivos de audio para serem ouvidas em qualquer tempo e lugar? O Quanto suas fotos seriam admiradas, amadas e cobiçadas? Imagine como seu físico seria inspirador para artistas esculpirem sua imagem, semelhança do seu verdadeiro corpo? 

A Artistas plásticos de várias épocas se requisitaram obras de escultura de Jesus Cristo, que foram produzidas segundo a criatividade e imaginação de cada um deles. O mesmo se deu com vários pintores, solicitados para dar um rosto bonito ao Mestre dos mestres. Mais recentemente, para a virada do século 21 o Vaticano encomendou,  mediante concurso mundial, um novo rosto para Jesus Cristo, que representasse com maior fidedignidade os tempos do século novo, vez que o rosto anterior já não representava as esperanças dos povos da era moderna, é dizer: estava arcaico, já não gerava mais nas pessoas a credibilidade esperada pelo sistema católico.

A resposta à minha pergunta eu obtive na própria Palavra de Deus. Jesus Cristo nasceu no tempo certo, no lugar certo, com as condições sociais e culturais próprias daquela época, tudo conforme determinado pelo Senhor Deus, “sem tirar nem por”. E o melhor de tudo: nada de tecnologia. E por quê?

O Senhor Deus sabe de tudo. Sabe, por exemplo, que o coração do homem é enganoso e perverso (Jr 17:9). Isso é fato. Oh, ser fácil de se enganar que é o homem! Basta uma eloquência bem colocada e, pronto, ele se sente até feliz por ser enganado (logicamente que ele não sabe que está sendo enganado, posto que a ele é ensinado, de modo bem lisonjeiro, que não precisa pesquisar mais nada além do que seu líder está lhe ensinando). 

Quero chegar no ponto em que todos reconhece Jesus Cristo por um rosto de homem claro (quase louro), belo, de olhar sereno, cabelos compridos e barba, porque a liderança religiosa ensinou a todos que tal rosto é dEle, “é como se fosse uma fotografia”, dizem. Ora bolas, como poderia ser uma fotografia se na época não havia nenhum resquício de tecnologia? 

Diga-se que os rostos de Jesus que circulam por aí distoam, e muito, da figura dEle descrita nas Escrituras. Há aproximadamente setecentos anos antes de Jesus, o Senhor Deus descreveu ao profeta Isaías certos aspectos de sua figura: sem beleza nem formosura, e não tinha boa aparência (Isaías 53:2). 

Jesus, sendo Deus, não poderia ter nascido nesta nossa época, para não ter imagens suas por aí sendo venereadas como se fosse Ele próprio (confusão entre a coisa e o ser que essa representa). E por quê? Simples, para não contrariar sua própria Palavra. Jamais o Senhor Deus permitiu que se elaborassem imagens que o representassem, pois sabendo que o coração do homem é enganoso, certamente este ser facilmente se corremperia – como de fato se corrompeu – para prestar culto e adoração à imagem, supondo estar adorando o próprio Deus. 

Será que eu não estou exagerando ou sendo fanático demais? Penso que não, pois as Escrituras me dão amparo. Nelas vejo, por exemplo, o texto que está no Livro de Deuteronômio, que menciona: “Guardai, pois, com diligência as vossas almas, porque não vistes forma alguma no dia em que o Senhor vosso Deus, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; para que não vos corrompais, fazendo para vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher;” (Dt 4:15-16). Esse Texto refere-se à ocasião em que o Senhor Deus, quarenta anos antes, do monte Horebe ditou os Dez Mandamentos, e dentre esses o que diz “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, (...)” (Ex 20:4-5).

Você conhecia esse texto? Não? Pois saiba que ele é parte do Primeiro Mandamento (o “amar a Deus sobre todas as coisas” é um resumo muito do suscinto que te ensinaram do Primeiro Mandamento, só pra você se sentir feliz com pouca instrução). 

