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sábado, 2 de março de 2013

OS DEZ MANDAMENTOS – O Quarto Mandamento –



"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou." (Êxodo 20:8-11).

Durante o tempo em que os hebreus eram escravos no Egito, trabalhavam todos os dias da semana, sem descanso. Agora livres, Deus lhes proporciona um dia de repouso, determinando trabalho em seis e descanso no sétimo. Assim como Ele criou tudo em seis dias, reservando o último da semana para contemplar suas obras, também deseja que seus filhos realizem suas atividades em seis dias e descansem no sétimo. ("Seis dias farás os teus negócios; mas, ao sétimo dia, descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava e o estrangeiro." – Êxodo 23:12).

Antes de entregar as Duas Tábuas a Moisés, Deus reforçou o Quarto Mandamento: "Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica."(Êxodo 31:13).

Por esse mandamento o Senhor Deus estabelece o princípio de seis dias de trabalho por um de descanso. O dia hebraico de descanso corresponde ao nosso sábado, que aquele povo deveria guardar para repouso e louvor a Deus ("Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós [filhos de Israel] ... – Êxodo 31:14).

Agora, a polêmica: o descanso no dia específico do sábado era exclusivo para o povo de Israel. Observe estes textos de Êxodo: "Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo." (31:16); "Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; ... "31:17).

Jesus Cristo, por sua vez, declarou-se senhor do sábado (Mateus 12:8), trabalhou nesse dia curando pessoas (Mateus 12:10, 13). A ressurreição de Jesus ocorreu no primeiro dia da semana, razão por que seus discípulos passaram a se reunir nesse dia (Atos 20:7 e 1 Coríntios 16:2). Paulo confortou os cristãos de que não serão julgados caso não guardem os sábados (Colossenses 2:16), até mesmo porque no Concílio de Jerusalém os apóstolos haviam recomendado aos cristãos de outras regiões algumas poucas regras, que não incluem a guarda do sábado (Atos 15:20).

Tem-se, então, que os primeiros e atuais cristãos estão isentos de guardar o sábado judaico, porém igualmente necessitam de um dia de descanso semanal. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

OS DEZ MANDAMENTOS – O Terceiro Mandamento –



"Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". Esta é a redação que a Bíblia Sagrada dá ao Terceiro Mandamento, no Livro de Êxodo 20:7.

Por esse Mandamento o nome do Senhor Deus não deve ser invocado para livrar da punição quem for pego em erros, porque o Senhor Deus também não o terá por inocente (ladrão não pode pedir pra Deus livrá-lo da polícia). De outro lado, aquele que for julgado injustamente por ofensa que não cometeu, pode invocar o nome de Deus, rogando providências em seu favor, para que a verdade apareça antes da execução, ou mesmo em favor de quem o executa. Jesus pediu ao Pai que perdoasse seus executores.

Pode-se invocar o nome do Senhor em situações de exploração humana, apenas pelas pessoas exploradas, e nunca pelos exploradores. No Egito, os Hebreus clamaram ao Senhor para serem libertados da escravidão, "E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra [...]. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito". (Êxodo 3:7-10).

Em outra situação, um evangelista foi condenado inocentemente à morte por apedrejamento, somente porque pregou a verdade contra a pseudo verdade religiosa. E nessa condição ele tomou o nome do Senhor: "E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu". (Atos 7:59-60).

Um exemplo de tomar o nome do Senhor em vão é "louvá-Lo" apenas na aparência,  pelo "cumprimento" de um dever religioso, sem aceitar no coração o que Ele tem determinado. A esse respeito Jesus repreendeu os líderes religiosos, assim: "E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.  Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens, como o lavar dos jarros e dos copos, e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição". (Marcos 7:6-9).

Ao ensinar doutrinas e tradições de homens, ainda que usando o nome de Deus, muitos líderes religiosos tomam o seu Nome em vão, enganando-se a si e a seus fieis, pelo que serão culpados. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

OS DEZ MANDAMENTOS – O Segundo Mandamento –



Na Bíblia Sagrada, em Êxodo cap. 20:4-6, o Segundo Mandamento está escrito assim: "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos".

