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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O EVANGELHO - conclusão


O Evangelho de Jesus Cristo pode ser resumido deste modo: a Bíblia afirma que todas as pessoas pecaram (eu, você, S. Pedro, S. José, S. João, St. Maria) e, por isso, carecem da glória de Deus. Consequentemente todas precisam da glória de Deus, que não convive com o pecado, porque este, por sua vez, separa o ser humano de Deus. 

A Bíblia também afirma que a alma [pessoa] que pecar deve morrer.  Vimos que o pecado causa as "mortes" espiritual e física do homem, representando a separação eterna de Deus (e viver separado de Deus é o mesmo que viver grudado com o diabo e fazer as suas vontades). Então coube a Deus, que tudo sabe, e não ao homem, que pensa que sabe tudo, criar a perfeita religação com suas criaturas, mas essas insistem em rejeitá-la ou em misturá-la às suas próprias religiões. A religião que Deus criou chama-se Jesus Cristo, e foi concretizada uma única vez na Cruz do Calvário, maior imã da terra. 

Na Cruz do Calvário Jesus Cristo morreu a tua morte, caro leitor, pra pagar os teus pecados. O Cordeiro Santo que foi morto pelos pecados do homem. É assim que te ensinaram. Só que isso é somente a metade da lição (os sacerdotes, por  conveniência ou ignorância, não ensinam a outra metade dela, que trata justamente da tua morte com Cristo). 

A lição de Jesus, registrada em Jo 12:32-33, pode ser entendia assim: "E eu, quando for levantado da terra [erguido na cruz], atrairei todos a mim mesmo, e dizia isso pra mostrar o tipo de morte que havia de padecer". Quando foi crucificado, Jesus te atraiu pra você morrer com Ele na cruz, porém depende somente de você querer ser filho de Deus, morrendo com Ele na Cruz, ou permanecer "vivo" como filho do diabo. Jesus não te obriga a nada. Tudo está no uso do teu livre-arbítrio. Foi precisamente para isso que Ele disse para cada um pegar sua cruz e o seguir: pra ser crucificado com Ele. Segui-Lo para onde? Para morrer com Ele na Cruz do Calvário (leia o contexto de Marcos 8:27-35 e perceba que Jesus trata de sua morte e manda que cada um pegue a sua cruz pra morrer com Ele).

A Biblia esclarece que Um [Jesus] morreu por todos para que todos morram com Ele, confirmando que só quem está em Cristo é com Ele crucificado, morto e sepultado, com Ele é ressuscitado no terceiro dia para ser colocado em lugar de descanso [o sábado] no Reino de Deus. Quem por isso já passou, morreu na sua velha natureza pecadora e nasceu de novo, é nova criatura. A Bíblia revela também que quem está em Cristo é nova criatura: deixa de ser filho do diabo para ser filho de Deus. Você, já nasceu de novo? Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(www.alvorocandoomundo.blogspot.com.br)

QUE É A VERDADE?

Esta foi a pergunta que Pilatos fez a Jesus, quando o julgava (Jo 18:38). A verdade sobre a vida foi estabelecida por Deus, e Ele nos deixou escrita em sua Palavra.

O sábio Salomão (reconhecidamente o homem mais sábio de toda a terra em todos os tempos) deixou-nos o seguinte legado: "O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós." (Eclesiastes 1:9-10).

Como não há nada de novo, temos então que a Verdade sempre existiu do mesmo modo como foi originalmente concebida pelo Criador. O problema é que ao surgirem dúvidas sobre ela, sacerdotes "jurisconsultos" tiravam suas próprias conclusões e as repassavam - muitas vezes impondo suas autoridades - às massas como "verdades". Tais "verdades" foram então compiladas em grandes volumes de pensamentos religiosos e passaram a ser os principais objetos de consulta sobre a Verdade, em detrimento dos 66 textos ditados por Deus (e que mais tarde formariam a Bíblia Sagrada: 39 livros do Velho Testamento, do original hebraico, mais 27 do Novo Testamento).

