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quinta-feira, 29 de março de 2012

Cerco de Jericó - Análise e algumas considerações (10/13)

10   JESUS CRISTO: A RELIGIÃO PERFEITA DE DEUS

A desobediência de Adão, que para Deus foi uma ofensa, introduziu a morte no mundo, primeiro separando o homem de Deus, depois a alma do corpo. A ofensa de Adão foi transmitida a toda raça humana, de modo que todos nós já nascemos com o pecado, isto é, nascemos separados de Deus primeiramente, e teremos a alma separada do corpo, futuramente.Para restaurar seu projeto original, o Senhor Deus providenciou, em primeiro lugar, sua religação ao homem, deixando a religação da alma ao corpo para um segundo e derradeiro momento, a acontecer como descrito no Livro de Apocalipse.


Para se religar ao homem, por sua abundante graça, Deus promoveu a vinda à terra do seu Filho Unigênito. E é só por Esse que ocorre a perfeita religião. “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Romanos 5:17). Aquele cordeiro que Deus matou no Jardim do Éden, derramando o seu sangue e tirando-lhe a pele para se religar ao homem, é figura do próprio Senhor Jesus Cristo, que derramou o seu sangue na Cruz do Calvário para nos religar ao Senhor Deus.


Antes de Jesus, a morte reinava. Depois Dele, reinam somente aqueles que recebem sua graça mediante a fé. Receber a graça é ato voluntário, consciente, implicando que todo ser humano é livre para rejeitá-la, caso queira permanecer vivendo separado de Deus.


Romanos 5:12 afirma, categoricamente: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. A morte, a separação da criatura de seu Criador, passou a todos os homens. Agora, caso queira, caso tenha vontade, cabe a cada um de todos os homens receber a graça, de graça, sem custo algum da religação de Deus por Esse ofertada através de Jesus Cristo, unicamente, isto é, sem ajuda de intermediários ou outras espécies de intercessores espirituais.


Os atos de manifestação de vontade são exteriorizados por meio de algum tipo de sinal que os identifique. Por exemplo, a sua assinatura em um documento é sinal que você concorda com o que ali está escrito. O ato de receber a religião de Deus também é exteriorizado por meio de um sinal que o identifica, que recebe o nome de batismo.

Considerando-se que o receber a graça de Deus é uma espécie de ato voluntário do homem que se exterioriza pelo batismo, esse ato não pode ser praticado por quem ainda não tem consciência de seus atos. É por isso que não se deve batizar crianças, pois essas não têm a menor ideia do que estejam fazendo, ou melhor, do que estão fazendo com elas ao lhes derramarem água em suas cabeças.

Somente pessoas capazes podem ser batizadas, pois possuem consciência de seus atos. Todavia, para que tenham consciência do que seja receber a graça de Deus e se decidam pelo batismo, é condição mais que necessária entenderem como devem agir para receberem a graça de Deus, ofertada por Jesus Cristo.

Imagine que alguém lhe ofereça à venda um imóvel bem localizado, por um ótimo preço, mas todo enrolado, com IPTU atrasado, cheio de multas, com problemas de escritura, sem lhe contar desses problemas. Você provavelmente se interessaria por esse imóvel. Agora imagine-se comprando o imóvel: quando você descobrisse os problemas, sua primeira reação seria a de querer desmanchar o negócio, devolvendo o imóvel ao vendedor e recebendo de volta o dinheiro pago. Mas se não conseguir desmanchar o negócio, você vai ter que suportar todos os prejuízos, com o risco de perder o imóvel e sem ver a cor do dinheiro de volta.

De outro lado, caso o imóvel não tenha nenhum problema, você poderá comprá-lo tranquilamente. Mas a compra só será válida se você estiver em pleno gozo de suas faculdades mentais, isto é, você terá que estar em sua plena capacidade para assumir o compromisso.

Com o ato do batismo dá-se o mesmo: você só poderá praticá-lo tendo plena consciência do que está fazendo, do contrário poderá estar comprando um imóvel cheio de problemas. Para que tenha plena consciência do batismo, é preciso antes que você o conheça. O batismo precisa ser apresentado a você.

Todo esse assunto sobre o batismo só para ressaltar que a graça de Deus religa o homem a Si, única e exclusivamente por meio de Jesus Cristo. Essa religião depende da manifestação de vontade do homem no sentido de aceitá-la, e uma vez aceita, o homem recebe o batismo como sinal exterior que identifica essa vontade.

Gosto de comparar o batismo a uma cerimônia de formatura. Em si mesma, a formatura representa um sinal exterior de que as pessoas, que estão se formando, passaram por um processo de aprendizado, aprenderam o que lhes foi ensinado e por isso estão ali, se formando. Por sua vez o batismo demonstra que a alguém foi ensinado sobre a obra redentora (o Evangelho) que Jesus Cristo realizou para religar Deus ao homem, que esse alguém aprendeu a respeito dessa obra e a aceitou.

É basicamente isso que sucedeu a certo homem culto que servia à rainha dos etíopes no princípio da Igreja. De acordo com o que está relatado no Livro de Atos, no cap. 8:26-38 (1), um etíope eunuco ia de viagem lendo uma passagem do Livro do Profeta Isaías, que falava de Jesus Cristo, mas sem entender o que lia. Mesmo sendo um homem bastante culto, o eunuco não entendia o que lia, por isso pediu explicações a Felipe. Após entender que o assunto que ele vinha lendo se referia à obra redentora realizada por Jesus Cristo, pediu para ser batizado. Felipe então lhe esclareceu que para ser batizado era necessário crer de todo o coração. Respondendo o eunuco, disse que cria que Jesus Cristo é o filho de Deus, e foi batizado.

Agora vem uma pergunta: se nem mesmo um homem culto, por seus próprios conhecimentos, entendia a respeito da obra redentora de Jesus, será que um recém-nascido poderá entender? Você, caro leitor, quando foi batizado ainda bebê de colo, entendia?

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(1) Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai em direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto. E levantou-se e foi; e eis que um etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adorar, regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes, porventura, o que estás lendo? Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim ele não abre a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus. E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água,
e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? [E disse Felipe: é lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou (Atos 8:26-38).

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