Logo a seguir o Senhor enfatiza esse mandamento: "Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata, ou deuses de ouro, não os fareis para vós". (Êxodo 20:23). Quarenta anos depois, Moisés relembra o povo que "quando o Senhor, nosso Deus, falou com vocês do meio do fogo no monte Sinai, vocês não viram a forma de ninguém. Portanto, tenham todo o cuidado e não cometam o erro de fazer imagens para adorar. Não façam nenhuma imagem que sirva de ídolo, seja em forma de homem, ou de mulher". (Deuteronômio 4:15-16 NTLH).

Este mandamento é cristalino: não faça imagem (estátua, escultura) de nada que seja do céu ou do planeta terra. E também não preste culto às imagens já existentes que representem deuses de outros povos. Aliás, quanto a tais imagens, Deus já havia determinado que deveriam ser destruídas, queimadas (Êxodo 7:5, 25).

Todavia, o povo de Deus esqueceu desse mandamento várias vezes, ao logo de sua jornada, recebendo misérias em consequência, a exemplo de seca, segundo registra Jeremias 50:38: "Cairá a seca sobre as suas águas, e elas secarão; pois é uma terra de imagens esculpidas, e eles pelos seus ídolos fazem-se loucos." Esse mesmo profeta acrescenta: "Embruteceu-se todo homem, de modo que não tem conhecimento; todo ourives é envergonhado pelas suas imagens esculpidas; pois as suas imagens de fundição são mentira, e não há espírito em nenhuma delas". (Jeremias 51:17). Reis mandaram fazer imagens e prestaram culto a elas ("Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como havia feito Manassés, seu pai, Amom sacrificou a todas as imagens esculpidas que Manassés, seu pai, tinha feito, e as serviu". – 2 Crônicas 33:22).

A Bíblia Sagrada, de qualquer versão, proíbe a fabricação de imagens de culto, de adoração/veneração, seja do próprio Deus, sejam de pessoas, animais ou de coisas. Tal proibição estende-se sobre cada um do seu povo, desde a saída do Egito até o presente e por todo o futuro da humanidade. De outro lado, a Bíblia sentencia: "Tornados para trás e cobertos de vergonha serão os que confiam em imagens esculpidas, que dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses". (Isaías 42:17). Isso porque Deus é o Senhor; este é o nome dEle; e a sua glória Ele não dá a outros, nem o seu louvor às imagens esculpidas, conforme Isaías 42:8. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

OS DEZ MANDAMENTOS – O Primeiro Mandamento –

Engana-se, caro leitor, se você pensou em "amar a Deus sobre todas as coisas". Na  Bíblia Sagrada o Primeiro Mandamento está escrito assim: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3 ARC).

Não ter outros deuses. Este é o Primeiro Mandamento, que está diretamente ligado à apresentação de Deus ao seu povo: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êxodo 20:2 ARC).

Logo depois de o Senhor Deus pronunciar os Dez Mandamentos, Ele fez questão de reforçá-los, ou explicá-los. Em relação ao Primeiro Mandamento, Ele disse: "Então, disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que eu falei convosco desde os céus. Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós. (Êxodo 20:22-23 ARC).

Cumprindo essa Ordem, quarenta anos depois Moisés repassou todos os Juízos Divinos à geração que estava para adentrar à terra prometida, dizendo, entre tantas  coisas, o seguinte: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. [...] O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. (Deuteronômio 6:4-5; 13 ARC).

Também os advertiu: "Será, porém, que, se, de qualquer sorte, te esqueceres do Senhor, teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu protesto contra vós que certamente perecereis. (Deuteronômio 8:19 ARC). E outra vez chama o povo à atenção: "Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; (Deuteronômio 11:16 ARC).

Jesus Cristo, ao ser interrogado por um escriba sobre o primeiro mandamento, repetiu as palavras de Moisés, de Deuteronômio 6:4-5, assim: "O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento" (Marcos 12:29-30 ARC). Na oração do Pai Nosso, Ele afirma "santificado [apartado] seja o teu Nome".

Veja, caro leitor, que Jesus enfatiza que Deus é o único Senhor, para que as pessoas de seu tempo – e de todos os tempos – deixassem de adorar outros deuses, especialmente César, Júpiter, Zeus, Diana etc.., e seus correspondentes "sucessores".