E assim foi como as pessoas passaram a ver a Verdade: através de olhos dos sacerdotes, sem questionamentos, pois, afinal, eram pessoas dignas de total confiança. Essa foi a razão pela qual Jesus, na oração sacerdotal (em favor dos seus discípulos) orou ao Pai Eterno: "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." (Jo 17:17). Traduzindo: separa, aparta meus discípulos das "verdades" sacerdotais, para que sejam conduzidos pela tua Palavra, que é a Verdade. Nesse mesmo sentido, Jesus também orou por todos nós: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;" (Jo 17:20).

E aos judeus [e também a todos que O desejarem] que, deixando de crer nas "verdades religiosas", passaram a crer nEle, Jesus alerta: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (Jo 8:31-32). 

Conclui-se, portanto, que a Verdade é revelada exclusivamente aos discípulos de Jesus. Quem não segue a Jesus Cristo, O Nazareno, fica com as "verdades" e suas infinitas variantes no tempo e no espaço, traduzidas pelas mais diversas religiões e filosofias. Agora, um alerta: cuidado com o que está sendo ensinado a respeito de Jesus e sua Palavra, pois desde o princípio da Igreja têm surgido falsos pastores ensinando heresias, utilizando-se do nome de Jesus. 

O quê, leitor, te dá certeza de que a tua religião ensina a Verdade, ou apenas mais uma das "verdades" que ela engendrou pra te manter preso à mentira? Lembre-se do que disse Jesus: "Eu sou o caminho, a Verdade e a vida; ninguém vem ao pai, senão por mim" (Jo 14:6). Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

domingo, 28 de outubro de 2012

O EVANGELHO - parte 02

Jesus Cristo mandou pregar "o" Evangelho, porque todos pecaram e por isso perderam a glória de Deus (Rm 3:23). O Salmo 51:5 afirma que o ser humano nasce em pecado: "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me 
concebeu minha mãe". Como todo ser humano é formado do mesmo modo (união de esperma com óvulo), logo, todos nascem pecadores, inclusive Maria (a mãe natural de Jesus), tanto que ela mesma reconhece a necessidade de ser salva ("meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador," - Lc 1:47). A exceção é Jesus Cristo, que foi concebido no poder do Espírito Santo, portanto sem esperma de homem.


Confirmando o Salmo 51:5, Paulo escreve aos Romanos, no capítulo 5:12,17, assim: "Portanto, como por um homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram [a humanidade toda], (...). Porque, se pela ofensa de um só [Adão], a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo." (os termos entre colchetes são destaques meus).

O pecado entrou no ser humano através do primeiro homem, Adão, e não foi porque ele teria comido maçã; também não foi o sexo, pois como seria pecado fazer algo que Deus havia permitido? "Crescei e multiplicai-vos" foi a ordem que o Senhor deu para o homem, antes do pecado; todavia o homem só a cumpriu depois de pecar, multiplicando a raça humana contaminada pelo pecado. Eis a explicação do porquê de todos pecarem.

O pecado trouxe consigo morte ao ser humano. No campo teológico, "morte" significa separação, em dois níveis: no natural, é a separação da alma do corpo, o fim da vida na terra; no espiritual, é a separação do homem de Deus, o fim da vida no paraíso. O homem foi feito por Deus para viver pra sempre, como imagem e semelhança de seu Criador e unido a Ele. Porém ao pecar, o homem perdeu suas características originais, e separou-se de Deus.

Antes de pecar, o homem vivia em paz no lugar preparado por Deus chamado Jardim do Éden, sobretudo porque Deus estava com ele, e isso lhe dava tranquilidade, segurança, sabendo que existiria pra sempre. Mas ao pecar, o homem conheceu as "mortes" espiritual e física: foi expulso do Jardim do Éden (morte espiritual) e condenado à morte física após viver por certo tempo de vida sobre a terra.