Não podemos fazer nenhuma figura do que está no céu, ou na terra, ou nas águas, e não há exceção, nem que fosse para nos fazer lembar do próprio Deus, porque isso faria com que nos corrompêssemos, passando a prestar culto e adoração à imagem que criássemos – exatamente como há muito se vê, e hoje não é diferente (prática que é abominável diante de Deus). 

Logo, não podemos sequer desenhar um rosto para Jesus. E esse foi um dos motivos que O levou querer nascer na pré-história da tecnologia. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cerco de Jericó - Análise e algumas considerações (13/13)

13     RETORNANDO AO CERCO DE JERICÓ, PARA CONCLUIR


Na Religião Perfeita não consta nenhum ritual – ou campanhas – a ser praticado com o propósito de mover Deus a derrubar muralhas de problemas individuais. Cabe destacar que muitos problemas são criados exclusivamente pela própria pessoa, sem consulta prévia a Deus, e que depois se apega a qualquer prática religiosa, ofertada por líderes de sua confiança ou que lhe foram indicados, em busca de solução.

Todavia, o maior de todos os problemas não pode ser solucionado por meio de práticas religiosas desvirtuadas do Evangelho, que é o problema do pecado.
O problema do pecado é que ele separa o homem de Deus. Como todos nascemos contaminados pelo pecado, toda religião elaborada pelo homem também já nasce contaminada. É por isso que existem disputas religiosas: Porque todas estão contaminadas pelo pecado. Todas as religiões humanas se afirmam certas, e é por isso que estão erradas.

Apenas o verdadeiro Evangelho tem o poder de Deus para resolver o problema do pecado, eliminando-o do ser humano, e fazendo a perfeita religação a Deus.
Como em Jericó Deus derrubou a muralhas para o seu povo tomar a cidade, assim Ele também derruba as muralhas do pecado para tomar o homem novamente a si, por meio de Jesus Cristo.

Através da nossa morte e ressurreição juntamente com Jesus Cristo, o Senhor Deus nos purifica de todos os pecados, vale dizer, Ele nos torna santos pelo novo nascimento. Deixamos de ter a natureza pecadora, deixamos de viver na prática cotidiana do pecado, isso porque o corpo do pecado foi destruído na Cruz do Calvário. Isso não significa que nunca mais iremos pecar, apenas que não vivemos mais pecando. É lógico que poderemos cometer pecados, e foi para isso mesmo que o Senhor Deus inspirou o apóstolo João a escrever a seguinte sentença: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1ª João 2:1, sem o grifo). Pela Palavra, quem pecar tem um Advogado junto ao Pai, e não uma advogada como ensinam por aí. Se alguém pecar deve se arrepender e, em oração, pedir a intercessão de Jesus Cristo, e apenas Dele, para advogar nosso arrependimento junto ao Pai.

Uma vez que Deus derruba a muralha do pecado para se religar a ti, tendo você confessado a Jesus Cristo como teu único e suficiente Senhor e Salvador, mediante a compreensão do Evangelho, deve você permanecer livre do anátema, livre do amaldiçoado para que a presença de Deus permaneça contigo, dando-te as estratégias e forças para vencer as próximas batalhas.

Na tua nova vida poderão surgir inúmeras outras muralhas, mas nem todas Deus irá derrubar. No entanto, tenha certeza que Ele sempre te dará as condições de escalar algumas, furar outras, passar por baixo de tantas, e em outras simplesmente Ele te dirá para contorná-las. É importante reforçar que em todas elas você deve estar livre do amaldiçoado, ou seja, toda tua conduta deve estar inume às doutrinas religiosas misturadas com o Evangelho.

Por isso, quando no meio religioso que você frequenta, surgirem campanhas dirigidas a Deus, primeiramente pergunte ao seu sacerdote (padre, pastor, líder religioso) se tal campanha está conforme a Palavra de Deus; peça-lhe explicações quanto ao contexto no qual está baseada a dita campanha e, acima de tudo, tenha bom ânimo de pesquisar a respeito na Palavra de Deus. 

