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domingo, 10 de novembro de 2013

Humanos Divinizados — parte 4

No final do texto anterior mencionei que Jesus não é um humano divinizado, senão o próprio Deus que se fez homem e, sendo Ele Deus, o homem está proibido de fazer-Lhe imagens. Em outros textos referi que os israelitas (judeus) acreditavam no Deus único, criador dos céus, da terra e de tudo o que existe, sem nunca fazer-Lhe imagens. No tempo de Jesus esse povo sofria influência cultural-religiosa dos romanos que estes, por sua vez, haviam absorvido dos gregos, isto é a religião romana era a religião grega "atualizada" para sua época, com "adaptação" de nomes divinos a sua realidade.

Na época dos Macabeus, os Romanos ajudaram os Judeus a se libertarem dos gregos e, depois disso, aproveitando-se da confiança que tinham, dominaram a Palestina por volta de 63 a.C., e escravizaram os Judeus. Mais tarde, o crescimento do cristianismo trouxe instabilidade político-religiosa àquela região e, consequentemente, aos próprios Romanos, o que levou o general Tito invadir Jerusalém e matar milhares de judeus (inclusive cristãos) em 70 d.C.. Porém quanto maior a perseguição aos judeus, mais aumentavam os cristãos, a ponto de o Imperador Constantino, mais ou menos 250 anos depois, como política pela "paz", agregar o Deus dos judeus (e também dos cristãos) ao seu panteão de "deuses" como o Deus supremo dos romanos, destronando seu antigo deus supremo, Júpiter (o equivalente a Zeus, da Grécia).

Do panteão de "deuses" romanos destacavam-se: Júpiter, rei de todos os deuses; Apolo, deus do sol e patrono da verdade; Vênus, do amor e beleza; Marte, da guerra; Minerva, deusa da sabedoria e conhecimento; Plutão, dos mortos, do mundo subterrâneo; Juno, rainha dos deuses, era a protetora dos matrimônios e das famílias, e dos partos; Diana, deusa da caça, castidade, animais selvagens e luz, ela "obteve de seu pai a permissão para sempre permanecer casta", isto é, virgem; Ceres, deusa da colheita, agricultura; Mercúrio era mensageiro dos deuses e protetor dos comerciante.

Quando Constantino agregou o Deus dos Judeus (e dos cristãos) aos seus "deuses", uma parte da liderança religiosa cristã aceitou isso de bom grado, porém grande parte da Igreja Cristã considerou esse fato um insulto a Deus, e perseguições surgiram aos que não aceitaram a decisão daquele imperador. A Igreja se divide.  A parte que se aliou ao imperador persegue a parte dissidente (ou a parte "protestante" da época), porque se recusara adorar Deus junto com os "deuses" romanos, que nada mais eram do que humanos divinizados (todas as divindades romanas tinham forma de pessoas, porém com "atributos" divinos).

Depois dessa divisão da Igreja a ala "cristã romana" promove adaptações à novel religião do Império Romano, rebaixando os "deuses" a outra categoria "divina", para não serem mais invocados como "deuses", designação que se tornara incompatível com a nova fé sincrética e politeísta praticadas pelos "novos cristãos romanos". Os nomes dos "deuses" também foram alterados, mas com as mesmas atribuições. Essa prática se desenvolveu ao longo do tempo, tendo alcançado nossa época, basta ver a quem são atribuídas honras em cultos comemorativos de colheitas, de proteção a cidades, casamentos, trabalhos, profissões e o mais. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

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