E a pergunta que não quer calar: qual foi o pecado original, que o homem tem passado de pai pra filho até aos nossos dias? A resposta? A desobediência à única proibição de Deus, motivada pela ganância do homem. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

O EVANGELHO - parte 03

O Senhor Deus preparou um lugar especial para o homem, o Jardim do Éden, e lá o colocou para viver sob duas regras, pelas quais estabeleceu o livre-arbítrio: uma permissiva; outra proibitiva. Pela primeira o homem es
tava livre para comer de todos os frutos, especialmente o produzido pela árvore da vida (para que vivesse pra sempre). A segunda regra proibia o homem de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, sob pena de morte ("Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." - Gn 2:17).


Conhecendo essas regras, o homem preferiu ouvir a mentira que o diabo lhe contou e, desobedecendo a Deus, comeu do fruto proibido. Assim nasceu o pecado, e "pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores" (Rm 5:19). Uma vez que o pecado separa Deus do homem (Is 59:2), esse foi expulso do Jardim do Éden (Gn 3:23).

Pecado é toda desobediência às ordens de Deus, e onde houver desobediência Deus não está presente. O desobediente vive separado de Deus. E quem vive sem Deus, vive com o diabo. Não há meio-termo: ou se está com Deus, ou se está com o diabo.

Separado de Deus por causa do pecado, o homem busca diversas maneiras religiosas de se juntar ao Criador; todas, porém em vão, pois o Senhor já estabeleceu o único modo de religar-se a sua criatura. "Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos." (Romanos 5:17, 19). Essa passagem menciona que Adão (o primeiro homem) introduz o pecado na raça humana, e também enfatiza que Jesus Cristo retira o pecado de muitos homens (não de todos).

A morte e ressurreição de Jesus Cristo trouxe a "graça" sobre todos de serem justificados diante de Deus. Por "graça" entende-se a oportunidade, o privilégio a todos de se achegarem ao Senhor, "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3:16). Agora, o exercício desse privilégio é individual, e depende da vontade de cada um. Deus não obriga ninguém a aceitar sua salvação redentora, afinal Ele respeita o livre-arbítrio humano.

Para manifestar sua vontade o homem precisar estar ciente de ser pecador, pedir perdão dos seus pecados, e aceitar que Jesus Cristo o justifique diante de Deus. Agora, leitor, você está ciente, e depende só de você aceitar a graça (que é gratuita, não custa nada, nem dinheiro, nem promessas, sacrifícios, penitências), arrependendo-se de seus pecados. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O EVANGELHO - parte 01


Pouco antes de ser recebido no céu e assentar-se à direita de Deus, Jesus Cristo comissionou seus discípulos com a seguinte ordem: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16:15-16). A ordem era para se pregar "o" evangelho; não era "um" dos evangelhos, nem "os" evangelhos.

De acordo com Jesus Cristo há somente "o" evangelho a ser pregado a toda criatura. A toda criatura? Os animais são criaturas de Deus; a esses também deveria ser pregado o evangelho? Óbvio que não, pois não se trata desse tipo de criatura. No contexto do evangelho, criatura são todos os seres humanos. Cai aqui por terra a afirmação de que "todos" são filhos de Deus. Na verdade todos são criaturas de Deus, e para os tais "o" evangelho; e quem crer será salvo! A confirmação disso está em João 1:12: "Mas, a todos quantos o receberam [Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome [de Jesus]."

Quem recebe Jesus e crê no seu Nome recebe o poder de ser feito filho de Deus. Significa, então, que antes era criatura, e não filho. A condição necessária para se tornar filho de Deus é crer em Jesus Cristo e na sua obra salvadora, realizada na Cruz do Calvário, onde a velha criatura foi com Ele crucificada; depois, sepultada com Ele, para ressuscitar com Ele três dias depois, a fim de descansar nos lugares celestiais, preparados para os filhos de Deus. Isto é "o" evangelho: morrer com Cristo e com Ele ressuscitar uma nova criatura [na mesma carne, e não em outra encarnação], na qualidade de filho de Deus ("Assim que, se alguém está em Cristo, NOVA CRIATURA É; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." - 2Co 5:17).