Seja Diligente! (1) Afinal de contas, são a tua vida presente e a tua vida eterna que estão em jogo, e não as do teu líder espiritual. Eu mesmo, ao longo de quinze anos de nova vida em Jesus, presenciei inúmeras campanhas sem nenhuma base bíblica, promovidas, inclusive, por renomados líderes “evangélicos”. A atual “Marcha para Jesus” é uma delas.

Lembre-se: o diabo enganou o homem no Jardim do Éden, para lhe roubar a vida eterna, e vem enganando a humanidade desde então. Será que você também não está sendo enganado por ele, aceitando várias doutrinas religiosas embutidas em uma só, e com isso, perdendo de receber de volta a tua vida eterna? Pense nisso.

Amém, para glória do nome de Jesus Cristo.

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(1) "E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim”. (Atos dos Apóstolos 17:10-11).

Cerco de Jericó - Análise e algumas considerações (12/13)

12    A PERFEITA RELIGIÃO NÃO POSSUI TEMPLOS CONSTRUÍDOS POR MÃOS HUMANAS

“Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta”. (Atos 7:48).
Não vamos encontrar nenhuma passagem nas Sagradas Escrituras fazendo menção a alguma ordem de Jesus Cristo para seus apóstolos e discípulos construírem templos, com o propósito de neles ministrarem sua doutrina. A Religião Verdadeira é sem templos materiais (locais de celebrações religiosas), apenas templos de carne e osso, “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possui da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1ª Coríntios 6:19).

Templos de pedra ou de tijolos apresentam uma hierarquia funcional entre os seus membros, dotando um pequeno grupo com poderes mais especiais sobre os demais, inclusive sobre o destino de suas almas no pós-morte, para o que inventam rituais fantasiosos, pelos quais afirmam que as almas devem permanecer por certo tempo num certo lugar, e de lá saírem para o céu geralmente depois que seus parentes vivos pratiquem certos rituais ou façam oferendas.

Templos de pedra ou de tijolos demandam recursos financeiros para abrigar suas respectivas instituições religiosas, e para isso impõem aos fiéis o dever de contribuição, mediante ofertas, dízimos, e outras formas de arrecadação por inúmeras campanhas, além da prestação de serviços “voluntários” para não pagarem as devidas remunerações. Tudo isso com enorme peso de consciência àqueles que não agem do modo como seus líderes querem.

Templos de pedras ou tijolos representam lugares onde são ministradas diversas doutrinas religiosas, por meio de variados rituais litúrgicos, muitos dos quais sendo uma mistura de outros rituais, com ênfase aos dogmas das respectivas instituições religiosas em detrimento dos verdadeiros dogmas da Perfeita Religião, em total prejuízo ao genuíno Evangelho de Jesus Cristo.

Doutrinas religiosas elaboradas por homens e praticadas em templos de pedras ou de tijolos, não transformam pessoas em templos de habitação do Espírito Santo, embora seus pregadores afirmem o contrário. Apenas a Sã Doutrina tem a capacidade, o poder de transformar simples seres humanos em lugar onde a presença de Deus se faz constante, por meio da manifestação do Espírito Santo, verdadeiros templos espirituais.

Quando a pessoa inicia o seu processo de novo nascimento, por meio do arrependimento dos seus pecados cometidos, o Espírito Santo vê-se na liberdade de ministrar a ela o perdão ofertado por Jesus Cristo. Cada ser humano nascido de novo é um templo de habitação do Espírito Santo.

O cuidado aqui é não confundir Sã Doutrina com outras “sãs doutrinas” infirmadas por homens. Um exemplo de doutrina religiosa elaborada por homens é a que afirma que todos nós somos filhos de Deus. Essa doutrina é contrária à Palavra de Deus. Veja o que está escrito no Evangelho de João, 1:12: “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”. Na Carta aos Gálatas, cap. 3:26, o apóstolo Paulo escreveu “Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus”. E na Carta aos Efésios o mesmo apóstolo reforça essa doutrina, afirmando que o Senhor Deus “nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo” (Efésios 1:5).

O próprio Senhor Jesus determinou sua grande comissão para os discípulos irem pregar o Evangelho a toda a criatura (Marcos, 16:15), e o apóstolo Paulo reforçou que o Evangelho foi pregado a toda a criatura que há debaixo do céu (Colossenses 1:23).

