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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Onde encontramos a Verdade?

No texto anterior mencionamos que não há unidade na fé cristã, motivo de o mundo  duvidar que Deus enviou Jesus para dar vida eterna a todo que nEle crer (João 3:16), e isso porque muitas instituições religiosas se acham mais conservadoras da "verdade cristã" que outras e, infelizmente, não ensinam sobre Jesus Cristo como deveria ser ensinado.

Então, onde encontramos a Verdade, do ponto de vista cristão? A resposta parece bastante óbvia: exclusivamente na Bíblia Sagrada. Mas em qual das suas versões (lembrando, p. ex., que católicos e protestantes acusam-se, mutualmente, de adulteração das Escrituras)? A questão torna-se simples, quando entendemos a origem das Sagradas Escrituras e a quem são originalmente dirigidas.

Na essência e origem a Bíblia é produto da cultura religiosa judaica, contendo toda doutrina sobre Deus, criação, homens, terra, vida, morte, pós-morte, do ponto de vista hebreu. Jesus é o Messias prometido por Deus no Antigo Testamento hebraico e, como autêntico judeu, Ele viveu segundo a religião judaica, mas combatendo as heresias praticadas pelos sacerdotes daquela época.

Naquele tempo as Escrituras Judaicas estavam divididas em três partes: Leis, Profetas e Escritos (Lc 24:44), formando a "Tanach" (Bíblia Hebraica), com vinte e quatro livros (rolos), encerrados aproximadamente 440 a.C. Esses rolos correspondem, em conteúdo, exatamente aos trinta e nove livros do Antigo Testamento contidos na Bíblia protestante. As doutrinas de Jesus, reveladas nos vinte e sete Escritos do Novo Testamento, e a formação da Igreja Primitiva eram fundamentadas nesses livros do Antigo Testamento.

Temos, então, que a Verdade Cristã emerge de trinta e nove livros do Antigo Testamento judaico e de vinte e sete escritos do Novo Testamento. Em sessenta e seis livros Deus revelou ao ser humano Sua Essência, seus propósitos e o Caminho para que retorne à vida eterna.

É importante salientar que a tradução do Antigo Testamento para o grego, feita pelos "Setenta" em torno de 285 a.C., trazia quatorze escritos apócrifos (ou deuterocanônicos) porque escritos depois dos vinte e quatro rolos e também porque traziam doutrinas espúrias, motivo por que nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico, jamais foram citados por Jesus nem foram aceitos pela Igreja Primitiva.

Ao traduzir a versão Septuaginta para a Vulgata (405 d.C.), Jerônimo incluiu os escritos deuterocanônicos sob ordens superiores, advertindo, porém, que nunca poderiam ser base de doutrinas cristãs. Com a Reforma Protestante, cujo ápice se deu com o Monge Martinho Lutero em 1517, os reformadores afirmavam que os livros apócrifos, embora não inspirados, possuíam valor literário e histórico. Já o catolicismo aceitava os quatorze textos deuterocanônico como fonte doutrinária, porém na contra-reforma de 1546, pelo Concílio de Trento, canonizou somente onze. Os protestantes, por sua vez, retiraram os apócrifos de suas Bíblias após 1629, para evitar confusão entre as pessoas simples que não sabem distinguir livros canônicos de apócrifos.

Percebemos, enfim, que a versão protestante da Bíblia Sagrada contém exatamente os mesmos textos utilizados pelos antigos judeus, somados aos escritos do Novo Testamento, totalizando sessenta e seis Livros Sagrados pelos quais o Senhor Deus revela sua Verdade aos homens. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(Publicado na edição 356, ano 09, de 27-09 a 01-10-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 6).

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