O apóstolo Paulo confirma que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10:13), mas ao mesmo tempo ele também questiona "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?" (Rm 10:14). Muitos têm saído mundo afora, em vários tempos e lugares, afirmando-se pregadores de "um" evangelho (como se fosse "o" Evangelho), enganados e para enganar as pessoas, fazendo-as prisioneiras de suas vãs filosofias, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (Cl 2:8), e por conta disso surgiram diversas variantes do genuíno Evangelho, resultando em vários evangelhos falsos, e outro Jesus ("Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis." - 2Co 11:4).

Você, leitor, já se perguntou porque está sofrendo? Já se deu conta que deve ser porque tenha abraçado outro evangelho e outro jesus? Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

sábado, 29 de setembro de 2012

DEUS É FIEL


No texto anterior questionou-se qual dentre os evangelhos anunciados corresponde ao genuíno Evangelho pregado por Jesus Cristo e divulgado pelos apóstolos. Seria, por exemplo, o católico? O espírita? O evangélico? O dos mórmons? O adventista? O das testemunhas de Jeová?

Você, leitor, com certeza já leu em carros a frase "Deus é fiel". Provavelmente essa expressão seja a mais importante já pronunciada em todos os tempos, e que encontra-se registrada na Bíblia Sagrada, v.g., 2Co 1:18 e 2Ts 3:3. A Bíblia também anota que Deus é amor, é misericordioso, é justo, é compassivo, é paciente, mas sobretudo que Ele é fiel!

"Ele é fiel" significa que Deus não muda uma vírgula de sua Palavra para beneficiar nem prejudicar alguém. Ele estabeleceu um padrão pelo qual as pessoas deveriam viver ligadas a Si. Porém, fazendo mal uso do livre-arbítrio, e dando ouvidos à voz de satanás, o ser humano prefere viver separado de Deus. Mas mesmo nessa condição, muitos reconhecem que seria melhor voltar-se pra Deus. E é aqui que mora o perigo.

Ao querer se voltar para Deus, o homem, inteligente que é, desenvolve um  método próprio de querer se religar ao Senhor (daí o termo "religião": voltar a se ligar a Deus), e esquece-se que Deus já desenvolveu o único método de se religar ao homem; porque Ele é fiel, deixou seu método escrito na Bíblia Sagrada. Todavia o homem pensa que seu método é melhor que o de Deus, e assim pretende forçar a religação por seus próprios méritos.

Como o primeiro método humano falhou, o homem criou o segundo, que também falhou; criou o próximo e mais um e mais outro, e nada; chegou até mesmo a misturar seu método com o de Deus, achando que assim teria o direito de se religar Àquele, e nada outra vez: o vazio permanece. Cada um desses métodos humanos corresponde a um "novo evangelho", e vem daqui a pergunta inicial: qual dos "evangelhos" está conforme o genuíno Evangelho?

O verdadeiro Evangelho é a palavra da verdade, da salvação ofertada exclusivamente por Jesus Cristo para os que nEle esperam (Ef 1:12-13). Foi Ele que afirmou ser o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vai - se religa - ao Pai se não for por meio dEle (Jo 14:6).

O apóstolo Paulo disse, em 1 Co 9:16, "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; E AI DE MIM, SE NÃO ANUNCIAR O EVANGELHO!" Se havia um risco para Paulo se não pregasse O Evangelho, que pensar dos sistemas religiosos que contaminam o Evangelho com suas doutrinas humanas, métodos falhos que engodam seus seguidores. E você, leitor, o que te dá a certeza de estar seguindo O Evangelho? Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.