Para ser filho de Deus é preciso receber a Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador. De outro modo, significa dizer que enquanto isso não acontece, todos são criaturas de Deus, mas não seus filhos.

Todos os seres humanos nascidos no pecado são criaturas de Deus. Para que haja filhos de Deus, é necessário que o genuíno Evangelho seja pregado a todas as criaturas, isto é, a todos os seres humanos, para que esses, mediante a fé, se arrependam e aceitem, recebam Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador, renunciando a tudo que aprenderam contrário ao Evangelho do novo nascimento.

Por fim, templos de pedra ou tijolos têm suas pregações e respectivas doutrinas religiosas fixadas em lugares determinados, onde as criaturas são convidadas a adentrarem para serem ministradas. Já os pregadores de Jesus Cristos devem sair ao encontro das criaturas, para lhes pregar o verdadeiro Evangelho.

Cerco de Jericó - Análise e algumas considerações (11/13)

11    APRENDENDO A RESPEITO DA PERFEITA RELIGIÃO DE DEUS


“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). 


Caminho representa trajeto que liga um ponto a outro. Nesse sentido, Jesus é o caminho que religa Deus ao homem. É por ele que deve andar todo aquele que pretende ser religado a Deus, partindo do seu ponto inicial em direção ao ponto final, que é o próprio Deus.

Como percorrer esse caminho, chamado Jesus Cristo, para se religar a Deus? Como é o processo pelo qual Jesus religa Deus a nós?

Pelos princípios espirituais, o homem nasce morto, isto é, separado de Deus, porque traz consigo a mácula do pecado. Na Palavra está escrito: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). E Romanos 5:12 afirma que todos pecaram.

Quem nasce morto tem a necessidade de nascer de novo. Em vista dessa necessidade foi que Jesus Cristo mencionou ao intelectual Nicodemos a respeito do novo nascimento. Afirmou o Mestre:
“Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. (João 3: 3-7)”.

Repare na necessidade de se nascer de novo: só quem nascer novamente, não da carne, mas do Espírito, isto é, nascer do alto, pode ver o reino de Deus.

Uma vez que nascemos mortos espiritualmente, porque nascemos da carne, é necessário que essa mesma carne seja morta. É necessário que morramos para nós mesmos, para que possamos nascer de novo, no Espírito. Devemos morrer essa vida de pecado para nascermos novamente.

Aqui surge outra pergunta: como é que matamos a carne? O matar a carne não nos cabe. Tratando-se da religião perfeita, é Deus quem toma a atitude de matá-la, e isso Ele já providenciou por meio da morte de Jesus Cristo na Cruz do Calvário.

Todos nós, bem ou mal, aprendemos que Jesus Cristo morreu para pagar os nossos pecados. Isso é verdade, mas não é toda a verdade. O restante dela não é bem esclarecido, sabe-se lá por que razões. Significa, então, que nos ensinaram meia-verdade e preencheram o resto dela com qualquer outra coisa. Uma vez que meia-verdade não existe, o “todo” que nos ensinaram pode ser uma “bela” mentira.

Então, onde na Palavra está escrito que Jesus morreu pelos nossos pecados? Na 1ª Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 15, versículo 3, consta assim: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”. Também está escrito na 1ª Carta de Pedro, cap. 3:18: “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito”.

A próxima pergunta é: onde está escrito sobre a nossa morte ou a morte da nossa carne? Na 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, no cap. 5:14, o Apóstolo escreveu: “Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram”. Jesus Cristo morreu por todos nós, logo nós também morremos. Ele morreu crucificado. Na cruz onde pregaram Jesus Cristo, nós também fomos pregados. Como é? Isso mesmo, você também foi pregado na mesma cruz de Jesus, junto com Ele, conforme a seguinte passagem: “sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado” (Romanos 6:6).