Mas a humanidade não quer saber somente de Deus. Antes prefere os deuses fabricados por suas próprias mãos (o que Paulo bem tratou em sua carta dirigida aos Romanos). O Império Romano "adotou" o Deus dos cristãos sem negar os seus deuses greco-romanos, infringindo o Primeiro Mandamento, infração que transmite até nossos dias pelo seu ainda sobrevivente lado político-religioso. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

OS DEZ MANDAMENTOS – Introdução (continuação) –

Após quatrocentos anos no Egito, Moisés, sob ordens de Deus, liberta a grande nação dos Hebreus, para levá-la à terra prometida ("Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel" – Êxodo 3:8 ARC).

Três dias no deserto e o Senhor "lhes deu estatutos e uma ordenação e ali os provou" (Êxodo 15:25 ARC). Três meses depois, no Monte Sinai, o Senhor propôs a eles o seguinte: "agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha" (Êxodo 19:5 ARC). E três dias depois disso, Ele lhes proclama, em viva voz saída do fogo, Os Dez Mandamentos.

Para que não pairassem dúvidas sobre quem falava, primeiramente o Senhor Deus apresenta-se ao povo: "Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êxodo 20:1, 2 ARC). Essa apresentação foi necessária porque até então Deus só havia conversado com Moisés.

As gerações dos Hebreus que se formaram no Egito sabiam de Deus, porém apenas de ouvir falar. E poderiam até questionar o motivo pelo qual Deus os havia entregado à escravidão. Quem sabe eles pensavam na injusta vida que levavam no Egito, consequência ou da inveja de onze irmãos contra um, ou de uma política econômica muito rígida, adotada por certo faraó temerário.

Seja como for, a verdade é que no Egito o povo Hebreu aprendia que pertencia ao único Deus, e que sobre si pairava a profecia de que seria escravo por quatrocentos anos (Gênesis 15:13). Durante todo esse tempo de escravidão ele assimilou muito da cultura egípcia, incluindo aí a adoração a outros deuses. Todavia, mantinha a esperança que o Deus de Abrão, Isaque e Jacó cumpriria a profecia, na íntegra, livrando-o daquela servidão.

Assim, depois de serem libertados da escravidão egípcia, os hebreus tiveram o privilégio de ouvirem a voz do Eterno Deus de seus antepassados. Mas perceba um pequeno detalhe, caro leitor: observe que Deus se apresentou a eles, mas eles não viram ninguém; não viram a aparência de Deus. Por quê? Para que não esculpissem uma estátua de Deus ("Moisés continuou: — Quando o  Senhor, nosso Deus, falou com vocês do meio do fogo no monte Sinai, vocês não viram a forma de ninguém. Portanto, tenham todo o cuidado e não cometam o erro de fazer imagens para adorar. Não façam nenhuma imagem que sirva de ídolo, seja em forma de homem, ou de mulher, ou de animal, ou de ave, ou de animal que se arrasta pelo chão, ou de peixe" – Deuteronômio 4:15-18 NTLH). Tão-somente o povo ouviu a voz de Deus.

No próximo texto, querendo Deus, veremos o Primeiro Mandamento. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

OS DEZ MANDAMENTOS – Introdução –

"Então, escreveu o Senhor nas tábuas, conforme a primeira escritura, os dez mandamentos, que o Senhor vos falara no dia da congregação, no monte, do meio do fogo; e o Senhor mas deu a mim". (Deuteronômio 10:4 ARC).

Com a graça de Deus e para sua honra, damos início a uma série de textos abordando "Os Dez Mandamentos". E o ponto de partida é o contexto em que foram escritos. Na sequência, texto a texto, trataremos, de forma clara e objetiva, cada um deles e sua aplicação em nossas vidas hoje e sempre.

Após quatrocentos anos de vida no Egito, os descendentes de Jacó haviam formado  a enorme nação dos Hebreus, que vivia escrava naquele país. Moisés é chamado por Deus a libertá-la da escravidão. Atravessaram o mar Vermelho a pés enxutos e chegaram ao deserto do Sinai. Ali, primeiramente Deus transmitiu oralmente suas Ordens, Estatutos e Juízos; depois, chamou Moisés ao cume do monte para entregar Os Dez Mandamentos por escrito, dando aos Hebreus uma legislação própria e diferente das leis egípcias, especialmente as de ordem espiritual.