(Publicado na edição 340, ano 07, período 28-09 a 02-10-2012, pág. 04, do Jornal Folha do Xagu).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

EVANGELHOS ANUNCIADOS

No final de sua Primeira Carta de exortação à Igreja de Corinto, o Apóstolo Paulo admoesta aos irmãos quanto ao legítimo evangelho que ele lhes havia pregado há mais ou menos oito anos depois da ressurreição de Jesus, mencionando assim: "Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão" (1 Co 15:1-2, sem o sublinhado).

Paulo está chamando à atenção judeus e gregos que receberam o Evangelho, mas que depois de quatorze anos haviam esquecido (ao que parece) a razão de ser Igreja: a ressurreição dos mortos. Ele adverte-os que deveriam reter o Evangelho tal e qual lhes fora anunciado, sem retirar nem acrescentar nada, a não ser que tivessem crido em vão.

Isso porque "crer em vão" leva as pessoas a duvidarem da simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo, a ponto de lhe fazer acréscimos desnecessários (como guardar ritos cerimoniais, vestes, dias, comida, penitências, obras e o mais) ou, ao contrário, esquecer pontos essenciais, tais como: a) que Jesus Cristo morreu pelos pecados dos humanos, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia; b) que essa ressurreição pertence aos cristãos para salvação; c) quando recebe Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, isto é, sem a necessidade de outros sacrifícios complementares ou de outros mediadores, a pessoa passa pelo novo nascimento, recebendo vida nova, a vida eterna.

Segundo as Escrituras, Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai até Deus se não for através dEle (Jo 14:6). Então é Jesus Cristo, e ninguém mais, que conduz as pessoas diretamente a Deus, sem outros intermediários.

Agora, é possível que doutrinas humanas, ainda que mencionando as Escrituras, preguem um evangelho diferente do primitivo anunciado pelos apóstolos de Jesus Cristo. Se em menos de quatorze anos a Igreja de Corinto precisou ser relembrada do genuíno Evangelho Salvador, que dizer nestes nossos dias, em que muitas denominações evocam para si a proclamação do verdadeiro evangelho? Assim e em vista de suas divergências, qual destes evangelhos estaria conforme as Escrituras, por exemplo: o católico? O espírita? O evangélico? O dos mórmons? O adventista? O das testemunhas de Jeová?

Seja qual for, o próprio Paulo fecha a questão: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gl 1:8, sem o destaque). Então, em nome de Jesus Cristo, sejam malditos os outros evangelhos, com implosão de seus sistemas religiosos, porém exaltado o legítimo Evangelho e digno quem o anuncia. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.
(pennaborges@yahoo.com.br)

(Publicado na edição 338 do Jornal Folha do Xagu, data de 21 a 25 de setembro de 2012, página 05)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

JULGANDO O SEMELHANTE

A grosso modo os sistemas religiosos ensinam que é Deus o julgador do ser humano e, por isso, não cabe ao homem julgar seu semelhante.

Ao encerrar sua epístola para os santos (pessoas VIVAS) moradores em Roma, o Apóstolo Paulo suplica a que eles notem bem "aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos" (Romanos 16:17-18).

Em outra oportunidade, analisando a situação de um filho que havia mantido relação sexual com a esposa de seu pai, o mesmo Paulo "sentenciou" que o tal fosse, em nome do Senhor Jesus, entregue a satanás para destruição da carne, posto que a Igreja de Corinto, arrotando soberba, ainda não havia retirado do seu meio o autor de tamanho ultraje, e concluiu sua sentença: "Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (1Co 5).

Essas duas passagens bíblicas revelam atos praticados por membros da Igreja contrários à Sã Doutrina. Nos dois casos a regra para a Igreja foi a mesma: afastar-se de tais pessoas. Entretanto, para que isso ocorresse, necessário era um julgamento anterior, pois como se vai saber se alguém está em desacordo com a Sã Doutrina se não houver uma análise, caso a caso, antes? E isto é julgamento, tanto que o Apóstolo Paulo profere uma sentença, que é a conclusão de um julgamento.