Viu só! Segundo as Escrituras, você, assim como eu e outras tantas pessoas, foi crucificado com Jesus Cristo. Naquela Cruz você morreu para ficar livre do pecado. Isso aconteceu conforme foi dito pelo próprio Senhor Jesus: “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. E dizia isto, significando de que morte havia de morrer” (João 12:32-33). Jesus Cristo te atraiu naquela Cruz para você morrer com Ele.

Uma vez que você morreu com Jesus, outra coisa não resta senão ir para a sepultura. E você foi para lá, acompanhado de Jesus Cristo. Veja como está escrito: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:4). Além do nosso sepultamento com ele, essa passagem também afirma que devemos andar em novidade de vida, isto é, vida nova pelo novo nascimento.

Mas se nascemos mortos espiritualmente, e agora estamos com o nosso corpo também morto, como é que poderemos viver em novidade de vida? A resposta é simples, clara, direta e objetiva: “e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus” (Efésios 2:6). A seguinte passagem da Carta de Paulo aos Colossenses, cap. 2:12, é bastante elucidativa: “tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos”.

Crucificado com Cristo, morto e sepultado com Ele, e ressuscitado juntamente com Ele, tudo isso pela fé no poder de Deus. Nada é pela fé no homem ou nas religiões que esse inventou. Todavia, naquela cruz somente o sangue de Jesus Cristo é que foi derramado para nos justificar de todos os pecados.

As Escrituras afirmam que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23). Esse dom de Deus é traduzido por amor para salvar todas as almas da morte, e restituir a vida eterna ao ser humano que crer: “Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5:8-9). Também está escrito: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Quem não crer, permanece na ira de Deus, debaixo de maldição. Mantém-se sob o anátema.

É oportuno esclarecer que o novo nascimento deve ser precedido do arrependimento. Jesus Cristo inicia seu ministério público com as seguintes palavras: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus”, conforme está escrito em Mateus 4:17.

Eis aí a perfeita religião elaborada por Deus para nos livrar do anátema. Eis o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo.

Cerco de Jericó - Análise e algumas considerações (10/13)

10   JESUS CRISTO: A RELIGIÃO PERFEITA DE DEUS

A desobediência de Adão, que para Deus foi uma ofensa, introduziu a morte no mundo, primeiro separando o homem de Deus, depois a alma do corpo. A ofensa de Adão foi transmitida a toda raça humana, de modo que todos nós já nascemos com o pecado, isto é, nascemos separados de Deus primeiramente, e teremos a alma separada do corpo, futuramente.Para restaurar seu projeto original, o Senhor Deus providenciou, em primeiro lugar, sua religação ao homem, deixando a religação da alma ao corpo para um segundo e derradeiro momento, a acontecer como descrito no Livro de Apocalipse.


Para se religar ao homem, por sua abundante graça, Deus promoveu a vinda à terra do seu Filho Unigênito. E é só por Esse que ocorre a perfeita religião. “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Romanos 5:17). Aquele cordeiro que Deus matou no Jardim do Éden, derramando o seu sangue e tirando-lhe a pele para se religar ao homem, é figura do próprio Senhor Jesus Cristo, que derramou o seu sangue na Cruz do Calvário para nos religar ao Senhor Deus.


Antes de Jesus, a morte reinava. Depois Dele, reinam somente aqueles que recebem sua graça mediante a fé. Receber a graça é ato voluntário, consciente, implicando que todo ser humano é livre para rejeitá-la, caso queira permanecer vivendo separado de Deus.


Romanos 5:12 afirma, categoricamente: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. A morte, a separação da criatura de seu Criador, passou a todos os homens. Agora, caso queira, caso tenha vontade, cabe a cada um de todos os homens receber a graça, de graça, sem custo algum da religação de Deus por Esse ofertada através de Jesus Cristo, unicamente, isto é, sem ajuda de intermediários ou outras espécies de intercessores espirituais.


Os atos de manifestação de vontade são exteriorizados por meio de algum tipo de sinal que os identifique. Por exemplo, a sua assinatura em um documento é sinal que você concorda com o que ali está escrito. O ato de receber a religião de Deus também é exteriorizado por meio de um sinal que o identifica, que recebe o nome de batismo.

