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quinta-feira, 29 de março de 2012

Cerco de Jericó - Análise e algumas considerações (4/13)

3   CONTEXTO RELIGIOSO


É na cultura religiosa que reside o grande diferencial entre os habitantes da região de Canaã e os hebreus. Entre aqueles predominava o politeísmo. A Wikipédia contém a informação de que, em Jericó, adoravam-se deuses lunares. Os filisteus, que também ocupavam a região, tinham Baal por principal deus, além de Dagon (1). É do termo filisteu, inclusive, que se originou o nome da Palestina, com o qual aquela região tornou-se mais conhecida.
Já os hebreus descendem da crença de que há um único Deus, o Eterno, criador dos céus e da terra, do mar e de tudo o que neles há.

O politeísmo foi basicamente o motivo que levou Deus a determinar a Abraão que deixasse a casa de sua parentela (“Disse então Josué a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor; e serviram a outros deuses” - Josué 24:2). Abrão (ou Abraão) ensinou seus filhos que existe apenas um Deus, a quem se deve devotar todas as glórias e honras; e os seus filhos ensinaram o mesmo aos filhos e a todos que ingressaram na família. Formava-se uma tribo monoteísta em lugar e tempo em que os vizinhos eram todos politeístas. E desceram para o Egito, país também politeísta, onde mantiveram o monoteísmo, ao menos durante as duas ou três gerações seguintes. 

Como o “homem é produto do meio”, é bastante provável que muitos hebreus assimilaram a religião politeísta do Egito. Tanto é assim que, na primeira oportunidade que tiveram depois de saírem de lá, construíram uma estátua em forma de bezerro, atribuindo a ela natureza divina (2).

É o homem fazendo religião politeísta em desprezo à Perfeita Religião. Os sistemas religiosos politeístas tendem a satisfazer o ego. Esse é o legado diabólico que eles transmitem ao ser humano, que é o de viver cada um para si e os deuses por todos. Há prevalência do egoísmo em detrimento do semelhante, embora os ensinos religiosos aparentemente ensinem o oposto, mas a prática revela o verdadeiro aprendizado. Nessa questão, transcrevo parte de um artigo publicado na internet, em 22-7-2010:
"As culturas antigas costumavam ter religiões politeístas, onde havia vários deuses criados pelo próprio homem e cultuados para se justificar uma filosofia qualquer. Concebia-se uma ideia como, por exemplo, sacrificar as criancinhas, depois moldava e materializava essa ideia em uma representação artística como esculturas, gravuras, arquiteturas etc. e por fim passava-se à execução daquela ideia, em nosso caso, sacrificava as crianças em nome do deus concebido para dar forma ao pensamento desejado pelo povo. Ou seja, era uma forma de satisfazer o egocentrismo do ser humano sem sentir culpa e sem ter necessidade de arrependimento e mudança de pensamento e atitude. Assim eram e sempre serão as religiões, sejam elas antigas, modernas ou futuras…" (in O RETORNO DOS DEUSES: BAAL, MAMON E ASTAROTE, por Renato A. O. de Andrade, em http://renatim.wordpress.com/, de 30-6-2011, às 0h11).

Eis a grande diferença entre todas as religiões politeístas e a religião monoteísta: naquelas, os homens fabricam seus próprios deuses; nessa, o único Deus faz os homens; naquelas, vidas são sacrificadas em prol dos homens “líderes”; nessa, somente uma vida líder foi sacrificada para salvar todos os homens.

Acrescenta-se que Jesus Cristo não criou, não inventou, nem instituiu nenhuma religião, mas tão-somente deu cumprimento à Perfeita Religião elaborada por Deus, como veremos mais adiante.
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(1) “A religião que os Filisteus praticavam era politeísta, sendo alguns dos deuses principais Baal e Dagon.” (inhttp://www.infopedia.pt/$filisteus, em 24-6-2011, à 1h41).
(2) Depressa se desviou do caminho que eu lhe ordenei; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e adoraram-no, e lhe ofereceram sacrifícios, e disseram: Eis aqui, ó Israel, o teu deus, que te tirou da terra do Egito” (Êxodo 32:8).

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