O Egito era politeísta. Lá, os Hebreus também estavam obrigados a cultuar os deuses egípcios. É por esse motivo que Deus se apresenta a eles, no Monte Sinai, como o único Deus de toda a terra, expressando isso já no Primeiro Mandamento.

O Senhor Deus sempre procurou se manifestar aos homens como o único Deus criador dos Céus, da terra e de tudo o que há. Mas desde tempos mui remotos a humanidade preferiu acreditar nos deuses de sua própria criação: da chuva, da colheita, da saúde, da fertilidade, do trabalho etc, representando tais deuses em figuras de madeira, prata, ouro, barro e o mais, e a quem apresentavam oferendas e sacrifícios, incluindo de pessoas. Para cada situação havia pelo menos um deus específico (daí o termo politeísmo).

Para livrar a humanidade do politeísmo, o Deus Único chamou Abrão para sair da sua parentela politeísta e ir a uma terra que lhe daria em possessão à sua descendência, a partir de quem formaria uma nação monoteísta. Deus se revelou a Abrão como o único Deus (daí, o monoteísmo). Abrão, por sua vez, ensinou isso a seus filhos, dentre esses Isaque. Este também ensinou a Esaú e Jacó, seus filhos, a fé no Único Deus. E Jacó repassou o mesmo ensinamento a todos os seus filhos, que formaram, mais tarde, as doze tribos de Israel, o povo Hebreu.

Sob a direção do patriarca Jacó, uma pequena tribo de setenta pessoas, aproximadamente, desceu para o Egito em busca de alimentos, onde seu filho caçula havia se tornado o segundo homem mais poderoso, abaixo somente do próprio faraó. Quatrocentos anos depois, Deus liberta a grande nação dos Hebreus para levá-la de volta à terra prometida a Abrão, e para ser reconhecido, a partir desse povo, como o único Deus.

Continuaremos na próxima sexta, querendo Deus. Honras e glória a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

NÃO HÁ FELIZ ANO ANO EM VELHA CRIATURA


Li, por esses dias, que não há Ano Novo Feliz se as pessoas permanecem as mesmas. Podem até se desejarem "tudo de bom" para o Ano Novo, com muita alegria, paz, harmonia, felicidade, amor etc., mas nada disso poderá acontecer se elas não mudarem de atitude, de comportamento. Na verdade, se elas não nascerem de novo continuarão produzindo velhos anos novos.

As pessoas podem pular sete ondas, comer sete grãos de romã, oferecer sacrifícios à deusa do mar, comer carne de porco, tomar sopa de lentilhas, usar roupas brancas e o mais, que nada disso será capaz de lhes dar a prosperidade que almejam. As verdadeiras virtudes de paz, alegria, felicidade, harmonia, amor só existem no Reino de Deus, e são dispensadas a cidadãos desse Reino. Não há fórmulas mágicas ou "jeitinho brasileiro" que mude essa realidade, a não ser tornando-se cidadão daquele Reino, através da "naturalização" processada pelo Novo Nascimento chancelado por Jesus Cristo.

Jesus Cristo foi bastante claro sobre a "naturalização" de cidadãos no Reino de Deus, na resposta que deu ao intelectual Nicodemos, membro da mais alta corte jurídica de Israel de seu tempo. Preste atenção:

"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo" (Jo 3:3-7). Nascer de novo implica, antes de mais nada, morrer com Cristo ("Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram – 2 Co 5:14).

Então, eu desejo que você, leitor, morra. Não se trata, porém, de morte física, mas de morte espiritual, pela fé, deste modo: pouco tempo antes de ser crucificado, Jesus Cristo disse: "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Isto dizia, significando de que modo havia de morrer" (Jo 12:32-33). Ele te chama a morrer na Cruz do Calvário. E uma vez morto, você é sepultado para ressuscitar em novidade de vida ("tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos – Colossenses 2:12). Depois de ressuscitar, você se torna cidadão do Reino de Deus, conforme Efésios 2:6.

Após entrar no Reino deu Deus, você é despojado do "velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano" (Efésios 4:22), de modo que, estando em Cristo, "nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5:17). Assim é que te desejo, caro leitor, feliz Vida Nova. Honras e glórias a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E O MUNDO NÃO VAI ACABAR!


