Segundo Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, toda verdade passa por três fases: 1) é ridicularizada; 2) violentamente combatida; 3) aceita como evidente. Alguém aí duvida que Jesus Cristo, a Verdade, enfrentou essas três fases?
O profeta Isaías descreveu a primeira fase, quase setecentos anos antes, assim: "Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" (Isaías 53:3); o apóstolo Pedro resumiu a segunda fase: "Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, [...], tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos" (Atos 2:22-23); a terceira fase, por sua vez, é aceita pela própria história humana, ao ponto de estar dividida em dois períodos: antes de Cristo e depois de Cristo.
Na última ceia Jesus afirma-se aos seus discípulos como "o caminho, a verdade e a vida" e que ninguém vai ao Pai, senão por Ele (João 14:6). A Bíblia não contém palavras inúteis. Então, entende-se que esses três elementos são tipos do próprio Cristo, e foram escritos [falados] na mesma ordem que o ser humano precisa seguir para se religar [religião] a Deus. Essas três palavras eram bem familiares aos discípulos daquele tempo, pois representavam a sequência exata que eles, enquanto judeus, por intermédio de sacerdotes, seguiam para adentrar no tabernáculo de Moisés (substituído mais tarde pelo Templo de Salomão):
Primeiro, entravam no pátio trazendo um animal para sacrifício pelos pecados no altar do holocausto (este era o caminho do arrependimento de pecados); segundo, lavavam-se e passavam para o lugar Santo, onde havia luz do candelabro, doze pães e altar do incenso (este era o lugar da verdade); e terceiro, do altar do incenso saía fumaça que passava pelo véu da separação para o lugar Santíssimo, onde a presença de Deus era representada na arca da aliança e onde somente o sumo sacerdote entrava, uma vez por ano (a presença de Deus é o lugar da vida).
Eis aí o caminho, a verdade e a vida que os judeus conheciam para se encontrarem com Deus. Agora Jesus ensina que Ele é o caminho, a verdade e a vida (os três estágios para se religar a Deus), complementando que ninguém vai ao Pai se não for por Ele, e somente por Ele, sem qualquer mediador, intercessor. Foi por isso que na sua morte o véu da separação se rasgou de alto a baixo, indicando que, pela obra da Cruz de Cristo, o ser humano não precisa mais de sacrifícios, nem de sacerdotes para se achegar a Deus, bastando que passe com Jesus Cristo na sua crucificação, morte e ressurreição: pelo legítimo novo nascimento completamente ignorado nas religiões pseudo cristãs.
No próximo texto darei continuidade a este assunto, querendo Deus! Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.
Antônio Marcos Penna Borges, cristão.
(Publicado na edição 372, ano 09, de 29-11 a 03-12-2013, do Jornal Folha do Iguaçu, página 7).
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