No Livro do Apocalipse, Jesus Cristo diz ao mensageiro da Igreja local de Éfeso: "Conheço as tuas obras, tanto tem labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos" (Ap. 2:2).

Ora, para perceber os falsos apóstolos e achá-los mentirosos, foi necessário ao presbítero de Éfeso por à prova (portanto, julgar) aqueles que se afirmavam apóstolos mas não eram.

O julgamento final, dando o destino de cada um dos homens, pertence exclusivamente a Deus. Porém, vê-se que é permitido julgar comportamentos de pessoas que se dizem cristãs, de acordo com parâmetros da Palavra, para se concluir se, de fato, são mesmo cristãs, ou não passam de pessoas falsas que servem a seus próprios ventres e enganam o coração das ingênuas. A qual dos grupos você, leitor, pertence? Ao dos que enganam? Ao dos enganados? Ou dos que julgam conforme a Palavra? Está totalmente certo de sua resposta? Honras e glórias sejam a Jesus, e críticas a mim.


(publicado no Jornal Folha do Xagu, pág. 5, edição 336 - ano 07 - 14 a 18 de setembro de 2012)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

É FELIZ QUEM MEDITA NA PALAVRA DO SENHOR

No texto anterior mencionamos que a Bíblia Sagrada ensina que é maldito todo homem que confia no homem (Jr 17:5), e que feliz é aquele que medita na Lei do Senhor (Sl 1:1-2). Mas o que significa "meditar"?

Quando se fala em "meditar" logo vem à memória a figura de uma pessoa sentada em posição indiana por longo período, em silêncio absoluto para esvaziar a mente. Não é esse o tipo de "meditação" que Bíblia apoia. Meditar é "medir de novo". É pegar uma régua e medir um objeto em dadas circunstâncias, e tornar a medi-lo quando as circunstâncias mudam e saber se conserva ou não a mesma medida. Meditar é, por assim dizer, um "trabalho científico".

Biblicamente falando, feliz é o homem que tem o seu prazer na lei do SENHOR, e nela medita de dia e de noite (Sl 1:2), recebendo a Palavra e examinando cada dia nas Escrituras se as coisas são assim (At 17:11). Examinar as Escrituras, meditar sobre cada palavra escrita, a fim de apreender o verdadeiro sentido delas, e seguir para a direção que elas indicam, é o que nos toca fazer dia a dia.

O nosso grande equívoco é nos deixar ser levados pelo que os líderes religiosos nos dizem a respeito das Escrituras, sem nos darmos ao mínimo trabalho de examinar um único versículo sequer (dentro de seu contexto, é claro, pois "texto fora de contexto é pretexto para heresias", tais quais as que temos visto em nossos dias, sendo umas bem antigas e outras já mais modernas). Os líderes falam e nós simplesmente vamos atrás, como ovelhas indo para o matadouro. "Convictos" de que estamos caminhando para o céu, corremos sério risco de estarmos indo direto para o inferno.

"Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos e testemunhávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos; Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória. Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes." (1 Ts 2:11-13). Observamos, aqui, que o papel do líder religioso é o de pregar a Palavra de Deus, em detrimento de dogmas religiosos oriundos de outras religiões pagãs adaptados ao cristianismo, falsificando-o. O líder religioso deve se ocupar em pregar a Palavra de Deus, estimulando seus liderados a examiná-la, sem perder tempo com rituais exteriores que nada acrescentam ao amadurecimento da alma. Por sua vez, os liderados devem examinar as Escrituras para serem felizes, senão sujeitam-se a serem chamados de malditos ("Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;" - Mt 25:41).

Cabe a você, leitor, decidir ser maldito ou feliz. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim.

Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(pennaborges@yahoo.com.br)

A FÉ CEGA, CEGA

No texto anterior mencionamos o fato de judeus e gregos convertidos ao cristianismo revelar que suas antigas religiões, embora tradicionais e fortes, não manifestavam a legítima fé em Deus, vez que suas práticas se resumiam a rituais exteriores, sem questionamentos quanto a estarem certas ou não, mais ou menos como acontece em nossos dias, em que pouco se questionam  as práticas religiosas herdadas de nossos pais (contenta-se em dizer: nasci nessa e nessa vou morrer). É dizer que hoje há uma quantidade menor de cristãos nobres que no princípio da Igreja, e o resultado disso? Uma igreja fraca, permeável de toda mazela de dogmas contrários à Sã Doutrina, mas que são praticados cegamente pelos fieis, já que ensinados por pessoas reputadas dignas de  confiança.

A Bíblia Sagrada ensina que é maldito todo homem que confia no homem (Jr 17:5), e que feliz é aquele que medita na Lei do Senhor (Sl 1:1-2). Isso significa que não se deve acreditar em tudo o que é ensinado, só porque provém de sacerdote treinado pra falar com eloquência (sacerdote, aqui, no sentido de qualquer líder religioso). De outro lado, merece todo o crédito tudo o que é ensinado por Deus em sua Palavra.

O ser humano, como todo ser que vive em grupo, tem necessidade de líderes que vão à frente, conduzindo-o em sua trajetória terrena. Todavia, os líderes não devem conduzir seus liderados por suas próprias ideias, pois isso significa tirania. Por outro lado, as pessoas também não podem se conduzir por seus próprios ideais, vez que isso seria o caos total. Ao contrário disso, os líderes devem guiar suas congregações pela santificada Sã Doutrina do Senhor, Deus criador dos céus e da terra.

Durante o processo de libertar seu povo da escravidão egípcia, com Moisés na liderança, o "SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho..." (Ex 13:21), e no caminho após a travessia do Mar Vermelho, estabeleceu regras que os guiaria à Terra Prometida, "E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara." (Ex 15:26). A orientação, aqui, clara e objetiva, resume-se em ouvir atento àquilo que o Senhor Deus fala, a fim de se praticar tudo o que é reto diante dEle, e não diante das lideranças religiosas e suas  ideologias. "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens", foi a resposta que Pedro deu aos líderes religiosos de seu tempo, quando tentavam impedir que falasse do Evangelho de Jesus Cristo (At 5:29).

E então, leitor. Você já se perguntou sobre a fé que te passaram? Ela se refere a um Deus único, santificado? Está ela fundamentada exclusivamente na Palavra de Deus? Ou será que a Palavra de Deus é apenas um aporte para dogmas religiosos? Quando é que você agirá como cristão nobre, examinando dia a dia as Sagradas Escrituras para ver se a tua fé está conforme os princípios divinos? Ou será que você é membro de uma daquelas religiões que não permitem a leitura da Bíblia, especialmente a versão protestante dela, e ainda te proíbe frequentar reuniões protestantes, sob pena de pecado capital? 

Quantas perguntas! Para quem não tem fé cega, as respostas são fáceis. Para você que ainda a tem, saiba que Deus enviou Jesus Cristo para te libertar, pela verdade, de dogmas religiosos sem fundamentos bíblicos (Jo 8:32 - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará).

Para os líderes religiosos que misturam a Palavra de Deus nos seus sincretismos, fica a observação de Jesus Cristo, registrada por João, no cap. 8:44-45 do seu Evangelho. Honras e glórias sejam a Jesus Cristo, e críticas a mim. 



Antônio Marcos Penna Borges, cristão.

(pennaborges@yahoo.com.br)





 (publicado no Jornal Folha do Xagu, pág. 9, edição 332 - ano 07 - 31de agosto a 04 de setembro de 2012)