Você, caro leitor, será a prova viva de que o mundo não acabará na sexta-feira, 21-12-2012. Verá que as profecias Maias falharam, como tantas outras que prediziam o fim do mundo. Abaixo, seguem algumas profecias frustradas.

Teóricos do apocalipse disseram que o Juízo Final ocorreria 1000 após o nascimento de Cristo. Explicaram, depois, que a data certa era 1000 anos depois da morte de Cristo, em 1033; Astrólogos preveriam que o fim do mundo começaria em 1524, depois corrigiram para 1624; Melchior Hoffmann, profeta anabatista, previu que um milênio e meio depois da morte de Cristo, em 1533, o mundo seria consumido em chamas; O astrólogo francês Pierre Turrel achou quatro datas para o fim do mundo: 1537, 1544, 1801 e 1814; O judeu Sabbatai Zevi "descobriu" que ele mesmo era o Messias e viria em 1648 e mudou a data para 1666; O teólogo inglês William Whiston previu que o fim seria em Londres em 13 de outubro de 1736; O adventista William Miller anunciou que o mundo ia acabar em 3 de abril ou 7 julho de 1843, refez seus cálculos para 21 de março e 22 de outubro de 1844; Egiptólogos previram o fim para 1881, depois corrigiram para 1936 e 1953; Testemunhas de Jeová anunciaram o fim para 1914, refizeram nova previsão para 1975; Um presságio astrológico árabe dizia que o mundo acabaria com Saturno e Júpiter em conjunção com o signo de Libra em 1980; No livro O Efeito Júpiter, astrônomos previam um cataclismo para 10 de março de 1982; Diversas profecias anunciavam o fim do mundo para 11 de agosto de 1999, mas os cálculos de Nostradamus estavam errados; Evangélicos norte-americanos divulgaram que Cristo voltaria à Terra em 21 de maio de 2012; Religiosos de várias épocas registraram que o Juízo Final ocorrerá em 2033, quando a ressurreição de Cristo completará 2000 anos. (Adaptado de http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-profecias-do-fim-do-mundo-0, às 16h30 de 15-12-2012).

A Bíblia menciona: "Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá... Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele." (Dt 18:20 e 22).

De outro lado a Bíblia também diz que: "Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo." (At 3:22-23). Esse profeta é Jesus Cristo! 

E Jesus Cristo disse a respeito do fim do mundo que "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai." (Mt 24:36). E Pedro conclui: "Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão." (2 Pe 3:10). Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS?


Será mesmo verdade que a voz do povo é a voz de Deus? Será mesmo que Deus está presente num templo onde muitas pessoas se reúnem em oração? Será mesmo que essas pessoas estão certas só porque estão reunidas no mesmo templo? E será que Deus recebe, de fato, o louvor dessas pessoas?

Deus tem um sentimento abominável contra reuniões solenes de pessoas que querem prestar-Lhe adoração misturada com práticas pagãs (e não tenho dúvidas que Ele tem o mesmo sentimento em nossos dias). Por quê? Vejamos o que Isaías escreveu, no capítulo 1 de seu livro:

"4 Ah, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! DEIXARAM O SENHOR, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás. 12 Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios? 13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. [...] não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamento solene!"

Naquele tempo o povo de Deus estava contaminado pelas práticas religiosas de outros povos, adorando seus deuses e imagens que reis mandaram construir (2 Cr 28:2-3; 33:2-3). Eles haviam misturado sua religião pura com outros rituais proibidos por Deus. O Senhor Deus sempre exigiu exclusividade: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não a darei, nem o meu louvor às imagens esculpidas" (Is 42:8). Essa é a razão por que, na oração do Pai Nosso, Jesus Cristo disse, em Mt 6:9: "Pai nosso que estais no céu, SANTIFICADO seja o teu nome" (santificar significa separar).

Deus nunca, em momento algum da história, mandou fazer imagens. Nem dEle mesmo Ele permitiu que se fizesse imagem. Por quê? Para que o povo não se perdesse, não se corrompesse em adoração a objetos. Conforme Deuteronômio 4, Deus apareceu ao povo em forma de fogo no Monte Horebe para entregar os Dez Mandamentos. Ele não apareceu em outra forma para o povo não se corromper "fazendo para vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher" (versículo 15).