Considerando-se que o receber a graça de Deus é uma espécie de ato voluntário do homem que se exterioriza pelo batismo, esse ato não pode ser praticado por quem ainda não tem consciência de seus atos. É por isso que não se deve batizar crianças, pois essas não têm a menor ideia do que estejam fazendo, ou melhor, do que estão fazendo com elas ao lhes derramarem água em suas cabeças.

Somente pessoas capazes podem ser batizadas, pois possuem consciência de seus atos. Todavia, para que tenham consciência do que seja receber a graça de Deus e se decidam pelo batismo, é condição mais que necessária entenderem como devem agir para receberem a graça de Deus, ofertada por Jesus Cristo.

Imagine que alguém lhe ofereça à venda um imóvel bem localizado, por um ótimo preço, mas todo enrolado, com IPTU atrasado, cheio de multas, com problemas de escritura, sem lhe contar desses problemas. Você provavelmente se interessaria por esse imóvel. Agora imagine-se comprando o imóvel: quando você descobrisse os problemas, sua primeira reação seria a de querer desmanchar o negócio, devolvendo o imóvel ao vendedor e recebendo de volta o dinheiro pago. Mas se não conseguir desmanchar o negócio, você vai ter que suportar todos os prejuízos, com o risco de perder o imóvel e sem ver a cor do dinheiro de volta.

De outro lado, caso o imóvel não tenha nenhum problema, você poderá comprá-lo tranquilamente. Mas a compra só será válida se você estiver em pleno gozo de suas faculdades mentais, isto é, você terá que estar em sua plena capacidade para assumir o compromisso.

Com o ato do batismo dá-se o mesmo: você só poderá praticá-lo tendo plena consciência do que está fazendo, do contrário poderá estar comprando um imóvel cheio de problemas. Para que tenha plena consciência do batismo, é preciso antes que você o conheça. O batismo precisa ser apresentado a você.

Todo esse assunto sobre o batismo só para ressaltar que a graça de Deus religa o homem a Si, única e exclusivamente por meio de Jesus Cristo. Essa religião depende da manifestação de vontade do homem no sentido de aceitá-la, e uma vez aceita, o homem recebe o batismo como sinal exterior que identifica essa vontade.

Gosto de comparar o batismo a uma cerimônia de formatura. Em si mesma, a formatura representa um sinal exterior de que as pessoas, que estão se formando, passaram por um processo de aprendizado, aprenderam o que lhes foi ensinado e por isso estão ali, se formando. Por sua vez o batismo demonstra que a alguém foi ensinado sobre a obra redentora (o Evangelho) que Jesus Cristo realizou para religar Deus ao homem, que esse alguém aprendeu a respeito dessa obra e a aceitou.

É basicamente isso que sucedeu a certo homem culto que servia à rainha dos etíopes no princípio da Igreja. De acordo com o que está relatado no Livro de Atos, no cap. 8:26-38 (1), um etíope eunuco ia de viagem lendo uma passagem do Livro do Profeta Isaías, que falava de Jesus Cristo, mas sem entender o que lia. Mesmo sendo um homem bastante culto, o eunuco não entendia o que lia, por isso pediu explicações a Felipe. Após entender que o assunto que ele vinha lendo se referia à obra redentora realizada por Jesus Cristo, pediu para ser batizado. Felipe então lhe esclareceu que para ser batizado era necessário crer de todo o coração. Respondendo o eunuco, disse que cria que Jesus Cristo é o filho de Deus, e foi batizado.

Agora vem uma pergunta: se nem mesmo um homem culto, por seus próprios conhecimentos, entendia a respeito da obra redentora de Jesus, será que um recém-nascido poderá entender? Você, caro leitor, quando foi batizado ainda bebê de colo, entendia?

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(1) Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai em direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto. E levantou-se e foi; e eis que um etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adorar, regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes, porventura, o que estás lendo? Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim ele não abre a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus. E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água,
e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? [E disse Felipe: é lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou (Atos 8:26-38).