E Moisés enfatizou: "e não façais para vós nenhuma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o Senhor vosso Deus vos proibiu." (versículo 23). Previu que o povo iria se corromper, e a consequência disso: "quando... vos corromperdes, fazendo alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa, e praticando o que é mau aos olhos do Senhor vosso Deus, para o provocar a ira," (versículo 25), "bem cedo perecereis da terra", "sereis de todo destruídos" (versículo 26); serão conduzidos por outros povos (versículo 27); "servireis a deuses que são obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não vêem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram." (versículo 28).

Que forma tem o teu Deus, caro leitor? Lembre-se: a voz de Deus é para ser a voz do povo, e não o contrário. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.
Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 8 de dezembro de 2012

A BÍBLIA SAGRADA

No texto anterior afirmamos que as "verdades" defendidas por sacerdotes foram compiladas em grandes volumes de pensamentos religiosos, os quais passaram a ser os principais objetos de consulta sobre a Verdade, em detrimento dos 66 textos ditados por Deus e que mais tarde formariam a Bíblia Sagrada: 39 livros do Velho Testamento, do original hebraico, pela versão autorizada, mais 27 do Novo Testamento.

Há um grande debate teológico sobre a quantidade de livros sagrados que compõem a Bíblia: o sistema católico defende que é 73, e acusa os protestantes de suprimirem 7 livros e mais alguns pedaços de outros livros; já os protestantes afirmam que a Bíblia contém 66 livros inspirados, e defendem que o catolicismo é que fez acréscimos à Palavra de Deus.

Apesar de aparentemente complexa, a questão é resolvida de modo muito simples, tendo-se em mente o seguinte: segundo a cultura hebraica, os Hebreus são o povo escolhido pelo único Deus existente, e é para eles que Deus ditou a sua Palavra Santa, por meio de profetas com a incumbência de ensina-La aos adultos, e estes a seus filhos. Temos então que o Velho Testamento foi escrito, em forma de juízos, leis e mandamentos, originalmente para o povo hebreu.

Foram os hebreus que organizaram o Velho Testamento, no decorrer de sua própria história. E com quantos livros eles o organizaram? Em "vinte e quatro livros que, por divisão diferente, aparecem na Versão Autorizada como trinta e nove". (http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2010/06/o-canon-hebraico-velho-testamento.html, em 01-12-2012, as 18h58). Esses são exatamente os mesmos livros da Bíblia Protestante.

E como é que você, leitor, pode ter certeza disso? Muito simples, pegue uma Bíblia Católica e abra, por exemplo, no Salmo 113, e perceba que antes do versículo 9 tem este título: "SALMO 115 DO TEXTO HEBRAICO" (Ave Maria, 109 edição, página 750). Isso significa que a partir do versículo 9 o texto corresponde ao que está escrito no Salmo 115 da versão hebraica (e protestante). Aqui percebe-se que há uma diferença de dois salmos entre o texto hebraico e o da Bíblia Católica. Pergunta-se: por que essa diferença? A resposta? Pergunte-a ao seu sacerdote, pesquise-a na História, e tire sua própria conclusão.

De minha parte, tenho que se o Velho Testamento foi ditado por Deus para os Hebreus (judeus); se os Hebreus firmaram sua cultura religiosa nos 24 rolos já existentes no período de Esdras (445 a.C.); se Jesus Cristo, sendo hebreu, cumpriu toda a Lei dos Hebreus, que já estava escrita nesses 24 rolos (39 livros do Velho Testamento) e mencionou apenas escritos desses rolos em seus discursos, então pergunto: será que os protestantes realmente retiraram livros da Bíblia, ou será que o catolicismo é que acrescentou livros a Ela?

Como mencionado acima, há acirrados debates teológicos a esse respeito. Prefiro, todavia, ficar com a versão hebraica do Velho Testamento, por serem os hebreus seus destinatários originais. Os acréscimos posteriores não me dizem respeito, se quero seguir as mensagens originais ditadas por Deus ao seu povo. Fábulas e questões político-religiosas deixo de lado. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.


Antônio Marcos Penna Borges, cristão